Capítulo 5 ⋘ CAPÍTULO QUATRO⋙

Vincenzo Santoro.

21:00 - Casa do Santoro - Itália.

O Paulo abre a porta para mim e desço com minha deusa em meus braços, caminho para dentro sem conseguir manter meus olhos longe dela. - Subo as escadas e ando tranquilamente pelo corredor até chegar em meu quarto, consigo abrir a porta sem nenhum problema.

A coloco com cuidado na minha cama e passo em seu rosto.

- Somente minha. - Me inclino e beijo sua testa. - Você não vai escapar de mim.

Somente em pensar tê-la longe de mim faz com que eu sinta muita raiva.

A deixo descansando no meu quarto e vou para o meu escritório, já sabendo que os três estão me esperando. - Assim que entrei o Matteo começa a falar.

- Porque me bateu? E porque trouxe ela para cá? Você não pretende ficar com ela, pretende?

Encarei o Paulo e o mesmo puxou o Matteo para o chão, aproximo em passos lentos até ele.

- Eu estou sendo bastante paciente com você, Matteo.

Passei a mão em sua bochecha e assim que ele iria falar algo, lhe dou um tapa o fazendo cair no chão.

- Ela vai ser a minha esposa, queira você ou não. - Dito friamente o fazendo se encolher.

Aproximo da minha mesa e me sento já puxando o meu charuto e acendendo.

- Alguma informação da minha esposa? - Perguntei aos gêmeos enquanto fumo.

- Mandei mensagem para o Brian, capo. - Pedro falou. - O mesmo disse que daqui a duas horas o mesmo consegue todas as informações dela.

Cruzo as pernas.

- Diga a ele para vim amanhã de seis horas, irei descansar um pouco com a minha esposa. - Os dois acenam com a cabeça.

- Si capo.

Faço um sinal para eles irem embora e encaro meu irmão que ainda continua de joelho no chão.

- Você vai respeitá-la, ouviu bem?- Ele acenou com a cabeça. - O que eu odeio que façam?

Ele abaixou a cabeça.

- Q-Quando não respondem. - Dou mais um trago em meu charuto e levanto da cadeira indo até ele.

- Sabe o porque não lhe matei? - Vejo o mesmo engoli seco.

- Porque eu podia ser útil. - Passo a mão em seus cabelos.

- Muito bem. Mas lembre-se irmão, se você pisar fora da linha, eu corto seu corpo, membro por membro e dou para os cachorros comerem. Entendeu?

- Sim, irmão.

- Agora vaza daqui antes que eu me arrependa de não matá-lo.

O mesmo levantou-se rapidamente e saiu do escritório, deixando-me sozinho.

Apago o meu charuto e me retiro do meu escritório voltando para o quarto, observo a minha esposa e sorri de leve. - Vou para o banheiro tomar um banho rápido pra poder dormir com ela.

****

Saio do banheiro com a toalha envolta da minha cintura, ela realmente está cansada para não ter acordado ainda. Mesmo que ela tenha desmaiado de susto, já deveria ter acordado. Caminho para o closet e somente peguei uma cueca preta, odeio dormir de roupas. - Vou até o interruptor e apago a luz do quarto e subo na cama.

- Amanhã nós vamos ter uma boa conversa, minha deusa.

Beijo seu ombro e depois seu pescoço a fazendo suspirar.

Puta merda!!!

Noto que o meu amiguinho já despertou somente com um suspiro dela.

- Paciência amigo, logo, logo, vamos estar enterrando bem fundo nela. - Digo enquanto passo a mão por cima do meu pau duro.

Me viro para pegar meu celular na escrivaninha e procuro o contato de Paulo, assim que acho ligo para o mesmo.

Chamando....

- Capo? Algum problema?

- Nenhum. Avise ao Brian que assim que ele souber tudo sobre a minha mulher, mande ele ir na loja de costura para mandarem fazer um vestido preto para ela. Já que ele com certeza vai saber as medidas de roupas que ela usa.

- Sí capo.

Desligo a chamada e coloco de volta o celular na escrivaninha. Passo o braço envolta da cintura dela a puxando para mais perto de mim.

Somente minha.

Fecho os olhos e adormeço.

****

Acordei um pouco mais cedo do que o de costume, foi bastante doloroso para mim sair da cama, mas infelizmente o trabalho me chama. - O Brian deve já está vindo ao meu encontro, quero saber as informações que ele conseguiu sobre a minha esposa.

Beijei seus lábios em um selinho e me retirei do quarto assim que eu estava pronto. Entrei no meu escritório já me sentando no meu lugar, solto um suspiro e escuto duas batidas tímidas na porta.

- Entre dona Maria! - Digo e a mesma abriu a porta.

- Bom dia, meu senhor. Eu vim avisar que o senhor Brian está lá embaixo.

- Mande-o o subir imediatamente! - Dito ríspido.

- Sim, senhor, com licença.

Ela se retira do escritório e estou bastante ansioso com o que eu vou descobrir hoje.

Escuto batidas mais uma vez na porta.

- Entre!!

Ele entrou com uma pasta na mão.

- Meu senhor.

- Sem enrolação, Brian. Fez o que eu pedi? - Perguntei sem paciência.

- Sim, meu senhor.

Ele se aproximou e me entregou a pasta, peguei e abri.

Nome: Sophia Rodrigues.

Idade: 29 anos.

Gênero: Mulher.

Nascimento: 01/09/1992.

País: Brasil.

Nacionalidade: Brasileira.

Cidade: Recife.

Estado: Pernambuco.

Idioma: Português e inglês.

Mãe: Maria Silva. - Morta.

Pai: João Pedro. - Morto.

Irmão: Nenhum.

Parentes: Tios. - Vivos.

Status de relacionamento: Solteira.

Signo: Virgem.

Tipo sanguíneo: O negativo.

Doenças: Nenhuma.

Corpo: Virgem.

Peso: 100kg.

Altura: 1,67.

Medidas: 55.

Faculdade: Nenhuma.

Escola: Senador Antônio Farias.

Algumas informações.

Ela começou a trabalhar desde os treze anos de idade, seu maior sonho era ser uma modelo plus size. Seus pais foram mortos em um acidente de carro e foi criada pelos seus tios. Desde o ensino médio sofreu bullying por ser uma mulher fora dos padrões e ainda por cima negra, foi alvo de uma brincadeira muito sem graça.

Um jovem chamado Carlos Eduardo Costa, aceitou uma aposta de fingir estar apaixonado pela jovem Sophia, eles começaram a namorar e depois ele a humilhou na frente da escola toda. Dizendo que aquilo não passou de uma simples aposta e que ele não sentia nada por uma garota feia.

Assim que termino de ler encaro o Brian.

- Quero que encontre esse Carlos Eduardo e o traga para mim, ninguém faz a minha esposa sofrer e vive para contar história.

Ele rapidamente acenou com a cabeça.

- Quero que esse cara seja encontrado rápido, Brian. Não quero que seja morto por sua incompetência, ou quer?

- Não, meu senhor.

- Vá. - O mesmo se retirou bem rápido do meu escritório.

Está na hora de ver a minha mulher, acredito que ela já deve acordar.

Saio do escritório e vou para o meu quarto.