Capítulo 11 Constrangimentos

'Estou muito contente hoje, me encontrei com Liriah, na lanchonete, depois na biblioteca, um lanche no refeitório, e mais tarde vou ver ela na sorveteria, deixei minha agenda livre a tarde, a não ser pelo fato de ter que buscar um envelope, pro meu pai, pois ele foi em uma reunião de urgência. Como tenho um apartamento próximo a empresa, falei pra ele dizer a pessoa pra me encontrar aqui. Chego, faço um chá, bebo, acho que da tempo de tomar um banho.'

Vou ao meu quarto, tiro minha roupa, pego minha toalha, e vou pra suíte. Enquanto tomo banho pensando no meu dia, ouço alguém batendo na porta, resolvo sair do banho envolto da toalha, e com uma outra pra secar o cabelo, vou em direção a porta, na sala quando ouço alguém chamando na cozinha, a pessoa volta ela grita e eu também...

"Aaaaaah seu pervertido..."

"Aaaah maluca, como entrou aqui?" saio correndo sem nem ver direito quem era. E grito lá do quarto "Já volto, como você entrou heim?"

"Ah, a porta estava destrancada, achei que podia entrar."

"Aish, ta ta"

"Você vem ou não pegar isso?"

"Já estou indo"

'Garota louca, como pode existir alguém tão sem noção e sem educação ao ponto de sair entrando assim no apartamento dos outro?'

Saio do quarto, agora mais tranquilo, e quando reparo na garota, fico surpreso 'Liriah? Aish, que vergonha o que eu faço?'

"Você?"

"O que? Me conheçe?"

Fiquei tão nervoso que quase me entreguei...

"Oh, não, não. Achei parecida com alguém"

"Você é um pervertido, como pode só estar de toalha em casa"

"Só pra constar, não sou pervertido coisa nenhuma, estava banhando, e você não deveria ter entrado, se não fui abrir a porta."

"Se não era pra alguém entrar não deveria ter deixado, a porta aberta"

"Oras... Desisto"

'Meu coração está acelerando, e sinto meu rosto formigar, acho que está ficando vermelho. Espera não preciso ficar envergonhado dela me ver com toalha, pois ela não sabe que sou eu. Mas e quando ela souber? Melhor despachar ela logo daqui.'

"Certo, já entregou, pode ir."

"Mauricinho, mal educado"

"Aish, vai logo"

Ela me mostra a língua como um criança travessa fico de boca aberta e me pergunto 'Essa garota é normal? Acho que não, é tem uns parafusos a menos.'

Ela foi embora, fui pro quarto, rolei na cama de um lado para o outro pensando na vergonha que acabei de passar. 'O que vou fazer? Por enquanto deixa assim. Mas porque ela estaria fazendo entrega? Será esse o trabalho dela? Mas que droga, porque tinha que ser justo ela a me ver assim? Agora sou um pervertido pra ela?'

Uns quarenta minutos depois que ela foi embora recebo uma mensagem...

*Olá, Josh. Sou eu Liriah, terminei o que tinha pra fazer agora a tarde, podemos ir a sorveteria como você queria. Espero que não tenha desistido.*

Respiro fundo, mas é bem fundo pra me acalmar, e responder...

*Claro, vamos sim. Em qual quer ir?*

*Vou deixar você escolher.*

*Tudo bem.*

*Te encontro, naquela lanchonete, ai de lá nós vamos*

*ok, em uma hora estarei lá*

Me arrumo pego meu carro Mustang vermelho, e volto pra casa. Deixo ele e pego minha bike. Quando vou saindo minha mãe diz...

"Filho, onde vai? E vestido como se fosse pra Universidade?"

"Encontrar um grupo de colegas"

"Ah, então ta bom. Cuidado"

"Obrigado"

Saio em direção a lanchonete, chego lá uns vinte minutos antecipado. Já ela chegou em cima da hora. 'Bem pontual, mas ela veio de taxi?'

Ela se aproxima e nos cumprimentamos...

"Oi, Josh."

"Oi, Liriah"

Ela começa me reparar, e vou ficando constrangido... 'Será que exagerei na hora de me arrumar? Mas estava tão nervoso'

"Josh, você se arrumou todinho assim pra mim?"

Fico com muito envergonhado... 'Nem eu sei porque me arrumei tanto.'

"Na verdade, peguei qualquer coisa aleatória no meu guarda roupa."

"Uhm, foi um aleatório bem legal, um sapatênis preto, com um jeans claro e colada ao corpo, junto com uma camisa social, básica branca. Josh, se continuar a se vestir assim pra sair comigo vou acabar me apaixonando hahaha"

"E você? Porque se arrumou assim?"

"Peguei aleatório também"

Pensamento de Liriah. 'Quase dei um troço de tanto provar roupas, preciso comprar roupas mais normais, pra parecer mais normal.'

"Ah, se diz, vamos ver... Um bota preta cano curto sem salto, uma bermuda jeans não muito curta, e uma regatinha preta bem leve, cabelo solto, maquiagem suave."

"Tudo bem, digamos foi coincidência, certo?"

"Vamos a sorveteria"

"Vamos"

Fomos rindo e conversando até chegar lá...

Pedimos nosso sorvete banana split e nos sentamos a mesa...

"Por falar nisso, Liriah. Vi que você veio de táxi, o que houve com sua moto?"

"Está em casa, achei melhor de táxi. Assim na volta você me leva na garupa ha ha ha"

Ela começa a rir, e eu fico admirando ela, tão linda, tão direta. Mas tão direta ao ponto de não saber como reagir. Ela não se faz de frágil, nem de meiga, parece que ela é simplismente ela.'...

            
            

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