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img img Romance img Diana - A viúva do CEO ''Uma nova paixão''
Diana - A viúva do CEO ''Uma nova paixão''

Diana - A viúva do CEO ''Uma nova paixão''

img Romance
img 39 Capítulo
img 11 Leituras
img Ana Beatriz Henrique
5.0
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Sinopse

Viúva, grávida e à beira da falência, Diana se vê em desespero. Sua vida vira de cabeça para baixo após a morte prematura de seu marido. Brutalmente arremessada ao caos da realidade, Diana precisa enfrentar seus maiores medos e inseguranças enquanto desvenda mistérios sobre o passado do homem que costumava amar. Dentre tantos dilemas e dúvidas, Diana questiona se a vida teria um plano para ela após um fim tão devastador. Contudo, a resposta irônica do destino é um moreno misterioso, dono de um lindo sorriso. Será que, depois de estar tão quebrada, Diana conseguirá abrir-se para um novo amor?

Capítulo 1 A Falência

Capítulo 1 – A Falência

Diana Campbell

Em um dia estávamos planejando ter um filho; no outro, eu estava lendo sua carta suicida. Agora, estou aqui sozinha, perante todos os nossos funcionários, comunicando a falência iminente.

- Você tem certeza disso, Di? Não quer pensar mais um pouco? Só tem uma semana desde que Liam se foi... - Tyler sussurra ao pé do meu ouvido, ainda temeroso com a minha decisão.

- Quer que eu espere perder minha casa para tentar reagir? Eu não tenho mais o que esperar. - Respondo decidida.

Liam dizia que eu era o rostinho bonito da nossa relação. Nunca tive que tomar decisões sobre a nossa empresa, justamente porque ele era o cérebro da parceria. Eu costumava ser a esposa troféu, aquela que sabia conversar com as outras esposas, que usava o diploma como enfeite na parede de casa, que nunca se atreveu a entrar nas conversas de negócios dos homens.

Mas agora Liam não está mais comigo. Tudo o que me resta é a criança que carrego ainda dentro de mim. E se há algo que me impulsiona a reagir, são os chutes dela. Eu não vou deixá-la sem um lar.

- Desde já, agradeço a presença de todos. - Digo, varrendo a sala com o olhar e contemplando os poucos funcionários que permaneceram em nossa equipe.

Muitos se demitiram, outros foram cortados, e os que ficaram somam apenas quinze. Eles se acomodam à mesa da sala de reuniões. Nem precisamos do auditório hoje, como Liam costumava fazer quando precisava dar os comunicados sobre novos contratos ou até mesmo dar aqueles puxões de orelha que todo chefe costuma dar.

- Sra. Campbell, estamos preocupados... - Uma senhora, nossa arquiteta mais antiga, levanta a mão para falar. - Qual será o futuro da empresa?

- Helena, eu vim até aqui hoje justamente para dizer que tudo isso já está decidido. - Luto para que minha voz saia, apesar do aperto na garganta. - E conto com todos vocês para darmos continuidade a esta empresa.

- Nossos salários estão atrasados, muitos de nós já se foram e todos os boatos que estão rolando... - Jake, o responsável pela TI, fala.

- São apenas boatos. - Declaro, tentando me manter firme.

O olhar de Tyler, advogado de Liam e representante da empresa, recai sobre mim.

- A morte de Liam, os motivos das dívidas e todo esse caos envolvendo o nome da Campbell's ainda estão sob investigação da polícia. - Tyler diz pela primeira vez, dando-me tempo para uma breve pausa.

- E... o que faremos? Com todos os boatos, a empresa está em decadência, perdemos a credibilidade no mercado e na imprensa. - Amara, responsável pelas relações públicas, parece ainda mais perdida.

O cenário é completamente desesperador. Por alguns segundos, eu desejo correr e me jogar na frente do primeiro carro, para ir encontrar Liam e não ter que passar por tudo isso sozinha.

Mas há algo que mantém meus pés grudados no chão. Eu respiro fundo, fecho os olhos e volto a abri-los novamente quando lembro das palavras ensaiadas por mim durante a madrugada.

- De todos os boatos, apenas um sabemos que é verdade: Liam perdeu 70% da empresa para Thomas Stevens. Não sabemos como, mas, enfim... Um dos representantes dele chegará em breve e assumirá tudo isso. O salário de vocês, as dívidas, tudo. - Volto a tomar a palavra e escuto os burburinhos. - Ainda serei sócia, mas com 70% da empresa nas mãos deles, vocês sabem a quem terão que obedecer.

- Diana, os Stevens eram nossos maiores rivais. - Helena lembra. - Liam os detestava, detestava o filho dele, a família deles... Nós vivíamos competindo. Isso não faz sentido algum.

- Eles eram nossos rivais, mas agora estamos nas mãos deles. - Declaro, sorrindo fraco. - É isso ou o olho da rua, Lena. Não temos escolha a não ser nos aventurarmos nisso.

Liam, como você pôde? Era para estarmos vivendo a nossa melhor fase e agora estou tendo que lidar com tudo isso sozinha... Eu só espero que não seja tão ruim quanto tudo nos indica.

- Se alguém quiser pedir demissão, sugiro que escreva o nome nesta folha. - Tyler estende uma folha em branco sobre a mesa e coloca uma caneta em cima. - Não temos dinheiro algum para pagar seus direitos. Estou sendo sincero, mas... - Ele olha para mim. - Podemos tentar conversar com os Stevens.

- Não! - Protesto e amasso a folha, gerando surpresa nos funcionários. - Vão mesmo desistir antes de ver o que nos espera? Confiamos tanto no Liam, em tudo que ele falava sobre os Stevens e, enquanto ele pulou do barco, nós estamos aqui, recebendo uma nova chance de vida das mãos deles. - Meu estômago se revira de nervosismo, e meu tom de voz aumenta, quase aos berros. - Eu vou me sujeitar, estou grávida, viúva, levaram até meus carros! Sabe o que me sobrou apenas? Um apartamento minúsculo no centro. Eu vou ter que trabalhar tanto quanto vocês, voltarei a ser paisagista, mal poderei ter poder de fala na empresa que o meu marido construiu ao meu lado. Então, gente, se eu estou passando por isso e tendo a humildade de continuar, por que vocês não dão uma chance? Pelo menos um mês para ver o que vai acontecer. - Diminuo meu tom de voz na última frase e me apoio à mesa para respirar fundo mais uma vez.

Mas eu não aguento. Algumas lágrimas escorrem.

- Desculpa falar assim. - Levanto o rosto e enxugo as lágrimas, respirando fundo e tentando me recompor enquanto todos me olham. - Vocês são o mais próximo que eu tenho de família agora, ok? Eu só...

- Não vamos te deixar. - Tyler me vira em sua direção e me abraça apertado.

Aconchego-me ao seu peito e me permito chorar um pouco mais, sentindo o peso nas minhas costas ser aliviado brevemente.

Palmas começam a ser ouvidas, como se eu tivesse ganhado um prêmio.

- Vamos ficar, Di, por você. - Helena grita, atraindo meu olhar.

E, pela primeira vez em dias, consigo abrir um sorriso.

Depois de dias apenas perdendo, uma esperança acalenta meu peito. Eu não estou tão sozinha assim.

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