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A Pianista do Mafioso: Uma Sinfonia Perigosa

A Pianista do Mafioso: Uma Sinfonia Perigosa

img Bilionários
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img Yana _ Shadow
5.0
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Sinopse

Após pegar o marido na cama com sua meia-irmã, Luísa Rossini saiu de casa, mas seu ex se recusou a dar a guarda do seu filho. Atordoada, ela saiu pelas ruas de Bari quando, de repente, um mafioso entrou em seu caminho. "Assine o contrato e vou te ajudar a recuperar tudo o que perdeu", ele falou num tom imperativo. "A partir de hoje, você tocará piano só para mim", Don Morano ressaltou com possessividade. Após anos procurando pelo grande amor de sua vida, o mafioso a encontrou, mas Luisa parecia não se lembrar dele. Talvez fosse por isso que ela seguiu em frente e construiu uma família com outro homem. Contudo, Paolo Morano se recusava a deixá-la sair de sua vida outra vez.  Será que Luísa aceitará a proposta do mafioso e se envolverá numa sinfonia de amor perigosa?

Capítulo 1 Um coração frio

Naquele ano, o homem com traços marcantes completava 22 anos. Paolo Morano possuía uma postura intimidadora quando se empertigou em seus 1,90 de altura antes de entrar no carro. O italiano passou os dedos pelas veias que saltavam em suas têmporas e, em seguida, enterrou nos cabelos, jogando os fios lisos para trás enquanto o tio dirigia e reclamava em seu ouvido.

- Temos que expandir os negócios da nossa família. Você precisa adiantar o casamento com a...

- Já disse que não vou casar! - Interrompeu o tio quando recusou com veemência.

Vencido pela teimosia do sobrinho, Stefano desistiu de aconselhar.

- O seu pai não está na cidade, então, temos que ir até Bari.

Stefano cuidava dos homens e gerenciava os locais em que dominava. Já Francesco, pai de Paolo, sempre administrou a parte burocrática da organização. Estava sempre em reuniões importantes ou participando de jantares para manter a aliança com pessoas poderosas. Embora o clã fosse mais poderoso e sanguinário da região de Bari, os dois sempre divergiam, não havia um meio-termo entre os irmãos Morano.

Paolo e Stefano estavam a caminho de Bari, uma cidade portuária no Mar Adriático e capital da região da Apúlia. Através da janela, Paolo vislumbrou as pizzarias, lojas e empresas nas ruas sinuosas e então bufou.

- Anime-se, você vai se divertir. - Stefano comentou com entusiasmo.

- Vou ficar lá por uma hora. - Aborrecido, ele murmurou.

- Você vai gostar do lugar. - O homem calvo, com alguns fios que ladeavam a cabeça, deu um tapa leve nas costas do sobrinho. - Tem muitas garotas lá, você pode escolher uma ou até mesmo duas.

Mesmo relutante, Paolo reconheceu que estava ali para cuidar dos negócios da família. Estava decidido a trocar palavras com alguns dos aliados e depois voltar para casa.

Assim que estacionou o Porsche preto em frente ao clube noturno Casa de Afrodite, Stefano abriu a porta e Paolo fez o mesmo. Quando saiu, o homem alto ajustou as mãos nos bolsos do casaco enquanto observava o tio dar ordens a um grupo de homens.

Ao entrarem no estabelecimento com uma decoração clássica, ambos foram até o saguão, onde tinha um enorme lustre dourado acima das mesas. Alguns convidados bebiam e conversavam animadamente. A cada passo que dava a caminho da mesa, ele escutava o som do piano e da voz suave cantarolando a canção "Ti amo" de Umberto Tozzi. Foi naquele instante que Paolo fixou os olhos no palco e sentiu-se atraído pela jovem de olhar cintilante como esmeraldas.

Alheia ao olhar faminto, Luísa Rossini tocava o piano e cantava com intensidade. Os seus cabelos eram escuros como petróleo e reluziam com a luz que pendia acima dela. A melancolia em seu semblante era visível, era como se ela carregasse o peso de um coração partido.

