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O Último Desejo Marciano do Gêmeo

O Último Desejo Marciano do Gêmeo

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Sinopse

Por cinco anos, interpretei o papel de esposa devota de um bilionário que me desprezava. Suportei sua frieza, seu caso público com a amante Gisela e cada humilhação que ele me impôs. Tudo não passou de uma atuação, um jogo longo com um único propósito. No nosso quinto aniversário, o dia em que meu contrato terminou, finalmente peguei as cinzas do meu falecido noivo, Juliano. Seu último desejo era que elas fossem espalhadas em Marte, um sonho que só se tornou acessível para mim através do meu casamento com o irmão gêmeo idêntico dele, Caio. Com minha missão cumprida, pedi o divórcio. Mas Caio, o homem que me ignorou por meia década, recusou. Ele riu, depois me beijou com uma possessividade brutal que eu nunca tinha sentido antes. "Você não vai a lugar nenhum", ele sussurrou. "Agora você é minha." Ele me arrastou da nossa cobertura estéril, seus olhos queimando com uma obsessão aterrorizante. Ele me ofereceu um casamento de verdade, um filho, um futuro que eu nunca quis. Ele não conseguia entender que meu coração sempre pertenceu ao seu irmão morto. Quando finalmente revelei a verdade - que nosso casamento inteiro foi apenas um meio para realizar o último desejo de Juliano - ele não me deixou ir. Ele desmoronou. Abandonou a amante, implorou e até me sequestrou, convencido de que poderia me forçar a amá-lo. "Você vai aprender a ser minha", ele rosnou, sua sanidade se desfazendo enquanto me mantinha cativa em seu jato particular. "Teremos filhos. Eles nos unirão. Você nunca mais vai me deixar." Mas ele estava errado. Esta não era a história de uma mulher conquistada pelo amor tardio de um monstro. Esta era a história da minha fuga, e eu estava finalmente pronta para ser livre.

Capítulo 1

Por cinco anos, interpretei o papel de esposa devota de um bilionário que me desprezava. Suportei sua frieza, seu caso público com a amante Gisela e cada humilhação que ele me impôs. Tudo não passou de uma atuação, um jogo longo com um único propósito.

No nosso quinto aniversário, o dia em que meu contrato terminou, finalmente peguei as cinzas do meu falecido noivo, Juliano. Seu último desejo era que elas fossem espalhadas em Marte, um sonho que só se tornou acessível para mim através do meu casamento com o irmão gêmeo idêntico dele, Caio.

Com minha missão cumprida, pedi o divórcio. Mas Caio, o homem que me ignorou por meia década, recusou. Ele riu, depois me beijou com uma possessividade brutal que eu nunca tinha sentido antes. "Você não vai a lugar nenhum", ele sussurrou. "Agora você é minha."

Ele me arrastou da nossa cobertura estéril, seus olhos queimando com uma obsessão aterrorizante. Ele me ofereceu um casamento de verdade, um filho, um futuro que eu nunca quis. Ele não conseguia entender que meu coração sempre pertenceu ao seu irmão morto.

Quando finalmente revelei a verdade - que nosso casamento inteiro foi apenas um meio para realizar o último desejo de Juliano - ele não me deixou ir. Ele desmoronou. Abandonou a amante, implorou e até me sequestrou, convencido de que poderia me forçar a amá-lo.

"Você vai aprender a ser minha", ele rosnou, sua sanidade se desfazendo enquanto me mantinha cativa em seu jato particular. "Teremos filhos. Eles nos unirão. Você nunca mais vai me deixar."

Mas ele estava errado. Esta não era a história de uma mulher conquistada pelo amor tardio de um monstro. Esta era a história da minha fuga, e eu estava finalmente pronta para ser livre.

Capítulo 1

POV de Ada Magalhães:

As palavras soaram como liberdade na minha língua, mesmo que estilhaçassem a ilusão à qual ele se agarrava com tanto cuidado.

