No terceiro aniversário do meu filho Leo,
Eu estava a caminho de casa, com o seu bolo favorito, ansiosa para vê-lo sorrir.
Mas em vez de uma festa, recebi uma chamada do hospital.
Leo, o meu pequeno raio de sol, não resistiu a uma reação alérgica a amendoins.
O meu mundo desabou, mas o pesadelo estava apenas a começar.
O meu marido, Miguel, e a minha sogra, Joana, viraram-se contra mim.
"És uma mãe imprestável! Foi tudo culpa tua!", Joana gritou.
Miguel, com os olhos vermelhos e inchados, deu-me um estalo.
"Catarina, como pudeste ser tão descuidada?"
Ele nem sequer me olhou no dia em que o nosso filho morreu.
Onde estava a verdade?
Eu tinha avisado a todos sobre a alergia severa do Leo.
Eu escrevi em letras garrafadas na porta do frigorífico: "NÃO DAR AMENDOINS AO LEO".
Ser culpada sem culpa, ser acusada de descuidado quando mais zelosa fui.
Pura traição.
No funeral do meu filho, os sussurros e olhares de condenação rasgavam-me a alma.
Mas então, a dor deu lugar à fúria.
Um pequeno recibo de farmácia, escondido, foi o primeiro indício.
Junto com as gravações das câmaras de segurança, que o meu próprio marido instalou.
Descobri a verdade: a minha sogra deu intencionalmente os biscoitos de amendoim ao meu filho, e a melhor amiga do meu marido, Beatriz, estava envolvida.
Isto não foi um acidente. Foi um assassinato.
E eu, Catarina, faria justiça pelo meu Leo.