Capítulo 3 Dia a dia Liriah

Hoje está um dia puxado, estava conversando com as meninas na hora do intervalo quando recebi uma mensagem da minha agente Laila, me dizendo que tenho ensaio fotográfico em 40 minutos, sai da mesa das meninas fui para o pátio e liguei para Laila.

" Olá, Srta Milly (Liriah), onde você está? Já está vindo?"

" Laila, eu disse a uns 3 dias atrás pra não marcar mais nada pra mim nos horário que te enviei, porque terei outros compromissos. Então que história é essa de que tenho ensaio daqui a pouco? Eu não irei sair, enquanto não acabar por aqui. Faça das duas coisa uma, ou você cancela, ou pede, para aguardarem meu retorno ai na empresa. E fica mais atenta na minha agenda, para não cometer esse erro novamente, resolva isso,por favor."

"Desculpe Srta, não vai mais acontecer."

" Assim espero."

Assim que desligo recebo uma mensagem no celular da minha Empresa de Moda Fênix, ninguém sabe que sou a dona dessa empresa. Mas para conseguir abrir minha empresa e ter os investidores, me vesti de homem, pois os dois primeiros sócios e investidores que conversei, queriam me assediar, e quase tive que bater neles, luto Tae Kwon Do, a dois anos e digo que não sou fraca. Então assim foi a melhor solução, consegui meus sócios e abri minha própria empresa.

Depois que recebi a mensagem, fui trabalhar pelo meu notebook, já aproveitando que estava no pátio vazio naquele momento, fiz alguns ajustes necessários, e reenviei pro meu assistente e ele finaliza.

O dia passa rápido, na saida da Universidade, um grupo me espera e convida para sair, mas minha agenda ta muito lotada, então recuso e agradeço.

Subo na moto, vou rapidão pra casa, tomo banho troco de roupa, ponho minha peruca castanho escuro, que combina com meu tom de pele, e me torno ' Milly'. A única pessoa da empresa que sabe meu nome verdadeiro é o CEO e sua esposa. Não quiz me expor, porquê iria me atrapalhar muito, tanto em sair na rua ,como para gerenciar meus afazeres. Saio novamente, mas, no meu carro BMW e vou ao estúdio tirar umas fotos. 'Essa vida de modelo ta me deixando maluca.' Trabalho nessa agência desde meus 16 anos, quando procurava um serviço de meio período pra ajudar minha mãe, então, mesmo abrindo meu próprio negócio quiz continuar a ser modelo aqui, pois quando precisei me foi de grande ajuda. E hoje são uns dos meus sócios, e sou sócia deles também.

Chego na empresa, e encontro com a Laila, que por sua vez está agitada e pergunto: " O que está acontecendo?"

"Sta.Milly, tem uma garota que está no seu camarim, uma modelo nova, que estreou a uns 5 meses, já pedimos para ela se retirar, mas ela se nega e diz que como a nova contratada da empresa ela não aceita ter um camarim compartilhado com as outras, pois é uma modelo diferente."

"Ok, vamos ver se ela não sai. Nem que eu arraste ela." 'Minha paciência, já está curta e ainda tem gente tentando me desafiar.'

Chego em meu camarim, uma garota de mais ou menos minha idade, me pergunta: " Quem é você?"

"Sou Milly, a dona do camarim. Ouvi dizer que você querendo ficar, mas não pode, esse é particularmente meu. Então por favor, se retire."

"Ha, e quem decide isso? Você? Você sabe de quem eu sou filha? Acho que não, né querida. Pois vou te dizer, sou filha do Senhor Flávio Alencar, um dos homens mais ricos e influentes da cidade. E agora, o que vai fazer? Está com medo? É melhor ser boazinha, e sair daqui, pois agora vai ser meu."

"Garota, você está me fazendo chegar no limite, então resolveremos com quem vai te tirar daqui."

"Você acha mesmo, que vai conseguir?"

"Você quer apostar?"

" ha ha ha vamos ver então."

Pego meu celular, saio do local, e me distancio um pouco, mudo um pouco meu tom de voz, ligo pro Senhor Flávio Alencar e logo ele diz: " Boa tarde, senhor Caliman, em que devo a honra da sua ligação?". Meu sobrenome é 'Caliman', mas como homem só uso o Caliman.

"Senhor Flávio, tudo bem? Estou te ligando por que sua filha, está dando trabalho pra uma modelo, na agência Fashion Belle, e creio que o senhor não quer problema na nossa negociação. O Senhor resolve ou eu resolvo?"

"Desculpe, o inconveniente, estarei ai em 45 minutos ou antes."

"O Senhor é um homem que sabe o que é bom e correto. Muito obrigado."

Logo ligo para o CEO Jhon Ravier, e peço pra mandar alguém arrencar aquela garota de lá, eu não teria dificuldade com isso, mas os paparazis não desgrudam e estão sempre a espreita. Volto pro meu camarim, e sento em minha poltrona e aguardo o show começar.

'Mas essa garota não sabe ficar calada?'

E ela diz novamente: "Ninguém pode me tirar, daqui." E repito e me calo: " vamos aguardar mais um momento."..