"Eu quero o divórcio, Caio."

A risada dele, baixa e desdenhosa, ecoou pela sala de estar vasta e estéril. Era a mesma risada que ele usava ao fechar um negócio multibilionário, arrogante e totalmente confiante em seu controle. Ele nem sequer ergueu os olhos dos relatórios financeiros exibidos em seu tablet holográfico.

"Sempre com esse drama, Ada", ele disse arrastado, a voz carregada com o desprezo familiar. "O que foi desta vez? A Gisela postou outra foto? Está se sentindo negligenciada de novo?"

Minhas unhas cravaram nas palmas das minhas mãos. Negligenciada. Era uma palavra educada para o que eu havia suportado nos últimos cinco anos. Era uma palavra educada para ser invisível.

"É nosso quinto aniversário, Caio", afirmei, minha voz firme apesar do tremor no peito. "O acordo acabou."

Ele finalmente levantou a cabeça, seus olhos, tão assustadoramente parecidos com os de Juliano, brilhando com uma diversão fria que Juliano nunca possuiu. Caio Pereira, magnata da tecnologia, bilionário, meu marido distante e o gêmeo idêntico do meu falecido noivo.

"Cinco anos, Ada", ele corrigiu, um sorriso zombeteiro brincando em seus lábios. "E você ainda está aqui. Ainda bancando a esposa devota. Você acha que eu não percebo?"

Ele se levantou da poltrona, sua figura alta dominando o espaço entre nós. Ele se movia com a graça sem esforço de um predador, seu terno caro da Ricardo Almeida fazendo pouco para suavizar suas arestas afiadas.

"Você acha que depois de todo esse tempo, eu não teria descoberto seu joguinho?", ele zombou, circulando lentamente ao meu redor. "Os atos silenciosos de serviço, a lealdade inabalável, a maneira como você nunca reclamou da Gisela. Foi tudo uma performance, não foi?"

Minha respiração falhou. Ele sabia. Não podia ser. Tudo isso era por Juliano. Sempre foi por Juliano.

"Você queria me mostrar, não é?", ele continuou, sua voz caindo para um sussurro perigoso enquanto parava bem na minha frente. "Me mostrar como era uma boa esposa. Me mostrar o que eu estava perdendo. Mas eu não estava perdendo nada, Ada. Eu tinha a Gisela. E você? Você era apenas... conveniente."

A palavra me atingiu como um golpe físico, embora eu soubesse que era verdade desde o primeiro dia. Eu escolhi ser conveniente. Eu sacrifiquei tudo para ser conveniente.

"Preciso que você assine os papéis, Caio", eu disse, ignorando completamente sua avaliação cruel. Meu propósito era claro, inabalável.

Ele riu de novo, mais alto desta vez. "Assinar papéis? Depois de tudo isso? Ada, você não vai a lugar nenhum." Ele estendeu a mão, sua mão envolvendo minha bochecha. Seu toque parecia estranho, um lembrete gritante do abismo entre nós. "Agora você é minha."

Ele se inclinou, seu cheiro - um perfume caro e algo unicamente dele, algo que Juliano compartilhava, um fantasma de memória - preenchendo meus sentidos. Ele me beijou, um beijo possessivo e forçado que não oferecia ternura. Era um beijo de posse, uma declaração.

Eu permaneci imóvel, sem responder. Minha mente voltou para a manhã, para o memorial da Agência Espacial Brasileira, para o pequeno relicário personalizado finalmente em minha mão. As cinzas de Juliano. Missão cumprida.

Caio se afastou, seus olhos procurando os meus. "Viu, Ada?", ele murmurou, um brilho triunfante em seu olhar. "Você ainda está aqui. Ainda é minha."

Ele agarrou minha mão, me puxando em direção às enormes janelas panorâmicas que davam para a cidade cintilante de São Paulo. "Vamos anunciar hoje à noite. Um novo capítulo. Um casamento de verdade. Talvez... um filho?"

