A Queda da Princesa Mafiosa, a Ascensão da Rainha do Cartel
img img A Queda da Princesa Mafiosa, a Ascensão da Rainha do Cartel img Capítulo 8
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Capítulo 8

POV Alessa:

"Ele sabia", sussurrei, as palavras um fantasma de som. O ar do deserto, antes apenas rarefeito, agora parecia um vácuo, roubando o fôlego da minha garganta.

"Meu pai sabia que ela o estava investigando. Ele a matou. Ou mandou matá-la."

A bússola não era apenas uma lembrança. Era uma migalha de pão.

Sua última e desesperada mensagem para mim. Um mapa que levava diretamente a essa verdade feia e inescapável.

Um estranho distanciamento se instalou em mim, minhas mãos se movendo como se pertencessem a outra pessoa enquanto eu conectava o pen drive de volta ao laptop.

Havia um arquivo que eu não tinha aberto. Um arquivo de pessoal.

Eu cliquei.

Não era para um agente da Polícia Federal. Não era para o FBI.

Era um registro da família De Luca.

*Nome: Marta Gallo, nascida De Luca.*

*Status: Agente infiltrada.*

*Missão: Infiltrar-se na Família Gallo, coletar informações sobre a operação 'Espinho Escarlate'.*

*Última Entrada: Morta em ação.*

O mundo não apenas inclinou. Ele se estilhaçou.

Ele desabou, sugando o ar dos meus pulmões e deixando um vácuo negro e gritante onde minha vida costumava estar.

Meu pai era um traficante que assassinou sua própria esposa.

Minha mãe era uma espiã para a família rival com a qual se casou.

E Dante. Meu noivo. Meu príncipe sombrio. Ele era sobrinho dela. O oficial comandante dela.

Ele havia me usado, sua própria prima, para vingar seu sangue.

Minha existência inteira era uma mentira. Uma peça de teatro meticulosamente montada, e eu era a única que não sabia minhas falas.

Respirei fundo, lentamente, o caos dentro de mim congelando em algo duro e afiado. Uma calma fria e morta se instalou em meus ossos.

Virei-me para Dante.

"Meu pai vai pagar pelo que fez", eu disse, minha voz a de uma estranha. "Eu quero vê-lo. Uma última vez. Antes que ele enfrente a Comissão."

O rosto de Dante era ilegível, uma máscara de pedra esculpida. "Vou ver o que posso fazer", disse ele, sua voz monótona. "Depende do que ele escolher."

A viagem de volta para o Rio foi um túmulo silencioso.

Apertei o pen drive na minha mão, suas bordas afiadas cravando na minha palma. A dor era a única coisa real em um mundo de fantasmas e mentiras.

O carro parou em frente à minha casa.

Meu lar.

Agora, apenas uma casca vazia cheia de memórias que eram todas veneno.

Saí para a calçada.

Um SUV preto parou bruscamente ao meu lado, seus pneus cantando no asfalto. As portas se abriram.

Homens mascarados.

Uma mão tapou minha boca, áspera e com cheiro de terra. Uma dor aguda picou meu pescoço.

Uma voz sibilou no meu ouvido, as palavras um sussurro venenoso.

"Não grite, passarinho."

E então, fui puxada para a escuridão.

                         

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