O PAI DO MEU FILHO é o meu PROFESSOR
img img O PAI DO MEU FILHO é o meu PROFESSOR img Capítulo 1 Noite deserta
1
Capítulo 6 O encontro inesperado img
Capítulo 7 O professor img
Capítulo 8 Tenham a descendência img
Capítulo 9 A crueldade do professor img
Capítulo 10 A assistente img
Capítulo 11 Entre o conhecimento e a paixão img
Capítulo 12 Revelações inesperadas img
Capítulo 13 O inesperado img
Capítulo 14 Ausências e Presenças img
Capítulo 15 Descobertas inesperadas img
Capítulo 16 Confronto amargo img
Capítulo 17 Entre a tempestade e o vazio img
Capítulo 18 Revelações inesperadas img
Capítulo 19 A proposta de Alexander img
Capítulo 20 A proposta decisiva img
Capítulo 21 A Armadilha Disfarçada img
Capítulo 22 Débora img
Capítulo 23 As mudanças começaram img
Capítulo 24 As novidades img
Capítulo 25 As pontas soltas img
Capítulo 26 Encarando a Realidade img
Capítulo 27 Me tornando esposa img
Capítulo 28 Um lanchinho img
Capítulo 29 Ele invade meu quarto img
Capítulo 30 Ela tem razão img
Capítulo 31 Ambição ardente img
Capítulo 32 Não será tão fácil img
Capítulo 33 A força img
Capítulo 34 A tempestade img
Capítulo 35 A família que escolhi img
Capítulo 36 A paz que tanto precisamos img
Capítulo 37 Momentos únicos img
Capítulo 38 A conversa img
Capítulo 39 Uma noite diferente img
Capítulo 40 Conflito img
Capítulo 41 Desempenho de papéis img
Capítulo 42 O baile img
Capítulo 43 Nos divertindo img
Capítulo 44 A fúria img
Capítulo 45 Em casa e em paz img
Capítulo 46 Abraços que curam img
Capítulo 47 Dúvidas e Reflexos img
Capítulo 48 O jantar img
Capítulo 49 Entre o Distanciamento e a Proximidade img
Capítulo 50 A armadilha de Débora img
Capítulo 51 Armadilha montada img
Capítulo 52 O inesperado img
Capítulo 53 O jogo de Débora img
Capítulo 54 O Despertar de Milena img
Capítulo 55 O Jogo da Sedução img
Capítulo 56 Coração Despedaçado img
Capítulo 57 O Peso da Traição img
Capítulo 58 O Fardo da Traição img
Capítulo 59 Teias de Manipulação img
Capítulo 60 Um Coração em Meio à Tempestade img
Capítulo 61 Revelações e Esperança img
Capítulo 62 O Dilema de Lucian img
Capítulo 63 Preciso agir rápido img
Capítulo 64 Não deixarei ninguém me atrapalhar img
Capítulo 65 Nem tudo são flores img
Capítulo 66 Talvez haja esperança, afinal! img
Capítulo 67 O Peso do Legado img
Capítulo 68 E o inferno voltou img
Capítulo 69 Tudo ou Nada img
Capítulo 70 Noite de Terror img
Capítulo 71 O Abismo do Desespero img
Capítulo 72 Prestes a conseguir o que quero img
Capítulo 73 No Abismo do Desespero img
Capítulo 74 A luta pela liberdade img
Capítulo 75 No Fio da Esperança img
Capítulo 76 O Peso do Silêncio img
Capítulo 77 No limite do desespero img
Capítulo 78 Não posso perdê-la img
Capítulo 79 O Terror à Espreita img
Capítulo 80 O Desespero nas Sombras img
Capítulo 81 Refúgio na Escuridão img
Capítulo 82 As Sombras em Movimento img
Capítulo 83 A decisão img
Capítulo 84 Desespero em Cativeiro img
Capítulo 85 Veneno em Ebulição img
Capítulo 86 Sombras no jardim img
Capítulo 87 Perdido na Escuridão img
Capítulo 88 O Eco do Desespero img
Capítulo 89 Peso do dinheiro e o prazer da maldade img
Capítulo 90 A Pressa do Veneno img
Capítulo 91 A esperança se desvanece img
Capítulo 92 As Sombras na Biblioteca img
Capítulo 93 O Abismo da Incerteza img
Capítulo 94 O Despertar da Esperança img
Capítulo 95 O Despertar da Determinação img
Capítulo 96 Caminho de Reflexões img
Capítulo 97 A Pequena Janela de Esperança img
Capítulo 98 A Fuga Desesperada img
Capítulo 99 A Angústia de Lucian img
Capítulo 100 O Surto de Débora img
img
  /  2
img
img

O PAI DO MEU FILHO é o meu PROFESSOR

Bhiap
img img

Capítulo 1 Noite deserta

Por Milena

Nossa, estou voltando bem tarde para casa. Levei mais tempo do que queria na biblioteca. Infeliz ideia de vir caminhando, agora o campus está deserto. Apenas os poucos seguranças e nada mais.

A luz dos postes de iluminação se apagam bem na hora que estou passando.

– Mais essa agora! – murmuro para mim mesma, tentando ignorar a sensação de inquietação que cresce dentro de mim.

Mas continuo mesmo assim, pois preciso chegar em casa logo.

Estou tão cansada!

