Gênero Ranking
Baixar App HOT

Sinopse

Julie Greene ama jogos, primeiros encontros intensos e a magia do "quase". Mas quando recebe a missão mais difícil de sua carreira, precisa enfrentar a diferença entre paixão passageira e compromisso real. Mitchell Forbes é tudo o que ela deveria evitar: intenso, sério, um homem que não brinca com sentimentos. O oposto das regras de Julie. E exatamente por isso... é o que ela mais deseja.

Capítulo 1 1

Julie Greene ama jogos, primeiros encontros intensos e a magia do "quase". Mas quando recebe a missão mais difícil de sua carreira, precisa enfrentar a diferença entre paixão passageira e compromisso real.

Mitchell Forbes é tudo o que ela deveria evitar: intenso, sério, um homem que não brinca com sentimentos. O oposto das regras de Julie.

E exatamente por isso... é o que ela mais deseja.

Capítulo um

Julie Greene tinha construído uma carreira sem se apaixonar. Permanecer no amor?

Nem tanto.

A chefe de Julie, aparentemente, não recebeu o memorando.

"Estou confusa", Julie disse lentamente, inclinando-se com um sorriso apaziguador. "Você quer que eu escreva o quê?"

Traduzindo: Você está confusa. Eu não escrevo essa merda.

Camille Bishop se recostou na cadeira e estudou Julie com olhos perplexos. "Eu pensei que você estaria pulando pela chance de ter uma atribuição tão simples depois do mês passado."

Julie franziu os lábios e pensou. A atribuição do mês passado tinha sido desgastante.

Documentar os sete tipos de primeiros beijos exigiu um monte de investigação.

Pesquisa agradável.

Mas isso? Uma página dupla, chamada "Como levar relacionamento para o próximo nível"?

O que Camille estava pensando? Esta era a revista Stiletto, não Dr. Phil . Stiletto era sobre sexo e salto alto, não companheirismo e tamancos excêntricos.

O período rochoso pós-lua de mel não era o palco de Julie. O que não queria dizer que ela não tinha muitas outras habilidades.

O primeiro encontro? Tinha homens implorando por isso.

O primeiro beijo? Uma forma de arte que ela dominava há muito tempo.

A primeira vez que você perdeu sua calcinha em seus lençóis? Também não era um problema.

Isto não queria dizer que Julie tinha se aperfeiçoado apenas nos principais, e mais óbvios marcos do namoro, entretanto. Ela também sabia como usar de artimanhas para os momentos mais sutis, aqueles momentos chaves em que a respiração prende e você pensa: Sim, isso. Julie poderia explicar cada nuance, da euforia que enrola os dedos dos pés, quando a mão roça a sua, para o formigamento quando os olhos se encontram por apenas uma batida. E então havia o seu momento pessoal favorito: a satisfação profunda quando o faz rir pela primeira vez, um riso real.

A maioria das mulheres pensava que esses momentos aconteciam. Julie Greene sabia melhor. Estes momentos eram criados.

Quanto ao que acontecia depois de todas essas coisas boas?

Julie não poderia se importar menos. Ela não precisava da primeira briga, nenhum desejo de conhecer os pais. Sem interesse em encontrar cuecas sujas em seu cesto ou abrir espaço em seu banheiro para o barbeador de um homem. Isso era tudo uma viagem só de ida para a visão pessoal de Julie do inferno: a noite de cinema do casal.

Julie tinha descoberto que as mulheres de Nova York usavam erroneamente a noite de cinema como uma medida de quão perto do altar elas estavam. Afinal, se ele estivesse satisfeito de passar uma noite de sexta-feira em casa ao invés de um clube de strip, ele deveria estar amarrado, certo?

Errado. Tão errado.

A noite de cinema era apenas outra maneira de dizer que você não queria se preocupar em se vestir para ele e que ele não se importava com isso. Julie vivia com medo do momento em que jantares extravagantes e festas seriam uma coisa do passado, e o destaque do fim de semana seria descansar em calças de ioga e assistir perseguições de carro ou pessoas bonitas aparecendo na tela.

A parte mais sexy desse cenário era a manteiga na pipoca.

Ela estremeceu. Julie Greene não fazia noite de cinema.

"Camille olhe", ela tentou novamente. "Não é que eu não respeite as suas sugestões..."

