Eu estava habituada à vida confortável da filha do dono de uma fábrica têxtil.
O negócio da minha família, o trabalho de uma vida do meu pai, sempre foi o nosso orgulho.
Mas, de repente, descobrimos que a nossa fábrica estava em ruínas, afogada em dívidas.
A razão? Um contrato de fornecimento exclusivo, subitamente cancelado, que tinha levado o meu pai a investir tudo.
Aquele contrato tinha a assinatura de quem eu mais confiava: o meu marido, Miguel.
Ele era o intermediário.
O choque da traição foi esmagador.
Não só a fábrica ia fechar, como a nossa casa seria hipotecada para pagar as dívidas.
O meu pai, um homem forte, desmoronou e teve um ataque cardíaco, caindo de exaustão e desespero.
Miguel e a sua família, os Pattersons, não só admitiram a sua conspiração para nos destruir, como se gabaram da sua "vitória", chamando-me de "dramática" por ousar confrontá-los.
Eles escolheram o nome da sua família em detrimento da nossa ruína.
Como puderam ser tão cruéis?
Usar o nosso amor e confiança para nos trair?
Ver o meu pai no hospital, ligado a máquinas, transformou a minha dor em raiva gelada.
A traição deles não foi um "mau negócio"; foi um ataque deliberado e impiedoso ao nosso coração.
Deixei de ser a mulher que chora.
Olhei para o meu pai e fiz uma promessa silenciosa: eles iriam pagar.
Cada lágrima da minha mãe, cada batida do coração do meu pai, cada centavo perdido.
Eles queriam guerra?
Iríamos ter a guerra que eles nunca esqueceriam.
Eu ia fazê-los pagar por tudo, e iria usar a arrogância de Miguel contra ele.