A Vilã Que Reescreveu o Destino
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Capítulo 3

A repulsa de Leo era quase palpável, uma barreira gelada entre eles, mas por baixo, uma faísca de algo que ele se recusava a nomear faiscou e morreu.

Ele queria empurrá-la, acordá-la aos gritos, mas a imagem do Coronel Oliveira, seu superior e amigo do pai, veio à mente.

Ele apenas suportou, o corpo rígido, contando os minutos para chegar à mansão dos Oliveira.

Sofia, em seu sono agitado, murmurou algo incompreensível e se mexeu.

Sua mão, antes pousada no colo, escorregou e pousou na coxa de Leo, perto demais de sua virilha.

Ele sentiu o toque leve como se fosse uma brasa.

"Mas que...!", ele explodiu, a voz um rosnado baixo e furioso.

Ele agarrou o pulso dela, afastando sua mão com uma força que a fez despertar assustada.

"O quê? O que foi?", Sofia piscou, desorientada, o sono nublando seu raciocínio.

"Mantenha suas mãos longe de mim!", Leo sibilou, os olhos fuzilando-a. "Já disse que não tolero esse tipo de comportamento. Mais um movimento suspeito e eu a deixo na primeira delegacia por atentado ao pudor!"

Sofia olhou para a própria mão, depois para a coxa dele, e o rosto dela pegou fogo.

"Desculpe! Eu... eu estava dormindo. Não foi por querer!", ela gaguejou, encolhendo-se ainda mais contra a porta do carro.

O medo genuíno em seus olhos pareceu aplacar um pouco a fúria dele, mas não o desprezo.

Ele soltou o pulso dela como se estivesse tocando em algo sujo e voltou a se concentrar na estrada, mas a tensão no carro era sufocante.

Sofia não ousou se mexer, nem respirar muito alto.

Observou-o de soslaio. Ele era, de fato, muito atraente. O maxilar cerrado, o perfil forte, as mãos firmes no volante. Um homem que exalava poder e disciplina.

Mas também perigo. Para ela, ele era perigo puro.

Ela precisava ficar longe dele. O mais longe possível.

O resto da viagem foi feito em um silêncio glacial. A aura de frieza que emanava de Leo era tão intensa que até os outros motoristas pareciam manter distância do carro dele.

Finalmente, pararam em frente a uma mansão imponente, cercada por altos muros e um portão de ferro trabalhado.

A casa dos Oliveira. Sua nova prisão.

Leo não esperou. Assim que um segurança abriu o portão, ele parou o carro, abriu a porta de Sofia e praticamente a expulsou.

"Seus pais a esperam," ele disse, sem sequer olhá-la nos olhos, e antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, ele entrou no carro e partiu, cantando pneus.

Sofia ficou ali, parada na entrada suntuosa, sentindo-se completamente abandonada e deslocada.

Uma mulher mais velha, provavelmente uma empregada, aproximou-se com uma expressão neutra. "Senhorita Sofia? Por favor, me acompanhe. O Coronel e Dona Laura estão na sala de estar."

Sofia seguiu a mulher por um corredor luxuoso, o coração apertado.

Na sala de estar, um grupo de pessoas a aguardava.

O Coronel Oliveira, um homem de postura rígida e olhar severo, muito parecido com Leo. Ao seu lado, Laura Oliveira, uma mulher elegante, mas com uma tristeza velada nos olhos.

E Bianca Castro. A "irmã" perfeita, a queridinha da família. Linda, loira, com um sorriso doce que não alcançava os olhos.

Ao lado de Bianca, duas jovens com expressões de desdém mal disfarçado. Vanessa, sua prima, e outra que Sofia não reconheceu do livro.

Quando Bianca viu Sofia, seu sorriso vacilou por um instante, um lampejo de choque passando por seus olhos antes de ser rapidamente substituído por uma expressão de compaixão ensaiada.

As amigas de Bianca cochicharam entre si.

"É essa a tal filha trocada? Nossa, que mulambenta."

"Credo, achei que fosse mais... apresentável."

Mas então, Sofia deu um passo para dentro da luz, e os cochichos morreram.

            
            

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