"Oh?" Camille inclinou a cabeça, fazendo balançar seu cabelo quimicamente perfeito, ainda que levemente, e Julie congelou. Ao longo dos anos, Julie chegou a pensar nos cabelos normalmente imóveis de Camille como se fosse ela "dizendo" – que quando ele se movia, a vida de alguém estava prestes a ficar realmente confusa.

Até agora, nunca tinha sido a vida de Julie.

Nos seis anos que ela estava trabalhando para Camille como colunista em tempo integral, esta era a primeira vez que Julie tinha recebido uma ordem direta em uma história. Mesmo quando Julie era recém-formada com nada além de um punhado de estágios em seu currículo, Camille tinha lhe dado ampla liberdade sobre o que escrever.

Julie sabia que Camille confiava em seu julgamento. Então, por que estava com a repentina viagem de poder?

Não fazia sentido. Julie era uma das melhores colunistas da Stiletto, e ambas sabiam disso. Camille sempre encorajou seus escritores a desempenhar as suas forças. O nicho de Julie eram os leitores solteiros com o sonho de se apaixonar. Depois disso, eles estavam por conta própria.

Julie sentou-se reta. Espere, não. Isso não era inteiramente verdade. Os leitores não têm um lugar para ir, uma vez que passaram pela parte divertida do namoro.

Grace Brighton.

"Por que Grace não faz isso?" Julie perguntou animadamente. "Ela é a sua guru de relacionamentos."

"Eu pensei que você e Grace fossem as minhas gurus de relacionamentos."

"Somos," Julie concordou rapidamente. "Apenas cada uma de nós tem sua própria experiência. Tudo que tem a ver com relacionamentos de longo prazo é com Grace."

Camille franziu os lábios, pintados hoje em um coral bastante chocante. "E como você se descreveria?"

O calcanhar de Julie agitou debaixo da mesa em frustração. Camille sabia muito bem qual era a experiência de Julie. Todos no escritório da Stiletto sabiam. Pro inferno, metade das mulheres em Manhattan conheciam Julie pelo nome.

Sabiam o que ela representava. Stiletto era a revista para trabalhar. O namoro, amor, e o departamento de sexo era o departamento para trabalhar. Onde Julie, Grace Brighton, e Riley McKenna eram Namoro, Amor e Sexo, respectivamente.

Julie respondeu devagar. "Eu sou tudo sobre borboletas, primeiro beijo, fazê-lo. Você sabe namoro."

"Mm-hmm, e como é que uma mulher vai desde aqueles vertiginosos primeiros encontros para o material confortável e comprometido sobre o que Grace escreve?"

A mente de Julie ficou em branco. Não havia realmente nenhuma boa maneira de dizer a editora-chefe da maior revista feminina do país que você nunca se preocupou em pensar sobre o que acontecia depois. E com certeza, talvez algumas pessoas pensem em Julie como um pouco inconsistente. Mas ela estava disposta a apostar que essas mesmas pessoas estavam perpetuamente sem encontros. Ou entrincheiradas em calças de yoga e noites de cinema.

"Hum, bem... Eu acho que é um tipo de evolução? " Julie respondeu finalmente.

"Como?"

"Com a pessoa certa, isso simplesmente acontece. Esse é o mistério que faz o verdadeiro amor tão especial."

Jesus, eu quase vomitei.

Camille sacudiu a cabeça. "Não é bom o suficiente. Você já viu as cartas de nossas leitoras. Elas querem saber os detalhes. Estas são as mulheres que já tiveram o terceiro encontro. Elas até tiveram o sétimo. Mas então o que? Como é que elas seguem adiante? "

O vestido de mangas Kate Spade e gola alta de Julie, de repente, pareceu um pouco apertado em torno de sua garganta.

"Se não for Grace, Riley poderia escrevê-lo", disse Julie, se agarrando a qualquer coisa. "Você sabe, eu realmente acho que ela está procurando uma maneira de ampliar seu foco e fazer uma pausa do material de sexo por um tempo. Você não pode simplesmente ver isso? 'Fora do quarto', ou algo assim".

"Julie", disse Camille com um suspiro, "Grace e Riley já têm suas histórias para as próximas edições. Eu já as aprovei."

