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Contrato de pazer.

Contrato de pazer.

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Sinopse

Ela precisava de dinheiro. Ele, de controle. O que nenhum dos dois esperava... era se envolver. Quando a doce e determinada Isadora aceita um contrato milionário com o enigmático e irresistível empresário Enzo Moretti, ela acredita que tudo será apenas uma troca fria: presença, obediência e discrição. Mas à medida que os limites entre prazer e poder começam a se confundir, Isadora se vê mergulhada em um jogo perigoso - onde regras são quebradas, segredos são revelados e corações estão em risco. Contrato de Prazer é uma história ardente e viciante sobre desejo, rendição e o preço de se entregar completamente. Até onde você iria... por um contrato que pode mudar sua vida?

Capítulo 1 A Proposta

Isadora

O salto fino ecoava no mármore da recepção luxuosa como um lembrete de que eu estava fora do meu lugar. Um prédio inteiro de vidro e aço, no coração da cidade, abrigava a empresa do homem que eu prestes a conhecer - e que, segundo a proposta misteriosa que recebi, mudaria a minha vida.

O envelope preto, sem remetente, chegou dois dias antes. Dentro, uma carta com uma única frase: "Você está disposta a fazer qualquer coisa por dinheiro?" E um endereço. O mesmo onde eu estava agora, com o coração disparado e as mãos suando, tentando parecer confiante.

A recepcionista, fria como o ambiente, mal levantou os olhos do computador.

- Sr. Moretti vai recebê-la. Elevador privativo. Último andar.

Eu apenas assenti, engolindo seco. O nome dele já era uma lenda no mundo dos negócios: Enzo Moretti. Bilionário. Misterioso. Perigoso. E, agora, interessado em mim.

O elevador subiu silenciosamente, mas dentro de mim, tudo era barulho. Pensamentos, dúvidas, desejos... Eu não sabia o que esperar - só sabia que não podia recusar. Minha conta bancária gritava mais alto do que o medo.

Quando a porta se abriu, o ar no andar parecia mais denso. E lá estava ele.

De costas, olhando a cidade pela parede de vidro, em um terno escuro impecável. Alto, postura rígida, presença avassaladora. Como se sentisse minha chegada, ele se virou lentamente.

Meus olhos encontraram os dele - frios, intensos, calculistas. Mas havia algo mais ali. Algo que me despia com o olhar.

- Isadora... - ele disse meu nome como se já tivesse me possuído. - Sente-se. Temos um contrato a discutir.- Você está nervosa, Isadora. - ele disse, com a voz baixa e firme, cruzando os braços atrás das costas.

- Quem não estaria? - tentei manter a postura, mas minha voz saiu um pouco mais suave do que eu gostaria. - Recebi um convite estranho, fui trazida até aqui sem saber o que exatamente você quer de mim.

Ele caminhou devagar até a mesa de madeira escura e pegou um envelope. Seus dedos eram longos, firmes. Seus olhos não saíam dos meus.

- Eu sou direto. Gosto de acordos claros, de limites bem definidos. E principalmente... de controle. - ele colocou o envelope diante de mim. - O que está aí dentro pode mudar sua vida. Mas você precisa ler com atenção.

- Isso é um contrato? - perguntei, sem tocar no papel ainda.

- É. Um contrato entre duas pessoas adultas, conscientes... e com desejos diferentes do que a sociedade costuma aceitar.

- Desejos? - repeti, sentindo o calor subir pelo corpo.

- Sim. Eu não estou oferecendo amor, Isadora. Estou oferecendo intensidade. Presença. Segurança. E prazer. - Ele se aproximou, ficando a poucos centímetros do meu rosto. - Mas tudo tem um preço. Inclusive a sua liberdade por noventa dias.

Meu coração batia tão forte que eu quase não ouvi minha própria respiração. Ele ainda não tinha me tocado - e mesmo assim, eu já estava completamente desestabilizada.

- E por que eu? - sussurrei.

Um leve sorriso surgiu nos lábios dele.

