Capítulo 1
Álvaro Evans
Alguns meses depois que meu pai, o todo poderoso Isack Evans anunciou que eu teria que me casar com uma moça da comunidade meus dias ficaram agitados.
Eu queria aproveitar cada momento da minha vida de solteiro. Saia todas as noites, ia a boates, bares, festas em casa de amigos, cada dia com uma mulher diferente.
Essa noite não seria diferente, iria a uma formatura mais á noite, um primo meu e companheiro de noitadas estava concluindo o curso de medicina e eu fui convidado, claro. Não perderia esse evento por nada, afinal, nesses eventos sempre tem muitas universitárias bonitinhas dando sopa.
A formatura era na capital, a delegacia na qual sou o delegado responsável fica no vilarejo, mas moro na capital.
Estava terminando meu turno de trabalho e me preparando para ir para casa me arrumar para a formatura quando escuto no rádio da viatura:
" Sequestro, vítima jovem, loira, estatura mediana, levada por homens encapuzados em furgão preto a mais ou menos uma hora da universidade central."
Eu poderia deixar para meus soldados investigarem, mas meu instinto policial falou mais alto. Eu iria entrar nesse caso nem que para isso eu não pudesse comparecer a formatura do meu primo.
Puxei o rádio e pedi informações para a central.
" Chefe, as câmeras de segurança da universidade filmaram um furgão indo em direção ao cais, nas docas"
-Ok, mande reforços! Me dirigindo para o local informado.
Dirigi o mais rápido que pude para o local, afinal aquele ponto era partida de barcos e embarcações de entrada e saída da cidade, se alguém tinha intenção de levar a moça embora, aquele local era propício para isso.
Quando cheguei no cais, deixei meu carro um pouco afastado e fui a pé, espiei por dentro de alguns armazéns e logo achei o tal furgão preto estacionado dentro de um deles.
Vi que eram três homens, e uma moça loira que parecia inconsciente, estava amarrada a uma cadeira. Eles pareciam impacientes. Caminhavam de um lado para outro sem parar. Até que um deles parou do lado da moça, passou a mão em sua bochecha.
-Nossa ela é uma gostosinha mesmo, pena que o chefe a quer inteira...Tem certeza de que não podemos nos divertir mesmo antes de entregar essa loirinha? - O nojento disse com a boca salivando.
-O chefe deixou bem claro que quer ela inteira! Disse o homem que parecia o líder.
Quando ele terminou de falar seu telefone tocou e ele saiu para fora para atender.
O outro homem foi acompanhado o líder e o que ficou lá dentro, o mais abusado começou a descer a alça da blusa da mulher.
Eu não podia deixar aquele asqueroso fazer isso com ela, eu não iria esperar o reforço, teria que agir rapidamente.
Me abaixei pelas caixas espalhadas pelo galpão e peguei o desgraçado por trás.
Lhe dei uma coronhada com minha arma. Ele havia caído.
A moça acordou e pude ver o desespero naqueles olhos verdes. Fiz sinal para ela ficar quieta. Comecei a desamarrar suas mãos e pés, mas de repente ouvi um barulho na porta. Os homens haviam voltado. Puxei rapidamente a moça para um canto e quando os homens viram que ela não estava lá e me viram, começou o tiroteio.
Mirei bem no peito de um, o acertei, era o líder, ele caiu e de repente, o outro se rendeu.
-Calma, eu me rendo. -Saiu de trás de um pilar e atirou a arma no chão.
Fui por trás dele e passei as algemas e depois fiz o mesmo com o que estava caído no chão.
O local estava limpo, então corri até a vítima que estava encolhida em um cantinho atrás de uns caixotes de madeira.
Ela estava sonolenta, com certeza eles haviam drogado a moça.
- Você está bem? -Nem terminei a frase e ela cambaleou para trás, ainda bem que fui rápido e a segurei em meus braços.
Escutei barulho de ambulâncias e sirenes, era meu pessoal que havia chegado. Então a carreguei para fora e a levei direto para a ambulância.
- Chefe, o senhor acabou com a raça deles! Um deles morreu. -Disse o sargento Marco.
- Acho que era o líder. – Ajeito minha arma no coldre. - Leve os outros para a delegacia para recolher depoimento. Quero falar com a vítima.
Caminhei até a ambulância, Marco me seguiu. A vítima já estava acordada, não estava falando nada com nada, mas pelo menos estava segura.
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