"Se você quer um cronograma das minhas futuras ideias, eu ficaria feliz em..."

"Eu já me decidi."

Ok, então Camille não ia ser persuadida com a razão. Hora de ir para o ponto fraco do editor: A Stiletto em si.

"Eu não tenho certeza que isso seja o melhor para a revista," Julie disse recatadamente. "Eu simplesmente não tenho nenhuma experiência com... você sabe... coisas a longo prazo".

Mas Camille não mordeu a isca. "Então? Você acha que cada escritor neste escritório tem experiência pessoal com tudo o que escreve?"

Eu, pensou Julie. Ou pelo menos eu tinha.

"Julie, olhe ao redor. O que isso te parece?"

"Um, um escritório?" Mais precisamente, um de alta tecnologia, de última geração, um escritório de canto assassino com vista para o sul do Central Park.

"Exatamente. É um escritório de uma empresa de revista. Isso é jornalismo, não o seu distorcido diário cor de rosa," Camille estalou. "Se você não esteve mesmo lá, fale com as mulheres que estão passando por essa fase. Faça o que você sempre faz mergulhe nas cabeças das nossas leitoras e responda as coisas difíceis para elas."

Julie conteve um suspiro, sabendo que a batalha estava perdida. Temporariamente. Camille era uma daquelas mulheres assustadoras que fizeram seu caminho para o topo da cadeia alimentar por ter ovários de aço e uma propensão para fazer as pessoas chorarem. Julie sempre tinha imaginado que, se eles tivessem feito um filme sobre a vida de Camille ela seria interpretada por alguém tipo Katharine Hepburn ou um intensamente assustador Robert De Niro louco. Ela era tão suave como um tubarão-martelo e com a metade da simpatia.

Ainda assim, Camille estava certa sobre uma coisa: este artigo poderia ser feito com um pouco de trabalho estratégico. Um importante jornalista pela Universidade do Sul da Califórnia havia ensinado Julie que a mídia era mais sobre quem você conhecia que o que você sabia. Mas Julie tinha desenvolvido seu próprio tipo de jornalismo ao longo dos anos, que envolvia uma voz distintamente pessoal. E odiava a ideia de que ela não pudesse falar pessoalmente sobre um tópico.

"Então, nós estamos bem?" Perguntou Camille, de pé, para indicar que a conversa tinha acabado.

Nem perto disso. "Definitivamente," Julie respondeu com um sorriso confiante.

Camille pegou seu celular e estava gritando com a tinturaria. Algo sobre manchas brancas em um vestido preto. Awwwwwwk.

Julie saiu pela porta e foi imediatamente cercada pelos sons da Stiletto em uma tarde de sexta-feira. O clima no escritório de Manhattan crepitava mesmo em um dia lento, mas no final da semana o clima era positivamente elétrico.

A equipe do escritório era composta quase inteiramente de mulheres, com um punhado de homens de moda de vanguarda.

Onde quer que olhasse, haviam quadris magros empoleirados na mesa de um colega, fofocas sobre os planos para a noite, e as trocas de gloss sobre as paredes dos cubículos enquanto a maquiagem de escritório passava para maquiagem de happy-hour.

Normalmente Julie estaria fazendo as rondas, descobrindo se alguém tinha ouvido falar de algo acontecendo que ela não tinha. Era mais um hábito do que qualquer outra coisa; Julie não conseguia pensar em um momento em que ela foi à última a ouvir falar de uma festa. Estar no topo da Stiletto também significava que você estava no topo da escala social de Nova York. As meninas do namoro, amor, e do departamento de sexo não tinham que pescar um convite.

Julie fez um desvio para a cozinha, onde Camille mantinha algumas garrafas de champanhe para festas e promoções.

Hoje Julie tinha outra necessidade de terapia.

Se ela tivesse que escrever sobre levar as coisas para o próximo nível, ela, pelo menos, precisaria de uma bebida em primeiro lugar. Riley e Grace sempre estavam disponíveis para um pequeno happy hour no escritório.

"Oh, Julie, eu estou feliz que você parou."

Julie fez um movimento de engasgo silencioso no refrigerador. Kelli veio sobre mim. Julie devia ter pego a garrafa mais cedo. Muito mais cedo.

