Sou Sofia, médica cirurgiã. Num dia, minha vida perfeita desmoronou.
No meio de uma cirurgia complexa, o hospital tremeu violentamente.
"Código Vermelho! Desabamento na ala pediátrica!"
O meu coração parou. A minha pequena Eva, de 5 anos, estava lá.
Corri enlouquecida pelos escombros, gritando o nome dela.
Então vi o Pedro, o meu marido. Ele carregava uma criança nos braços.
Mas não era a nossa filha. Era o filho da sua chefe.
Ele tinha resgatado o garoto para garantir uma promoção.
Enquanto a Eva jazia ferida sob os escombros, com uma perna partida em dois sítios.
Eu, com as minhas próprias mãos, a tirei de lá e a operei.
Ele? Nem ligou. O Pedro estava a celebrar o seu "heroísmo" e o seu bónus.
Quando pedi o divórcio, ele e a mãe dele me atacaram furiosamente.
Chamaram-me instável, ciumenta, disseram que eu não apoiava a carreira dele.
A sogra disse: "A Eva partiu uma perna, não é o fim do mundo!"
A chefe dele, a Senhora Almeida, ameaçou-me, dizendo que eu "criaria inimigos poderosos".
Ele pediu a custódia total, alegando que eu era "incapaz" e "emocional demais".
Como ele pôde usar a tragédia que ele causou contra mim? Como este homem pôde virar-se contra a sua própria filha por dinheiro e poder?
Mas eu não ia ceder. Não para ele, nem para a sua chefe, nem para a sua mãe.
Eu ia lutar pela minha filha. E a verdade estava prestes a ser revelada.