Ele apertou minha mão significativamente, seu polegar esfregando as costas dos meus dedos. "O que me diz, Ada? Um pequeno herdeiro para o império Pereira? Um filho que seja verdadeiramente nosso?"

O pensamento fez meu estômago revirar. Um filho com ele? Um filho concebido e criado nesta farsa fria e transacional? Era um insulto a tudo que Juliano e eu havíamos sonhado.

"Não", sussurrei, puxando minha mão. A palavra foi suave, mas carregava o peso de cinco anos de resistência silenciosa.

Seus olhos se estreitaram, a diversão se esvaindo de seu rosto, substituída por um lampejo de fúria. "Não? Como assim, não? Você ainda está se apegando a essa fantasia ridícula de divórcio?"

Ele gesticulou vagamente. "Olha, eu sei que a Gisela é demais. Mas ela é só uma distração. Você é diferente. Você é... estável. Você é quieta." Ele tentou sorrir, mas não alcançou seus olhos. "Você é o que eu preciso."

"O que você precisa e o que eu quero são duas coisas diferentes, Caio", respondi, minha voz ganhando força. "Eu quero acabar com isso. Agora."

Seu maxilar se contraiu. "Não me provoque, Ada. Você sempre foi tão submissa. Não comece a fazer joguinhos agora." Ele deu um passo mais perto, sua sombra caindo sobre mim. "Não vai acabar bem para você."

Uma risadinha aguda quebrou a tensão. Gisela Leão, uma visão em seda cintilante e diamantes, entrou na sala, o celular já posicionado para uma selfie. "Querido, o que está demorando tanto? Nossa reserva no D.O.M. é em vinte minutos!"

Ela olhou para mim, seu sorriso de lábios vermelhos se alargando em um escárnio. "Ah, ainda aqui, Ada? Não tem um cachorro para passear, ou alguns designs gráficos para rabiscar? Caio e eu temos planos importantes de aniversário."

Caio se virou, um sorriso charmoso e ensaiado substituindo sua ameaça anterior. "Apenas terminando alguns negócios, meu amor." Ele passou um braço pela cintura de Gisela, puxando-a para perto. "Ada estava apenas me lembrando de algo trivial."

Gisela se aninhou nele, seu olhar voltando para mim, o triunfo brilhando em seus olhos. "Trivial, de fato. Algumas pessoas simplesmente não sabem quando sair de cena com elegância, não é, querido?" Ela pressionou um beijo demorado na mandíbula de Caio, depois se virou para mim, sua voz pingando falsa simpatia. "Talvez você devesse encontrar um novo hobby, Ada. Algo mais... gratificante."

Eu encontrei o olhar dela, depois o de Caio. Meu coração não doeu. Meu estômago não se contraiu. Havia apenas uma profunda sensação de finalidade.

"Eu encontrei um", disse a Gisela, minha voz clara e firme. "Chama-se liberdade." Olhei diretamente para Caio. "E eu vou embora esta noite."

Seus olhos ficaram frios, um brilho perigoso substituindo a diversão. "Você acha?", ele desafiou, seu braço ainda em volta da cintura de Gisela, agora apertando possessivamente. "Tente, Ada. Apenas tente sair por aquela porta."

Ele sorriu, confiante em seu poder. "Você não tem nada sem mim. Sem dinheiro, sem status, sem futuro. Para onde você vai? O que você vai fazer?"

Meu olhar caiu para o pequeno relicário de prata que eu segurava na mão, escondido da vista deles. Estava quente contra minha pele. Era tudo.

"Eu tenho tudo que preciso", eu disse, minha voz mal um sussurro, mas firme o suficiente para ecoar pela sala opulenta. "E eu vou exatamente para onde devo estar."

Com isso, eu me virei, deixando-os parados na luz que se esvaía, seu quadro de infidelidade o cenário perfeito para minha saída silenciosa. Eu não olhei para trás. Os cinco anos haviam acabado.

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