E de repente um carro surge do nada... E freia em cima de mim!

Acabo com o susto caindo no chão.

Que droga!

Meu Deus... Estou parecendo um purê mole esparramado pelo prato, sentada neste chão.

O coração bate descontrolado no peito enquanto tento recuperar o fôlego.

O motorista desce do carro às pressas, seus passos rápidos na direção onde estou caída.

Mas espera!

Eu não acredito!

Ele abaixa e olha a lataria do carro.

Não é possível uma coisa dessa!

Estou estabacada no chão, e o homem está olhando seu carro!

Eu não estou vendo isso!

Ele parece preocupado, mas não comigo!

A rua está muito escura e o farol alto do seu carro aceso não me deixa ver seu rosto.

– Caramba menina, você deveria ter mais cuidado, ainda mais com as ruas nesse breu – esbraveja ele, com uma voz de trovão em dias de tempestade.

Me levanto, sentindo uma mistura de raiva e medo.

Me sinto pequena diante desse homem alto e imponente.

Me mexo, limpando a poeira que veio sobre minha roupa e vendo se não me machuquei.

– Desculpe, eu... eu não vi o seu carro. Você freou de repente! – respondo, tentando manter a calma.

Ele balança a cabeça, claramente irritado.

– Isso não importa. Você poderia ter causado um acidente! Preste mais atenção da próxima vez!

Sua voz é dura e impaciente, como se estivesse me repreendendo por algo grave.

Me sinto desconfortável, desejando estar em qualquer outro lugar além dessa rua deserta.

– Eu entendo, desculpe mesmo. Eu só... só quero ir para casa – murmuro, olhando ao redor em busca de uma rota de fuga.

Ele parece notar minha hesitação e dá um passo para mais perto de mim.

Que droga!

Esse breu não me deixa ver seu rosto, apenas algumas nuances que não me ajudam muito.

– Vou te levar para sua casa então. Entre no carro.

Êxito, afinal não faço ideia de quem ele seja.

Ele percebe minha hesitação e sai falando:

– Faço parte do corpo docente da faculdade, não se preocupe, só irei te deixar em casa, para evitar que provoque algum acidente mais grave com essa sua falta de atenção.

Nossa, minha falta de atenção.

Por esse comentário eu não esperava, mas opto pelo silêncio, ele não parece ser uma pessoa muito... sociável.

E com isso, me lembro do spray de pimenta que tenho na bolsa. Trago ela ainda mais perto de mim, deixando seu zíper aberto, pois qualquer situação diferente, eu disparo nele o spray.

– Vamos, entre, não tenho tempo a perder e você já está ocupando muito mais do que poderia lhe dar. - me diz, sem nenhuma paciência.

E com isso, não vejo muita escolha além de obedecer, então entro no carro sem dizer mais nada.

O interior é escuro e a música alta ecoa no espaço confinado.

Por um momento ele abaixa o som do carro e me pergunta onde moro. Dou meu endereço, ele digita rapidamente no GPS do carro.

Graças ao céu, eu estou perto de casa.

E depois de confirmar o endereço, volta a aumentar o volume da música que está tocando; um rock melodioso e ao mesmo tempo interessante.

No espaço confinado em que nos encontramos, o cheiro inconfundível de sua colônia preenche cada canto, amadeirada e única. Como uma suave carícia olfativa que se espalha ao meu redor, despertando memórias e criando um vínculo invisível entre nós. Mas automaticamente reprimo qualquer coisa, pois ele é apenas um estranho que se compadeceu de mim e está me levando em segurança para casa.

Ao menos é o que digo para mim mesma em meu silêncio.

Ele dirige rápido, muito rápido para as ruas do campos, e eu me seguro no banco, rezando para que cheguemos logo. Durante o trajeto, ele não diz uma única palavra.

A noite está tão escura lá fora e mesmo dentro do carro a iluminação é quase nenhuma.

Não consigo ver seu semblante e mesmo que eu quisesse, com ele dirigindo desse jeito, tento ao máximo me segurar no banco e mantenho meus olhos lá fora no breu.

A tensão no ar é palpável, e eu me sinto aliviada quando finalmente chegamos em frente à minha casa.

A penumbra ainda está presente, parece que tivemos um blecaute geral.

– Chegamos – diz ele, sem emoção na voz.

Agradeço sem olhar para ele, desejando sair o mais rápido possível daquele carro.

Quando fecho a porta, ele simplesmente acelera e vai embora, deixando uma nuvem de poeira para trás.

Fico ali parada por alguns segundos, tentando inutilmente entender o que foi isso, afinal?

Entro em casa tremendo, a experiência com aquele homem desagradável ainda ecoando em minha mente.

Me jogo na cama, tentando afastar os pensamentos ruins. A noite parece mais escura do que nunca lá fora, e eu me pergunto se vou conseguir dormir depois de tudo isso.

O encontro com o homem do carro me deixou com uma sensação de vulnerabilidade que eu nunca tinha experimentado antes.

A escuridão revelou não só o perigo das ruas desertas, mas também a amargura e falta de empatia de algumas pessoas.

Com pode um carro ser mais importante que uma pessoa?!

Amanhã, com a luz do dia, talvez consiga entender melhor o que aconteceu. Mas por enquanto, só quero esquecer essa noite e dormir em paz.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022