Minha vingança contra a família ingrata
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Minha vingança contra a família ingrata

Clara
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Capítulo 1

Quando minha cunhada estava grávida, dizia que, na aldeia em que morávamos, dar à luz era tão simples quanto abrir as pernas e puxar a criança para fora.

Mas eu insisti que ela fizesse um exame pré-natal por via das dúvidas para checar a saúde do bebê.

No fim, descobrimos que ela tinha uma gravidez de alto risco, e uma cesariana salvou tanto a vida dela quanto a do bebê.

Porém, meu sobrinho acabou nascendo prematuro, e sempre que adoecia, minha cunhada dizia em alto e bom tom para ele: "Culpe a sua tia por tudo isso. Ela não queria que você competisse pela herança, então convenceu a família a fazer você nascer cedo. É por isso que você é tão fraco e doente!"

De tanto ouvir essa ladainha, meu sobrinho começou a me odiar e me culpar por todos os seus problemas.

Mais tarde, após ser zombado pelos colegas de sala por ser pequeno e fraco, ele resolveu se vingar de mim, colocando pesticida na minha água e assistindo-me morrer em agonia.

Quando abri os olhos novamente, estava de volta ao dia em que minha família pedira minha opinião sobre a gravidez. Desta vez, entretanto, decidi não interferir - queria ver que tipo de criança minha cunhada traria ao mundo.

...

Voltei à vida exatamente no dia em que descobrimos que minha cunhada estava grávida.

Ela exibia orgulhosamente seu barrigão, dizendo: "Perguntei para a benzedeira da aldeia, e ela me disse que este com certeza será um menino. Hahaha, sou eu quem vai salvar essa família! Vocês finalmente terão um varão como herdeiro!"

Ela me lançou um olhar e acrescentou: "Para que serve educação para uma menina? Você já está ficando velha e ainda é solteira. Ter um filho é a missão mais importante de qualquer mulher!"

Sua barriga parecia bastante grande, provavelmente com mais de sete meses. Minha mãe não parava de sorrir e repetia: "Exatamente! Meninos são os melhores! Mila, minha nora, você fez um ótimo trabalho! Estamos todos muito orgulhosos."

Então, ela hesitou antes de continuar: "Mas... Mila, os vizinhos dizem que hoje em dia você deveria fazer um exame pré-natal. Você já fez?"

Minha cunhada zombou: "Isso é preocupação de gente rica, minha sogra. Veja só você - não fez nenhum desses exames quando teve Rhett e Ryann e eles nasceram sem nenhum problema. Isso aí é só uma maneira dos hospitais ganharem dinheiro nas nossas custas."

Por fim, ela bateu no peito e disse: "Somos mais fortes que o pessoal da cidade, por isso não precisamos desses exames."

Minha mãe assentiu, achando que fazia algum sentido, então, olhou preocupada para mim: "Filha, você é inteligente e bem informada. Da família é a que sabe mais das coisas e já está na pós-graduação. Acha que está tudo bem não fazer um exame?"

Os olhos da minha cunhada imediatamente se fixaram em mim.

Nesse momento, congelei completamente, recordando minha vida passada.

Naquela época, minha mãe havia me feito a mesma pergunta e eu sabia o quão cruciais eram os exames pré-natais para a saúde da mãe e do bebê.

Mulheres grávidas podiam desenvolver muitas complicações, e o desenvolvimento do bebê era incerto. Os exames eram essenciais para garantir a segurança tanto da mãe quanto do filho.

Então, na minha vida anterior, eu insisti firmemente que minha cunhada fosse ver um médico e que fizesse o pré-natal.

Sua expressão azedou, mas me ofereci para pagar do me próprio bolso, e com a persuasão da família, ela foi ao hospital.

Foi assim que descobrimos a gravidez de alto risco e que ela precisava de uma cesariana para salvar tanto ela quanto o bebê.

Eu me lembrei que, graças à cirurgia bem-sucedida, tanto minha cunhada quanto meu sobrinho foram salvos, embora ele tivesse nascido fraco.

Mas no lugar de gratidão, minha cunhada me pagou com desprezo e ódio, sempre sussurrando nos ouvidos do meu sobrinho: "Culpe a sua tia por tudo isso. Ela não queria que você competisse pela herança, então convenceu a família a fazer você nascer cedo. É por isso que você é tão fraco e doente!"

De tanto ouvir essa ladainha, meu sobrinho começou a me odiar.

Até aquele dia em que, após ser zombado por sua fraqueza, ele colocou veneno na minha água e me matou.

Minha cunhada descobriu imediatamente e convenceu meu irmão a contar a todos que eu havia tirado minha própria vida porque estava velha demais para achar um marido.

Meus pais acreditaram nessa história, mas na noite do sétimo dia após minha morte, ouvi meus pais sussurrando, "Ryann, minha filha, não nos culpe. Nosso neto Michael é o único filho homem da família..."

Antes de reencarnar, descobri que meus pais sabiam de toda a verdade. Eles eram cúmplices. Essa era a família pela qual eu havia sacrificado tudo.

Agora, pensando nisso, olhei para o rosto da minha mãe e da minha cunhada, sorri e respondi: "É o bebê de Mila, então a decisão é dela."

Minha cunhada revirou os olhos. "Claro. Sei o que é melhor para meu bebê."

Tudo bem, vamos ver que tipo de criança você terá desta vez.

            
            

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