Sofia e Vicente eram o casal invejado, 10 anos de união estável que parecia um conto de fadas moderno.
Ele, herdeiro de um império do café.
Ela, uma talentosa restauradora de arte.
O amor deles era a manchete preferida das colunas sociais do Rio de Janeiro.
Mas a perfeição desmoronou sem aviso.
Primeiro, Vicente é drogado e seduzido por uma estagiária numa festa familiar.
Pouco depois, essa mulher, Isadora, surge grávida, abalando o mundo de Sofia.
A humilhação culmina quando ele entrega à amante a joia mais preciosa de Sofia, herdada da bisavó, e a empurra para longe em público, priorizando a falsa dor da outra.
A cada traição, Vicente prometia perdão com desculpas elaboradas.
Sofia, ferida e exausta, cedia, acreditando na redenção.
Mas ele continua a despedaçá-la.
Pede o sangue dela para salvar a amante que a agrediu num hospital.
Permite que ela seja isolada numa ilha deserta durante uma tempestade, enquanto a voz vitoriosa de Isadora atende o telefone dele, longe do caos.
Como o homem que prometeu cuidar dela na saúde e na doença podia construir uma nova vida sobre as ruínas da dela?
Onde estava o amor que ele jurava com tanta intensidade?
Teria sido toda essa história um conto de fadas que ela mesma criou, uma ilusão perfeita que agora ruía?
A dor de vê-lo cego à verdade, ao seu próprio sofrimento, transformou o que restava do seu coração em cinzas e um vazio gelado.
Isolada naquela ilha, no meio de uma fúria infernal, e com a certeza de que ele não a resgataria, Sofia percebeu: seu amor por Vicente não apenas morreu, ele se transformou em pó, levado pelo vento.
Era o fim cruel de um conto de fadas e o início de uma nova Sofia, que jurou construir seu próprio futuro e encontrar a verdadeira liberdade, custe o que custar.