A Vilã Que Reescreveu o Destino
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Capítulo 2

Sofia recuou como se tivesse levado um choque elétrico, arrancando a nota da mão dele.

"Com licença," ela murmurou, virando-se para fugir daquela situação humilhante.

Mal deu dois passos quando uma voz alegre e um pouco alta demais soou atrás dela.

"Leo! O que está acontecendo aqui? Pegando a Cinderela antes da meia-noite?"

Gabriel "Biel", o colega extrovertido de Leo, aproximou-se com um sorriso zombeteiro.

Leo lançou um olhar fulminante para Biel antes de responder, a voz controlada.

"Nada. Apenas ajudando a senhorita a não cair na piscina."

Ele fez questão de não usar o nome dela, como se até isso fosse demais.

Biel olhou de Leo para Sofia, depois de volta para Leo, o sorriso aumentando. "Sei."

Sofia aproveitou a distração para escapar, misturando-se à multidão, o coração batendo descontroladamente.

Ela precisava encontrar Bianca. Precisava entender a extensão da armadilha.

Enquanto isso, Leo e Biel se afastavam da festa.

"Você não vem para a comunidade da Dona Mercedes comigo e com o Rodrigo?", perguntou Biel, curioso. "Achei que o Coronel Oliveira tinha pedido para você dar uma olhada na filha 'perdida' antes de trazê-la para a mansão."

Leo suspirou, a irritação ainda evidente. "Sim, esse era o plano. Rodrigo deve estar me esperando no carro."

A viagem até a comunidade onde a "Sofia original" cresceu foi tensa. Rodrigo Noronha, o ex-noivo da vilã, não fazia questão de esconder seu desprezo.

"Não sei por que o Coronel insiste nisso, Leo. Aquela mulher é um desastre. Ainda bem que me livrei daquele noivado."

Leo não respondeu, seus pensamentos ainda na cena da piscina. A forma como ela o agarrou, o olhar vidrado... vulgar.

Chegaram à pequena casa de Dona Mercedes. A mulher simples abriu a porta, os olhos arregalados de preocupação.

"Capitão Mendes! Senhor Noronha! Aconteceu alguma coisa com a minha Sofia?"

Então, ela viu Sofia saindo do carro de Leo, pálida, mas inteira.

"Minha filha! Graças a Deus!", Dona Mercedes correu para abraçá-la, lágrimas nos olhos. "Fiquei tão preocupada! Soube que aquele traste do Zé da Esquina andou te rondando de novo, querendo te levar pra vida!"

Sofia, a nova Sofia, sentiu um aperto no coração. Essa mulher a amava de verdade.

Dona Mercedes puxou Sofia para dentro, sussurrando com urgência.

"Minha filha, agora que você vai pra casa dos ricos, tem que se garantir! Homem rico é escorregadio. Trouxe isso pra você."

Ela tirou da bolsa um pequeno patuá colorido e alguns incensos com embalagens chamativas.

"Esse aqui é o patuá do amor, forte que só! E esse incenso é o 'chama homem'. Usa tudo, minha filha! Agarra um bom partido, tipo esse Capitão aí. Bonito, rico, importante. Não deixa escapar!"

Do lado de fora, escondidos pela janela entreaberta, Leo e Rodrigo ouviram fragmentos da conversa.

"...patuá... incenso... agarrar um homem de posses... Capitão..."

Leo sentiu o estômago revirar. Então era isso. A vulgaridade, a tentativa de sedução... tudo fazia parte de um plano.

Rodrigo soltou uma risada de escárnio. "Eu não disse? Alpinista social da pior espécie. E ainda usa essas simpatias ridículas. Que nojo!"

Ele se virou, decidido. "Quer saber, Leo? Eu não vou acompanhar essa mulher até a mansão. Tenho coisas mais importantes para fazer do que servir de motorista para uma golpista."

Ele se afastou, deixando Leo sozinho com a responsabilidade.

Leo cerrou os punhos. Sentia um desprezo profundo por aquela mulher, mas tinha dado sua palavra ao Coronel Oliveira.

Ele suspirou, resignado, e esperou Sofia se despedir da mãe adotiva.

A viagem de volta para a área nobre do Rio foi silenciosa e carregada.

Leo quebrou o silêncio, a voz dura. "Senhorita Oliveira, espero que na casa de seus pais biológicos você demonstre um comportamento mais... adequado. Certas... artimanhas... não serão toleradas."

Sofia, que já se sentia um lixo, apenas assentiu, olhando pela janela. Ela sabia exatamente a que ele se referia. A conversa da mãe, o patuá. Que ótima primeira, ou melhor, segunda impressão.

Ela se encolheu no canto do carro, tentando manter a maior distância possível dele.

O cansaço do dia, a confusão da transmigração, o efeito residual da droga e a tensão emocional a venceram.

Sofia adormeceu.

E, inconscientemente, sua cabeça tombou para o lado, apoiando-se levemente no ombro de Leonardo Mendes.

Leo sentiu o contato e seu corpo inteiro retesou. Ele olhou para o rosto adormecido dela, tão perto. Os cílios longos roçando a pele macia, os lábios entreabertos.

Uma onda de calor indesejado o percorreu, misturada com uma repulsa ainda maior.

            
            

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