Tainá: Obrigado por tudo doutor.
Psicólogo: Não se preocupe, mas você tem que continuar o tratamento enquanto sua depressão está no começo.
Tainá: Ok, eu vou continuar.
Narrador: aquele diagnóstico tirou ela do chão, sem saber oque fazer foi para casa contar para a família, e receber apoio para lutar contra a depressão.
Tainá: Mãe eu fui no psicólogo, e ele me diagnosticou com início de depressão. Eu tenho que fazer um tratamento pro meu quadro não evoluir.
Narrador: Sua mãe, como se não tivesse ouvido seu desabafo, pergunta; onde você estava ? Seu pai quer saber como você conseguiu dinheiro para sair de casa.
Narrador: Tainá começa a chorar, não estava acreditando que sua mãe não se importava com ela.
Narrador: Sua mãe sem se importar com suas lágrimas, continua a falar; sua avó está passando mal, todos aqui tem o'que fazer, você tem que ir para lá cuidar dela. E seu irmão precisa da sua moto para ir trabalhar porque ele vendeu a dele.
Tainá: (Gritando fala) Eu cansei disso, também tenho uma vida, também faço parte da família, porque vocês não se importam comigo !? só me procuram para me dar ordens. O pai não precisa se preocupar que eu não sou igual as mulheres que ele paga na rua não.
Narrador: Um estalo, e tudo fica em silêncio. Tainá coloca a mão no rosto sem acreditar que sua mãe havia lhe dado um tapa. Isso pois um fim no sonho de um dia ser reconhecida pelas pessoas que ela tanto amava.
Tainá: A vida toda você soube que o pai te trai, deveria descontar sua amargura nele, e não em mim.
Narrador: Outro estalo, e seu rosto queimava.
Tainá: Fale para os seus filhos que eles podem ficar com a "minha" moto, que comprei com o "meu" dinheiro, que diferente deles eu não tive pais para me dar tudo que eu queria, eu trabalhei para isso, a partir de hoje não farei mais nada por vocês. Essa foi a última vez que a senhora me bateu, não aceitarei mais isso.
Narrador: Ela deixa sua mãe falando sozinha, vai até seu quarto e pega a bolsa que estava com seus documentos, a primeira peça de roupa que encontrou, e quando ia saindo lembra do seu passaporte no fundo da gaveta. No portão prestes a sair olha uma última vez para quem lhe deu a vida, mas não lhe deu amor, entre o soluços de tanto chorar fala; se for pra cuidar de alguém "escolho eu".