Ecos do lobo prateado: votos quebrados e filhotes perdidos
img img Ecos do lobo prateado: votos quebrados e filhotes perdidos img Capítulo 3
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Capítulo 3

O médico da alcateia não me deixou sair. No dia seguinte, ele me puxou de lado para uma série de exames.

Durante esse tempo, Eduardo não me enviou uma única mensagem.

Depois que os exames terminaram, arrastei minhas pernas pesadas de volta para a mansão.

Na entrada, vi um carro esportivo prateado familiar.

Eduardo estava encostado na porta do carro, seu casaco preto destacando suas feições severas e esculpidas.

Ao lado dele estava Paulina.

Meus passos vacilaram, e eu não consegui controlar o ódio que brotou em meus olhos.

Os olhos de Paulina brilhavam de excitação enquanto ela me cumprimentava suavemente, "Pattie, finalmente você voltou. Eduardo estava preocupado com você a noite toda."

Não respondi, em vez disso, desviei meu olhar para Eduardo.

Seus olhos estavam frios como gelo.

"Pattie Clark." Ele se aproximou de mim com alguns passos rápidos, "Você não ouviu Paulina falando com você? Como minha Luna, você não pode ser tão desrespeitosa."

Fiquei atônita, minha garganta apertando.

"Eu... estou muito cansada..."

"Não tente explicar." Eduardo me cortou, seu olhar cheio de desdém. "Toda vez que Paulina volta, você faz esse papel ridículo!"

Assim que ele terminou de falar, uma dor aguda atravessou meu abdômen.

Eduardo me chutou com força surpreendente.

Caí para trás como uma folha ao vento, caindo pesadamente no chão. Minha cabeça bateu em uma pedra à beira da estrada, e minha visão escureceu.

Um gosto amargo encheu minha boca, e eu tossi violentamente.

Sangue pingou na camisa branca no meu peito, florescendo em flores vermelhas impressionantes.

"Continue com seu teatro, vá em frente." Eduardo me olhou de cima, sem um pingo de piedade na voz. "Você usa os mesmos truques sempre, Pattie. Não consegue pensar em algo novo?"

Paulina se agarrou ao braço de Eduardo, sua voz tremendo com lágrimas, "Querido, não fique zangado, Pattie pode realmente estar indisposta..."

Mas seus olhos baixos escondiam um traço sutil de satisfação.

O mordomo da mansão não aguentou mais e rapidamente chamou o médico da alcateia.

Enquanto eu era levada de volta para o meu quarto, ainda podia ouvir Eduardo falando ternamente com Paulina, "Ignore-a, pedi ao mordomo que preparasse seu café da manhã favorito."

Os resultados dos exames chegaram, e o médico da alcateia encontrou Eduardo com o relatório em mãos.

Sua expressão era grave. "Sua Luna tem sangramento interno no abdômen e também parece estar sofrendo de envenenamento por prata. O trauma físico recente piorou sua condição. Ela precisa de exame e tratamento imediato e abrangente."

Eduardo pegou o relatório e, sem sequer olhar para ele, rasgou-o em pedaços.

Ele zombou e disse, "Quanto ela te pagou para inventar essa mentira para ela?"

Eduardo caminhou até a cama e me puxou para fora dela. "Ou você está dormindo com ele pelas minhas costas? Pattie, você só quer que eu sinta pena de você e dispute com Paulina minha atenção. Mas lembre-se, você nunca estará à altura de Paulina."

O médico da alcateia ficou atônito, olhando para o homem de coração frio diante dele.

Ele não pôde deixar de dizer em voz profunda, "Líder da alcateia, por favor, não me insulte, nem sua Luna. A Deusa da Lua irá castigá-lo por tudo o que está fazendo agora."

Eduardo zombou desdenhosamente e se virou sem dizer uma palavra.

Eu fiquei imóvel no chão como uma boneca de pano que ele havia jogado de lado.

O lobo dentro de mim estava ficando mais fraco.

Eu não sabia o que estava esperando até agora.

Eu sabia que nada mudaria.

Fechei os olhos, exaustão e decepção enchendo meu coração.

O vento uivava fora da janela, como se derramasse lágrimas por mim.

Eu entendi agora.

No coração de Eduardo, minha vida valia menos do que uma única lágrima de Paulina.

            
            

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