Desejo proibido-  2 edição
img img Desejo proibido- 2 edição img Capítulo 4 Desejo proibido- 2 edição
4
Capítulo 6 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 7 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 8 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 9 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 10 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 11 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 12 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 13 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 14 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 15 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 16 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 17 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 18 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 19 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 20 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 21 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 22 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 23 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 24 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 25 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 26 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 27 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 28 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 29 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 30 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 31 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 32 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 33 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 34 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 35 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 36 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 37 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 38 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 39 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 40 Desejo proibido- 2 edição img
Capítulo 41 Desejo proibido- 2 edição img
img
  /  1
img

Capítulo 4 Desejo proibido- 2 edição

Deixamos aquele bairro, adentrando um setor onde as moradias eram mais modestas. Meu resgatador parou diante de uma casa simples de um andar, com a fachada azul, toda fechada e escura, o que deveria ter me alertado para o perigo. Porém, continuei me sentindo segura, espantosamente. - Será que tem alguém acordado? - indaguei, saltando da garupa da moto, tirando o capacete. - É uma pensão. Deve ter alguém.

- ele também saltou e livrou-se do capacete, seu olhar varrendo a sacada da casa, seu rosto lindo me impressionando mais uma vez, exprimindo um magnetismo tão irresistível que não me permitia desviar o olhar. - Tem uma campainha ali. - gesticulou para um certo ponto perto da porta larga de ferro antes de se aproximar para tocar a campainha, só então voltou a encarar-me, aquele sorriso largo iluminando o seu rosto, seu olhar sereno, desprovido da habitual malícia masculina, me fazendo sentir reconfortada e segura. - Qual o seu nome? - ele quis saber. - Manuela. E o seu? - Miguel. Foi um prazer te conhecer, Manuela. - falou como se estivesse se despedindo, mas permaneceu onde estava. Não demorou muito para que a porta da casa se abrisse e uma mulher magra, alta, com cerca de cinquenta anos saísse, abraçando o próprio corpo para se proteger da mudança de temperatura, usando um pijama listrado muito parecido com aqueles dos judeus do filme "O Menino do Pijama listrado" e com o cabelo ruivo enrolado em bobs, como eu não via desde que minha avó era viva. Examinou-me rapidamente, para em seguida abrir um largo sorriso na direção de Miguel. - Miguel. O que faz aqui a essa hora? - Trouxe uma hóspede. A senhora tem algum quarto desocupado? A mulher me examinou dos pés à cabeça, seu sorriso se desfazendo. - Ela está sozinha? - Sim. Ela foi assaltada na estrada e não sabe ao certo onde fica a casa da tia. Vai sair pela manhã. Eu pago pela noite. No instante que ele fechou a boca, minha mente projetou o momento que bateria na porta do meu quarto para cobrar pela diária que pagava o que me irritou, só por constatar, mais uma vez, o quanto os homens são iguais, só mudam de endereço. -Você sabe que não gosto de hospedar mulheres sozinhas, mas vou fazer essa exceção porque é você que está me pedindo. Se ela não alugava nem para mulheres solteiras, imagina para uma foda apenas. Definitivamente aquele cara não estava planejando nada do que pensei, minha mente que é poluída demais. Miguel tirou a carteira do bolso. - Qual o preço do pernoite? - Não se preocupe com isso. Depois vemos como fica. - a mulher gesticulou negativamente na direção da carteira dele, depois se virou para mim. - Agora vamos entrar, está tarde. Boa noite Miguel. - Boa noite dona Dolores. - olhou dentro dos meus olhos, sorrindo lidamente. - Você está segura aqui. Se precisar de alguma coisa, me ligue pela manhã. A dona Dolores tem o meu número. Boa noite. - Boa noite. Muito obrigada por tudo. E assim ele se foi, deixando-me com uma sensação estranha de vazio e com a consciência pesada por ter julgado mal suas intenções, o que não era totalmente culpa minha afinal estava acostumada a lidar com homens que não davam nem um aperto de mão sem esperar algo em troca - favores sexuais - imagina pagar um pernoite. A mulher me conduziu para o lado de dentro através de um portão de ferro que havia na lateral da casa, atravessamos um longo corredor, entre o muro e a parede e por fim chegamos ao quintal, onde havia os quartos construídos em formato de um arco, de um andar apenas, com varanda na frente e muitos vasos de plantas. Abriu uma das portas, revelando o quarto amplo, com um cheirinho agradável de limpeza, como não era comum de se encontrar no Rio. - Não temos quartos com cama de solteiro. - a mulher falou com rudeza, deixando claro que não gostava de hospedar solteiros, de modo que pude compreender o porquê. - Também não aceitamos visitas masculinas, música alta e nem atendemos a noite, mas estarei à disposição cedo da manhã se precisar de alguma coisa. O café é servido às seis horas e retirado às sete e meia. Boa noite. - Boa noite. Com isto, ela despareceu por uma porta nos fundos da moradia. Olhei para a cama larga forrada com o lençol branco de algodão e todo o meu corpo implorou por ela, o cansaço me tomando de vez, mas eu ainda não podia me deitar, precisava lavar minhas roupas para usar no dia seguinte, pois não tinha outra. Se soubesse que seria assaltada, teria escolhido uma blusa de mangas mais comportada, ideal para procurar um emprego, já que as pessoas dão importância demais à aparência e a minha podia ser considerada vulgar, dependendo do nível de conservadorismo dos meus supostos contratantes. Lavei as peças com o sabonete do banheiro, fazendo as paredes do boxe de varal e deite-me completamente nua, pegando no sono tão depressa que não tive tempo de elaborar uma estratégia para acordar cedo no dia seguinte, o que me ferrou, pois era quase nove horas quando despertei, pude constatar isso no relógio antigo de parede. Droga! Tinha perdido o café da manhã, estava dura e minha barriga roncava de fome. Precisava ir à delegacia tentar recuperar meu dinheiro, o que era bastante improvável, ou arranjar um trabalho cujo patrão me desse um adiantamento logo nas primeiras horas que fosse suficiente pelo menos para uma refeição e pelo quarto. Eu ainda podia procurar Miguel, mas não queria ficar incomodando, tampouco queria ficar conhecida na cidade como uma coitadinha que sai por aí pedindo favores. Precisava ser forte e independente para que o homem que eu escolhesse para casar-me desse o devido valor. Assim, deixei a pensão sem ver a dona Dolores, partindo em busca dos meus objetivos usando as roupas ainda úmidas, mas que logo secariam no corpo sob o sol forte.

            
            

COPYRIGHT(©) 2022