A Obsessão do Mafioso - A Filha do Amigo
img img A Obsessão do Mafioso - A Filha do Amigo img Capítulo 3 Provocação Silenciosa
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Capítulo 6 Primeiras Fissuras img
Capítulo 7 Círculo Fechado img
Capítulo 8 Marcas Invisíveis img
Capítulo 9 Jogo de Sombras img
Capítulo 10 No Controle img
Capítulo 11 Chamas e Cinzas img
Capítulo 12 Território Marcado img
Capítulo 13 Primeiro Gosto do Inferno img
Capítulo 14 Fissuras no Controle img
Capítulo 15 Risco Calculado img
Capítulo 16 Aviso nas Sombras img
Capítulo 17 Gosto do Proibido img
Capítulo 18 Olhar Predador img
Capítulo 19 Marca Invisível img
Capítulo 20 Jogo Sujo img
Capítulo 21 Toque Proibido img
Capítulo 22 Gosto de Pecado img
Capítulo 23 Risco Mortal img
Capítulo 24 Presa na Teia img
Capítulo 25 Domínio e Obediência img
Capítulo 26 Labirinto de Prazer e Dor img
Capítulo 27 Inimigos Ocultos img
Capítulo 28 Enjaulada img
Capítulo 29 Rastejando no Caos img
Capítulo 30 Quebrando Correntes img
Capítulo 31 Submissa por Escolha img
Capítulo 32 Aliança Sangrenta img
Capítulo 33 No Olho do Furacão img
Capítulo 34 Inferno Particular img
Capítulo 35 Prisioneira do Inimigo img
Capítulo 36 Sede de Vingança img
Capítulo 37 Beijo de Sangue img
Capítulo 38 Cicatrizes na Alma img
Capítulo 39 Fúria e Desejo img
Capítulo 40 Domínio Completo img
Capítulo 41 O Jogo Recomeça img
Capítulo 42 Marca de Guerra img
Capítulo 43 Sangue e Promessas img
Capítulo 44 Predador em Caça img
Capítulo 45 Sussurros no Escuro img
Capítulo 46 Pactos com o Diabo img
Capítulo 47 Algemas Invisíveis img
Capítulo 48 Marca de Propriedade img
Capítulo 49 Armadilha de Sangue img
Capítulo 50 Fantasmas do Passado img
Capítulo 51 Correndo Contra o Tempo img
Capítulo 52 Encontro com o Diabo img
Capítulo 53 Morte e Redenção img
Capítulo 54 Silêncio Após a Tempestade img
Capítulo 55 Olhos na Escuridão img
Capítulo 56 A Marca da Traição img
Capítulo 57 Promessas de Sangue img
Capítulo 58 Labirinto de Mentiras img
Capítulo 59 Viagem Sem Retorno img
Capítulo 60 A Besta Acorda img
Capítulo 61 Dança com a Morte img
Capítulo 62 A Cobra no Ninho img
Capítulo 63 Beijo de Veneno img
Capítulo 64 Olhos que Tudo Vêem img
Capítulo 65 Algemas Invisíveis II img
Capítulo 66 Pecado e Castigo img
Capítulo 67 Labirinto de Sangue img
Capítulo 68 A Rainha no Tabuleiro img
Capítulo 69 Noite de Caça img
Capítulo 70 Inferno Pessoal img
Capítulo 71 Isca Perigosa img
Capítulo 72 A Sombra do Inimigo img
Capítulo 73 Inferno em Nova York img
Capítulo 74 Quebrando Correntes img
Capítulo 75 Irmãos em Guerra img
Capítulo 76 A Caçada Final img
Capítulo 77 A Queda do Império img
Capítulo 78 Ecos na Escuridão img
Capítulo 79 Corações Partidos img
Capítulo 80 Raízes Podres img
Capítulo 81 Labirinto de Mentiras img
Capítulo 82 O Peso da Coroa img
Capítulo 83 O Peso da Coroa img
Capítulo 84 Entre a Razão e a Loucura img
Capítulo 85 Quebra de Confiança img
Capítulo 86 A Caçada Recomeça img
Capítulo 87 Cativeiro e Crueldade img
Capítulo 88 Inferno Particular img
Capítulo 89 Sangue e Vingança img
Capítulo 90 O Preço da Obsessão img
Capítulo 91 O Peso da Sobrevivência img
Capítulo 92 Ecos de Sangue img
Capítulo 93 O Preço da Verdade img
Capítulo 94 Segredos e Mentiras img
Capítulo 95 As Correntes do Passado img
Capítulo 96 A Balança do Poder img
Capítulo 97 O Legado de Sangue img
Capítulo 98 Jogo de Máscaras img
Capítulo 99 Herança Maldita img
Capítulo 100 O Peso da Decisão img
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Capítulo 3 Provocação Silenciosa

Capítulo 3 – "Provocação Silenciosa"

(Narrado por Aurora St. James)

O som seco dos meus saltos ecoava pelo mármore frio do corredor. Cada passo parecia mais alto do que deveria, reverberando nas paredes da mansão como um aviso. Ou talvez uma promessa.

A casa estava viva esta noite. As luzes douradas pendiam dos lustres de cristal, lançando reflexos nas paredes cobertas de obras de arte. O cheiro de rosas recém-arranjadas misturava-se ao aroma de pratos sofisticados vindo da cozinha. O som abafado de risadas e conversas fluía da sala de recepção, misturado ao tilintar de taças.