- Porque você tem o olhar de alguém que nunca foi tocada do jeito certo... mas está pronta para ser.CONTRATO DE ACORDO PESSOAL – CLÁUSULAS PRINCIPAIS

1. Objeto do contrato:

A Srta. Isadora Dias compromete-se a manter convivência diária e exclusiva com o contratante, Sr. Enzo Moretti, durante o período acordado, com total disponibilidade física e emocional.

2. Duração:

Prazo de 90 dias, com possibilidade de prorrogação mediante interesse mútuo.

Atenção: A quebra de contrato por qualquer das partes implicará penalidades financeiras.

3. Regras de convivência:

Isadora deverá residir na cobertura do contratante.

Todas as decisões relacionadas a vestuário, eventos e horários serão previamente acordadas com o contratante.

Não é permitido contato íntimo com terceiros durante a vigência do contrato.

4. Conduta e confidencialidade:

Sigilo absoluto sobre qualquer informação relacionada ao contratante.

Está proibida qualquer exposição pública do relacionamento.

Violações implicam em multa milionária.

5. Gratificação:

Ao término do contrato, será depositado o valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) na conta da contratada, mediante cumprimento integral das cláusulas.

6. Termo de consentimento:

Todos os atos físicos e emocionais que ocorrerem entre as partes serão consensuais, respeitando os limites definidos previamente em anexo confidencial.

Isadora cruzou as pernas lentamente, apoiou o contrato sobre os joelhos e ergueu os olhos para ele com uma calma afiada.

- Interessante... - disse, passando os dedos sobre o papel. - Mas me explica uma coisa, Sr. Moretti: "decisões relacionadas a vestuário, eventos e horários serão acordadas com o contratante"? Você quer uma companhia... ou uma boneca controlada por controle remoto?

Enzo a fitou, surpreso. Por um segundo, o silêncio falou mais do que qualquer resposta. Ele se aproximou devagar, como se estudasse uma peça rara.

- Eu quero alguém que compreenda que, por noventa dias, existe um jogo de poder. E nesse jogo, eu lidero. - respondeu, com um leve sorriso no canto da boca. - Mas não se engane... bonecas não me atraem.

- Que bom. Porque eu não sou feita de plástico. - rebateu, encarando-o firme. - E esse anexo confidencial sobre "atos físicos"? Sem que eu saiba os limites agora? Você espera que eu assine no escuro?

Enzo se encostou na mesa e cruzou os braços, claramente intrigado.

- Os limites são definidos juntos. Eu nunca ultrapasso uma linha sem o consentimento da outra parte. Mas gosto de saber até onde ela está disposta a ir... sem garantias. Isso revela quem ela realmente é.

Isadora sorriu de lado, provocadora.

- E se eu te dissesse que o mistério pode ser excitante... mas submissão cega me dá enjoo?

Os olhos dele brilharam, como se ela tivesse dito exatamente o que ele não sabia que queria ouvir. Ele se inclinou levemente.

- Você é diferente... - murmurou. - Nenhuma das mulheres antes de você questionou esse contrato.

- Então talvez seja a hora de mudar as cláusulas. - respondeu Isadora, fechando o envelope e se levantando com graça. - E se quiser minha presença... vai ter que entender uma coisa, Sr. Moretti: eu posso precisar do dinheiro, mas não a ponto de vender minha alma.

Por um instante, ele ficou em silêncio, observando-a com um olhar que misturava surpresa, desejo e... respeito.

- Eu não costumo negociar. - ele disse por fim, com a voz mais baixa.

- Então talvez você não esteja acostumado com mulheres como eu. - respondeu ela, antes de se virar para sair.

Mas antes de cruzar a porta, ouviu a voz dele novamente.

- Isadora...

Ela parou, sem virar o rosto.

- Jantar. Hoje. O contrato fica entre nós, por enquanto. Quero ver até onde você vai... sem papel assinado.

Ela sorriu, ainda de costas.

- Veremos quem vai perder o controle primeiro, Enzo.

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