A luz fria do hospital zumbia, as palavras do médico eram abafadas: "Sua filha, Sofia, está em coma devido a um traumatismo craniano grave."
Minha pequena Sofia, de apenas sete anos, vítima de um atropelamento e fuga. Meu mundo desabou, mas então, minha esposa Alice, a advogada fria e calculista, chegou e, em vez de consolo, vieram as perguntas: "Onde você estava? Por que a deixou sozinha?" Um interrogatório brutal, não de uma mãe, mas de uma promotora.
Eu era o pai culpado, afogando-me em desespero quando, por acaso, um celular esquecido gravou mais do que minhas notas: a voz venenosa de Lucas Costa, meu maior rival, e a risada gélida de Alice. Eles falavam de "um plano perfeito", de me destruir, roubar minha empresa e reputação. E o mais cruel: "Seria... mais limpo se ela não acordasse. O sofrimento dele seria eterno." Meu DNA seria plantado na minha própria filha para me incriminar.
A mulher com quem vivi por uma década, a mãe da minha filha, desejava a morte dela? Como ela, uma advogada brilhante, pôde acreditar na mentira de que eu a droguei anos atrás, plantada por Lucas?
Mas a dúvida nela, uma pequena semente de fúria e clareza, havia brotado. Era a hora de lutar, não pela minha liberdade, mas pela vida da minha única filha e pelo renascimento da verdade.