Mas nada disso me importava.

Diante do espelho, estudei meu reflexo com atenção.

O vestido que escolhi não era uma escolha inocente. Preto, justo, de cetim liso, com alças finas que mal sustentavam o tecido contra a pele. A fenda lateral era ousada demais para um evento familiar, e o decote era profundo o bastante para sugerir intenções que eu não tinha coragem de admitir em voz alta.

Passei os dedos pelo tecido, sentindo a suavidade contrastar com o frio que subia pelas minhas pernas.

Eu sabia que ele estaria aqui. Sabia que me olharia. E queria ver até onde podia ir.

Prendi o cabelo em um coque baixo, deixando algumas mechas soltas. Deliberadamente despretensiosa. Ou era o que queria parecer.

Coloquei brincos discretos, um anel simples. Nada que distraísse. A mensagem era clara, o corpo falava por si.

Inspirei fundo.

Que comece o jogo.

🔥🔥

A cada passo em direção à sala principal, sentia meu coração acelerar. Uma parte de mim gritava que isso era loucura. Que ele não era o tipo de homem com quem se brinca.

Mas a outra parte... A outra parte queria mais.

Queria ver até onde ele iria. Até onde eu poderia forçá-lo.

Não era apenas desejo. Era poder. E eu queria senti-lo.

A sala estava lotada. Homens de ternos bem cortados, mulheres em vestidos de grife, taças de cristal erguidas em mãos cuidadosas. Sorrisos falsos. Conversas vazias.

Meu pai, Victor, estava cercado por seus parceiros de negócios. Ria alto, orgulhoso, enquanto apertava mãos e fechava acordos disfarçados de simpatia.

Pessoas se moviam ao meu redor, mas meus olhos procuravam apenas uma.

E então, encontrei-o.

Dante estava recostado perto da varanda, uma taça de whisky na mão. O terno escuro abraçava seu corpo com perfeição. A luz dourada realçava as linhas duras do rosto, a barba por fazer, o olhar cortante.

Ele falava com Lorenzo, mas não sorria. Não precisava.

Não me olhava. Não ainda.

Fingi desinteresse. Sorri para um convidado qualquer, aceitei uma taça de champanhe. Murmurei algo irrelevante, rindo baixinho.

Mas me movi. Passei perto. Perto demais. O perfume dele misturou-se ao meu, e por um segundo, o mundo pareceu desacelerar.

Nada. Nenhuma reação.

Até sentir. Uma mão firme, quente, fechou-se ao redor do meu pulso. Rápida, precisa.

Puxou-me discretamente para um canto mais escuro do corredor.

- Está brincando com o quê exatamente, princesa? - A voz dele era baixa, arrastada.

A pele sob seus dedos queimava. O aperto não era forte o suficiente para machucar, mas também não era gentil.

- Quem disse que estou brincando? - Sussurrei, sem recuar.

Os olhos dele desceram lentamente pelo meu corpo. Não havia pressa. Não havia vergonha.

- Tome cuidado.

Os dedos dele deslizaram do meu pulso até minha mão, soltando-a lentamente.

- Porque se começar algo que não pode terminar, vai se arrepender.

Fiquei ali, imóvel, enquanto ele se afastava. A pele ainda formigava onde ele me tocou.

E eu... Sorri.

Voltei para o salão, os dedos ainda levemente marcados pelo toque dele.

A cada passo, sentia o calor subir pelo corpo. Ele havia me avisado. Mas não me afastou.

Era uma linha tênue, e eu estava disposta a atravessá-la.

Ao longo da noite, nossos olhares se cruzaram mais de uma vez. Ele não sorria. Não demonstrava nada. Mas havia algo no olhar dele, algo que me despia lentamente, sem tocar.

Quando Lorenzo se aproximou para conversar comigo, notei o leve tensionar do maxilar de Dante. Um detalhe quase imperceptível. Mas estava lá.

E isso me alimentou.

Deslizei o dedo pela borda da taça, provocando sem precisar de palavras. Ele não se aproximou de novo. Mas me observava.

Sempre.

O frio do mármore sob meus pés contrastava com o calor crescente na pele. O som abafado da música preenchia o ambiente, misturado às vozes e risadas.

O perfume amadeirado de Dante parecia me seguir, se misturando ao aroma adocicado do meu próprio perfume. A leve pressão do toque dele ainda estava ali, como uma sombra.

O vestido preto era mais do que uma peça de roupa. Era uma armadura e uma arma. Representava a dualidade entre inocência e provocação, o limite tênue entre o jogo e o perigo real.

A taça de champanhe que eu girava nas mãos era frágil, prestes a se partir, assim como o controle que ambos tentavam manter.

Pouco antes de sair do salão, notei Dante falando ao telefone. O olhar dele estava mais sombrio, tenso.

Lorenzo passou por mim rapidamente, com uma expressão dura. Algo estava acontecendo. Mas isso não era problema meu.

Ou era?

Enquanto subia lentamente as escadas para o meu quarto, ouvi passos pesados atrás de mim.

Não precisei olhar para saber.

A voz dele veio baixa, firme:

- Você não entende, entende? Isso não é um jogo.

Virei-me lentamente, sorrindo de canto.

- Talvez seja.

E fechei a porta com calma. Mas o coração martelava no peito. Porque, no fundo, eu sabia.

Ele estava prestes a me mostrar que monstros também sabem brincar.

            
            

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