- Onde está a noiva do meu filho? - Eros Velentzas estava no escritório da villa de Bryan Harrison em Florença.
- A minha filha está viajando... - Kevin ergueu a voz. - A propósito, você podia tratar desse assunto em outro momento ao invés de atrapalhar a festa do meu neto?
- Fizemos um acordo há cinco anos e você está demorando a cumprir o que prometeu.
A porta estava entreaberta quando o pequeno Maximus apareceu. O garotinho orreu e chutou a perna do grego exaltado.
- Não grite com o meu nonno! - O garotinho levantou o rosto para o grego, que parecia um gigante.
- Maximus! - Bryan saiu de trás da mesa e foi pegar o filho. - Vá se divertir na festa com seus amigos.
Antes de chegar à porta, a mulher com um sorriso sem graça surgiu.
- Amore, vou terminar a reunião e já vou lá para cantar parabéns e cortar o bolo... - Bryan falou com a esposa. - Filho, vá com a mamãe...
- Bryan, a sua irmã está aqui! - Bella sussurrou antes de lhe dar um rápido beijo e sair.
Os dedos de Kevin batiam na mesa. Tinha cerca de um mês que a filha tinha sumido e do nada, ela decidiu aparecer.
- Mande Giovanna entrar para conhecer o noivo. - Kevin deu a ordem.
Eros voltou o olhar para a jovem que adentrava. Giovanna jogou os cabelos platinados para trás e ergueu o rosto com traços delicados. Os olhos dourados se concentraram no grego que estava ao lado do filho.
Como poderia explicar a besteira que fez há alguns meses? Eros não tinha como justificar tudo o que tinha acontecido no iate que navegava sobre as águas do mar Egeu. A garota do cruzeiro usava máscara, mas os olhos dourados e a maneira como caminhava eram idênticas. "Será que a garota mascarada é a noiva de meu filho?" Absorto em pensamentos, o grego se perguntava enquanto Giovanna desfilava graciosamente, com um sorriso no rosto. "Fiz coisas inomináveis com aquela garota. Não pode ser ela!" O grego tentou se convencer.
A forma como Eros a devorava com os olhos não passou despercebida. Nem mesmo Apolo, filho de Eros, parecia tão interessado em sua noiva quanto o seu pai.
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5 meses antes...
- Cinco meses! - Giovanna falou para a garota no espelho. - Preciso usar esse tempo a meu favor.
Cinco anos tinham se passado desde o bendito acordo que o pai fez com a máfia grega.
Aos 22 anos, a italiana Giovanna Harrison era uma modelo famosa. Ela desfilou para marcas como DIOR, Gucci, Fendi, Chanel, Prada, Hermès entre outras. Mas nada disso poderia livrá-la do acordo feito por seu pai.
Sua única saída foi planejar meticulosamente uma maneira de ludibriar o grego responsável por tirar o seu sono nos últimos anos.
Embora estivesse temerosa, ela reuniu coragem e colocou a máscara que cobria da testa até o nariz.
- Hei, Ártemis, está na hora! - Alguém gritou do outro lado da porta.
Ártemis foi o nome que Giovanna decidiu usar para o encontro com um dos gregos que estavam naquele iate.
- Para qual suíte eu vou?
- Vai para a suíte do Eros Velentzas. Dizem que aquele grego é experiente e é bom de cama.
Tudo seria perfeito se não fosse por um único problema, Giovanna ainda era virgem. Mas isso não significava que ela não tivesse aproveitado os prazeres carnais. Inúmeras vezes, ela teve momentos íntimos com Ryan Gambino, mas nunca permitiu que ele a penetrasse com o pênis.
O Iate já navegava sobre as águas do mar Egeu. Não tinha mais como retroceder, a não ser que ela pulasse e nadasse até chegar em terra firme. No entanto, essa não seria uma opção viável naquele momento. Tudo sairia bem se seguisse com o plano, era nisso o que Giovanna acreditava. Entretanto, a sua primeira noite naquela suíte mal iluminada não saiu como esperava.
- Você é tímida! - Eros comentou.
- Um pouco. - Giovanna disse antes de beber um gole de vinho rosê para relaxar.
Embora tivesse visto fotos, ele parecia bem mais em forma pessoalmente. Eros Velentzas estava com 49 anos e tinha um corpo atlético, e mais atrativo do que já viu num homem grisalho. O cavanhaque do grego emoldurava seu belo rosto bronzeado.
- Quer que eu tire a roupa? - Ela deixou a taça sobre a mesa e andou pela suíte, enquanto puxava a alça do vestido pelo ombro direito.
De costas, Giovanna tentava esconder o rubor em seu rosto. Só precisava conseguir uma razão para chantagear aquele grego pretensioso e se livrar da obrigação de casar com o filho mais novo dele.
Apesar do medo, ela sabia que os homens não resistiam aos seus encantos. Percebeu isso na vez em que passou alguns dias com Patrick. Ele foi o primeiro homem a tocar e chupar os seus seios e a lhe dar prazer com a boca e com os dedos. Aqueles dias foram mais prazerosos e continuariam sendo se o irmão mais velho não tivesse obrigado Giovanna a voltar para casa antes de lançar Patrick no mar. Se tivesse contado tudo o que fizeram durante o tempo em que fugiu de casa, provavelmente, o britânico não estaria vivo.
O vestido deslizou por suas curvas e caiu no chão. Giovanna cruzou os braços para esconder os seios fartos.
- De onde você é?
- Cresci em Londres, mas nasci na Itália. - Contou meias verdades.
Sentando-se na beira da cama, ele moveu o indicador, chamando-a para mais perto.
- Seja boazinha e submeta-se aos meus desejos...