Minha vida era perfeita. Estava prestes a dar à luz o nosso filho, Lucas, a concretização do amor entre mim e o Diogo.
Mas, no dia do parto, enquanto eu gritava de dor na sala, uma chamada mudou tudo: a sua ex-namorada, Sofia, ligou a chorar, o prédio em chamas. Sem hesitar, Diogo abandonou-me.
Acordei para um útero vazio. O nosso bebé não sobreviveu, por falta de oxigénio. Em vez de consolo, recebi as desculpas vazias do Diogo e a culpa cruel da minha sogra, Dona Elvira, que me acusou de não ter sido "forte o suficiente", defendendo cegamente o filho por ter "resgatado" a Sofia. Até a própria Sofia apareceu, lamentando, mas as suas lágrimas só realçaram a traição.
Como puderam escolher outra pessoa, outra vida, em vez da nossa, em vez do nosso filho?
Como puderam pedir-me para superar quando a dor me rasgava a alma, e a minha única culpa foi amar um homem que me traiu no momento mais vulnerável?
Cansada das meias-verdades e das tentativas de manipulação, incluindo a desesperada jogada de suicídio do Diogo, decidi que não seria a sua salvação. Assinei os papéis do divórcio. Não queria mais nada dele, apenas a minha liberdade. Esta é a história de como encontrei paz e um novo começo, longe de tudo o que me havia destruído.