Paolo sentou-se à mesa sem tirar os olhos dela. Cada nota que Luísa tocava naquele piano parecia conectar-se diretamente a ele.

- Quer alguma coisa? - Ao perguntar, uma mulher loira interrompeu seus devaneios.

- Vinho tinto. - Sem hesitar, Paolo pediu e logo emendou: - Qual o nome da pianista?

A garçonete lançou um olhar rápido para o palco.

- A Luísa faz apresentações para entreter os clientes, mas não costuma passar a noite com os homens, entende?

Intrigado, Paolo apenas sorriu. A ideia de que Luísa poderia ser exclusivamente dele parecia tentadora. Ajustando-se na cadeira, continuou admirando-a. Quando seus olhares finalmente se cruzaram, ele sentiu algo que jamais experimentou.

🎶 "In fondo un uomo che non ha freddo nel cuore" (No fundo, um homem que não tem um coração frio).🎶 Ela mantinha a conexão enquanto entoava cada palavra da canção, como se cantasse diretamente para ele. O vinho foi servido por uma das garotas que circulavam pelo local.

- Meu nome é Fiorella. - Inclinando-se para mais perto de Paolo, ela sussurrou ao pé de seu ouvido. - Se precisar de algo, é só chamar.

- Grazie, isso é tudo! - Dispensou-a com um aceno.

Fiorella olhou na direção para a qual ele olhava. A sua meia-irmã sempre roubava atenção dos homens, não só por sua formosura, mas pela maneira como parecia encantar a todos quando estava naquele palco tocando o piano.

Paolo estava perdido em seus próprios pensamentos, enquanto a pianista continuava a tocar e cantarolar. Todavia, Luísa quebrou a conexão quando encerrou a música, levantou e desapareceu por uma porta nos bastidores. Ele tentou segui-la com o olhar, mas Stefano o interrompeu.

- Cadê as garotas novas? - gritou o tio, impaciente.

Fiorella jogou os cabelos loiros para trás e subiu ao palco com outras garotas, mas Luísa não retornou.

- Escolha, Paolo! - Stefano insistiu.

- Onde está a pianista? - perguntou ele, quase sussurrando.

- Prefere ouvir música ao invés de se fartar com essas lindas garotas? - O tio zombou.

- Quero a pianista - respondeu com firmeza, encarando o tio.

A anfitriã conversou rapidamente com um dos seguranças, que, rapidamente, trouxe Luísa pelo braço. A jovem parecia apavorada, com os olhos marejados.

- Eu só vim aqui para tocar piano e cantar para os convidados... - A voz embargada de Luísa alegou.

- Não é você quem decide isso! - Stefano a advertiu. - Quer mesmo passar a noite com a pianista? - perguntou Stefano, dirigindo-se ao sobrinho. - Ela não parece ser boa de cama.

- Ótimo! - Decidido, Paolo exclamou.

A garota estagnou no lugar. O olhar de Luísa refletia o pavor.

- Vá com ele, Luísa! - A anfitriã do bordel ordenou.

- Não foi isso que combinamos! - Luísa protestou.

- Paolo é um Morano. Quer mesmo discutir com o herdeiro de um dos clãs da máfia? - Com tom ameaçador, a anfitriã retrucou.

Assustada, Luísa encolheu os ombros. Só aceitou aquele trabalho para pagar o aluguel da casa que dividia com sua meia-irmã. Fiorella jurou que seu trabalho era só tocar piano e cantar para entreter a clientela.

- Use a pianista como você quiser. - Stefano falou com o sobrinho. - Ela será o seu presente de aniversário. Depois que estiver satisfeito, será a minha vez. Capisci?

Franzindo o cenho, Paolo estreitou o olhar, mas não respondeu. Ao invés de concordar com o tio, segurou na mão de Luísa.

- Venha comigo, ragazza! - Tocando em seu pulso, ele levou a pianista para um dos quartos.

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