O Amor que Fingiu Ser Outro
img img O Amor que Fingiu Ser Outro img Capítulo 1 Prefácio
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Capítulo 6 A Humilhação Diante de Todos img
Capítulo 7 Vozes Atrás da Porta img
Capítulo 8 O Primeiro Passo img
Capítulo 9 Entre Provas e Desafios img
Capítulo 10 Entre Dois Mundos img
Capítulo 11 Vozes Que se Cruzam img
Capítulo 12 Entre Sussurros e Armadilhas img
Capítulo 13 Entre Olhares e Armadilhas img
Capítulo 14 O Baile das Máscaras img
Capítulo 15 Entre Desejo e Obsessão img
Capítulo 16 O Início da Tempestade img
Capítulo 17 A Viagem img
Capítulo 18 O Beijo e a Sombra img
Capítulo 19 O Escudo e a Sombra img
Capítulo 20 Entre o Fogo e a Sombra img
Capítulo 21 O Escândalo img
Capítulo 22 O Primeiro Ataque img
Capítulo 23 Entre a Luz e a Escuridão img
Capítulo 24 O Cerco img
Capítulo 25 O Alvo Errado img
Capítulo 26 O Baile das Máscaras img
Capítulo 27 Entre a Justiça e o Abismo img
Capítulo 28 Caça às Sombras img
Capítulo 29 As Provas e a Ferida img
Capítulo 30 A Tentativa de Silêncio img
Capítulo 31 O Desmoronar da Máscara img
Capítulo 32 Vozes Silenciadas img
Capítulo 33 O Embate img
Capítulo 34 As Cinzas da Farsa img
Capítulo 35 Entre o Amor e a Sombra img
Capítulo 36 Refúgio no Meio da Tempestade img
Capítulo 37 À Luz dos Olhos Alheios img
Capítulo 38 Ecos de Ameaça img
Capítulo 39 O Contra-Ataque img
Capítulo 40 O Tribunal das Sombras img
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O Amor que Fingiu Ser Outro

Brunaschaves
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Capítulo 1 Prefácio

Eu sempre acreditei que o amor fosse uma única voz - clara, firme, inconfundível. Mas, ao longo da minha vida, descobri que ele também pode se vestir de sombras, sussurrar com duas bocas e esconder-se atrás de máscaras tão bem costuradas que até o coração mais atento se perde.

Eu acreditava no amor como quem acredita no sol: uma presença que nunca falha, que aquece mesmo nos dias mais sombrios. Acreditei em Daniel - meu marido, meu porto seguro, a promessa que eu levava no coração. Acreditei até o dia em que o perdi. Ou, pelo menos, até o dia em que me disseram que o tinha perdido.

O luto me consumiu como maré brava, levando de mim a voz, o riso, a própria vontade de existir. Mas não demorou até que um rosto familiar, idêntico ao dele, surgisse diante de mim. Chamava-se Rafael, o suposto irmão gêmeo que nunca existiu. Ele carregava os mesmos traços, a mesma sombra no olhar - e, com ele, eu me permiti acreditar que a vida ainda poderia me devolver um fragmento de luz.

Foi só mais tarde, quando os véus da mentira começaram a se rasgar, que descobri a verdade cruel: Daniel não morrera. Fingira sua própria morte para poder viver um romance proibido com Laura, seu primeiro amor, e todos ao redor - sogros, cunhados, amigos - sustentaram a farsa, rindo às minhas costas enquanto eu me despedaçava sozinha.

Não gritei. Não confrontei. Apenas recolhi o que restava da minha dignidade e, em silêncio, tomei a decisão que mudaria tudo: pedi o divórcio sem que ninguém soubesse, fui ao Juiz e expus todas as provas da farsa. Fui em busca de um trabalho, de um espaço que fosse só meu. E foi nesse caminho que encontrei Henrique Vasconcellos, o CEO frio e impenetrável, cuja arrogância escondia uma fome de ternura que nem ele ousava confessar.

Entre as paredes geladas de sua empresa, ele se apaixonou por mim - pela mulher quebrada, mas não vencida, que aprendeu a sobreviver em meio ao engano. E, justamente quando comecei a me afastar da família que me traiu, Daniel percebeu o vazio que deixei. Tentou me reconquistar, mas já era tarde.

Este não é apenas um relato de perda, mas de renascimento. É a história de como o amor pode ser a máscara mais bela da mentira, mas também a centelha mais inesperada da verdade.

- Helena

            
            

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