Julie tinha muitas vezes se maravilhado em como o destino a abençoou com uma infância livre de inimigos. Não houve o valentão da escola, nenhuma alta rival júnior, nenhum drama colegial. Mas tudo que o destino realmente fez foi ajudá-la a preservar sua energia para lidar com sua inimiga adulta: Kelli Kearns.

Embora a história sórdida de Julie e Kelli pertencesse aos tabloides, na sua maior parte, elas tentaram mantê-la fora do escritório e ignorar uma a outra a todo custo. Mas de vez em quando seu negativismo era tanto que o corpo de Kelli parecia incapaz de conter todo o seu veneno, e vomitava um pouco - geralmente na direção de Julie.

"O que há Kelli?"

"Primeiro de tudo", disse Kelli, levantando um dedo magro, "é o vinho da empresa? Eu sempre tive a impressão de que o consumo tinha que ser autorizado pela Camille."

Julie olhou para a garrafa com falso pesar. "Um ponto válido, Kelli. Sobre isso: você vai dizer a Camille meu segredo, e eu vou dizer-lhe o seu. Parece bom?"

Os lábios de Kelli pressionaram juntos com desdém, e Julie resistiu ao impulso de se vangloriar. Kelli não daria um pio sobre o champanhe. Não que Camille se importasse, de qualquer maneira. Tudo o que ela queria de seus funcionários era que cumprissem os prazos e mantivessem suas colunas atrevidas e mal-humoradas, tudo ao mesmo tempo ajustando o molde Stiletto elegante. Camille não se importava se eles precisassem de um pouco de vinho para chegar lá.

"Havia algo mais?" Perguntou Julie. "Além de sua preocupação sobre o meu fígado e os fundos da empresa?"

"Na verdade, sim", disse Kelli, sacudindo seu rabo de cavalo loiro e comprido sobre um ombro ossudo. "Fui convidada para limpar o refrigerador..." "Você sabe que estaria muito menos na borda se você realmente comesse a comida, certo?"

"...e quando eu estava limpando notei este sanduíche de aparência engraçada. Tem seu nome nele".

Julie olhou para o sanduíche envolto em plástico na mão de Kelli. "Sim, meu da semana passada. Eu comi metade e me esqueci dele."

Kelli balançou a cabeça em condescendência. "É um desperdício, Julie. E eu acho que falo por todo o escritório quando digo que estamos cansados de você abusando de seu poder".

"Meu poder? O que é que eu estou pronta para destruir com um sanduíche de peru meio comido? Ação de graças?"

Kelli suspirou. "Eu não estou tentando ser difícil."

Minha bunda que você não está.

"Eu só estou dizendo que todos têm que compartilhar o espaço da cozinha, e seria bom se até mesmo os colunistas seniores pudessem limpar depois de usar", disse Kelli.

"Ok", disse Julie, empurrando a garrafa de champanhe debaixo do braço e arrebatando o sanduíche de Kelli. Ela deu um meio passo para o lado e o deixou cair no lixo. "Nós estamos bem? Existe uma caneca de café que eu não posicionei corretamente, ou uma caneta que deixei em algum lugar?" Talvez na sua bunda?

Kelli estalou os dedos. "Você sabe, acabei de pensar em outra coisa. Fiquei me perguntando se talvez você pudesse me manter atualizada sobre as suas notas para o artigo de agosto".

Julie bufou. "E por que eu faria isso?" E por que se preocupar em perguntar? Nós duas sabemos que você acaba roubando minhas anotações quando lhe convém.

Os olhos de Kelli se afastaram. "Camille não te disse?"

Julie parou. "Não me disse o que?"

"Sua tarefa para agosto? A história sobre relacionamento? Camille está preocupada que você possa não estar à altura disto".

"E este é o seu negócio, por.... ?"

Kelli deu um sorriso doce. "Eu sou a sua suplente. Se a sua história não servir, Camille irá imprimir a minha."

Oh inferno não.

Com uma torção violenta de suas mãos, Julie tirou a rolha do champanhe e tomou um longo gole enquanto saia da cozinha, a cabeça se recuperando da bomba de Kelli.

Havia apenas uma coisa pior do que ter que escrever esta história.

E era ter Kelli escrevendo como uma substituta para ela.

Noite de cinema, aqui vou eu.

Continuar lendo

COPYRIGHT(©) 2022