Capítulo 7 7

Thomas

Brianna corou e praticamente saiu correndo do meu departamento.

Bem, esse foi um encontro bastante estranho no local de trabalho.

Era raro alguém ter a bunda esfregada no trabalho de uma forma que não merecesse uma ligação para o departamento de Recursos Humanos. Era ainda mais raro que fosse feito por uma mulher tão bonita.

Na verdade, embora esta tenha sido a primeira vez que encontrei Brianna Scherzer, não foi a primeira vez que a vi. Eu já a tinha visto muitas vezes perto do

Fulton's. Ocasionalmente, no átrio do térreo, onde as pessoas compravam e almoçavam, mas geralmente no meu departamento de brinquedos. Ela costumava vir aqui e perambular, observando as crianças brincarem. Era bastante claro que ela amava crianças pelo sorriso em seu rosto. Mesmo as crianças que não eram tão bem comportadas pareciam agradá-la de uma maneira profunda e maternal.

Foi fácil de detectar porque refletia minha própria felicidade. Mas algo estava diferente hoje. Posso nunca ter falado com ela antes de hoje, mas já a tinha visto o suficiente para saber que ela estava tendo um dia difícil. Ou semana. Talvez seja devido à natureza agitada da Black Friday, o maior feriado consumista da América. Ou talvez fossem as férias em geral, que costumavam ser uma fonte de estresse para muitos.

Suspeitei que fosse algo mais profundo.

Qualquer que fosse a causa, esperava que não incomodasse Brianna por muito tempo. O mundo já era um lugar muito sombrio sem que pessoas como ela perdessem as esperanças. Talvez eu vá visitá-la na Moda Feminina. No entanto, eu não tinha certeza se isso aliviaria o constrangimento de me apalpar no meio da loja ou se agravaria o constrangimento. Eu teria que pensar nisso.

Um par de meninas gêmeas passou, de mãos dadas. Eu gostaria muito de uma filha , pensei. Eu tinha dois sobrinhos e três sobrinhas, e estraguei todos eles com brinquedos, mas não era a mesma coisa que ter os seus próprios. Simplesmente nunca tinha encontrado a mulher certa.

Agora, aproximando-me rapidamente dos quarenta anos, eu estava começando a me perguntar se algum dia o faria. Senti um puxão no meu colete. - Com licença,- perguntou uma vozinha de um menino pequeno, de não mais de seis anos. - Senhor? Você, hum, trabalha aqui?

A poucos metros de distância estava uma avó sorridente, observando-o falar comigo. Pisquei para ela, então me agachei para ficar no mesmo nível do menino. - Certamente que sim! - Estou procurando, hum, um barco . Você tem um barco? Eu sorri maliciosamente. - Na verdade, temos barcos aqui. Mas eles são apenas para bons meninos.

- Tenho sido bom!

Eu olhei para a minha esquerda, depois para a direita. -

Bem agora. Não vejo outros meninos bons aqui, então você será o único a olhar os barcos! Você gostaria disso?

- Sim! - ele gritou.

- Venha, por aqui meu jovem. Vou mostrar a você os barcos mais magníficos à venda em toda a loja de departamentos Fulton's.

Levei o menino para outra seção da loja, mas minha mente ainda estava na jovem que havia fugido corando.