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O inferno de perdê-la

O inferno de perdê-la

img Moderno
img 19 Capítulo
img Michael Tretter
5.0
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Sinopse

Stella já havia desfrutado da devoção de Marc, mas também da sua crueldade. Quando ela queimou o retrato de casamento na frente dele, ele não se importava e mandava mensagens provocantes para sua amante. Com o coração partido, ela apagou sua identidade, se inscreveu em uma missão de pesquisa secreta e sumiu sem deixar rastro. No dia em que ela desapareceu, o império de Marc desmoronou completamente, e ele encontrou o certificado de óbito dela, o que quase o despedaçou. Quando os dois se encontraram novamente, Stella estava ao lado de um magnata. Diante do pedido de desculpa de Marc, ela sorriu e disse: "Você não é mais digno de mim, querido."

Capítulo 1 A chance que nunca virá

Uma mensagem surgiu no celular de Stella Russell, e junto com ela, uma série de fotos. Roupas espalhadas por todo lado, duas pessoas se abraçando fortemente, lençóis bagunçados e um reflexo desfocado no espelho embaçado...

Stella já havia visto esse tipo de coisa antes, então isso não era novidade para ela.

Bastou um olhar para a mão enorme segurando o pulso da mulher para ela saber que era de Marc, seu marido, o mesmo homem com quem estava casada há quatro anos.

Quando seus olhos bateram na data das fotos, ela sentiu o estômago afundar. Era o mesmo dia do aniversário de casamento deles.

Marc havia prometido que passariam a noite juntos, mas acabou sumindo por três dias. Tudo o que ela recebeu foi uma mensagem do assistente dele, dizendo que ele tinha um assunto urgente para resolver.

"Urgente, não é?" Stella soltou uma risada fria. Claramente era urgente, mas na cama de outra pessoa. Ela então fechou a mensagem e ligou para alguém da sua lista de contatos, que atendeu quase que imediatamente.

"Stella," disse a voz do outro lado da linha.

"Já tomei minha decisão sobre o projeto de pesquisa confidencial," ela respondeu calmamente.

"Quem é o candidato?" a pessoa perguntou.

"Eu."

Um silêncio pesado se instalou do outro lado da linha, e então uma voz firme e inabalável declarou: "Não brinque com isso, Stella. Você sabe o que isso significa! Quando você entrar no projeto de pesquisa confidencial, não haverá mais volta. Sem contato externo, sem vínculos pessoais. Você será oficialmente considerada desaparecida, e tudo sobre seu passado será apagado. Uma nova identidade será criada para você. Então se questione: você está realmente pronta para se afastar da sua família? De Marc?"

Os olhos de Stella se fixaram na foto de casamento emoldurada pendurada por perto.

Os sorrisos nela antes a faziam se sentir acolhida, mas agora só lhe causavam dor.

As promessas de Marc, que antes pareciam doces, agora se mostravam frias e vazias.

"Já tomei minha decisão. Amanhã passarei aí para preencher os formulários,"

ela disse baixinho, encerrando a ligação antes que a pessoa do outro lado pudesse dizer mais alguma coisa. Ela não queria ouvir mais nada; sua mente já estava decidida.

Nesse momento, um carro parou lá fora. Momentos depois, Marc Walsh entrou, alto como sempre, afrouxando a gravata preta enquanto ia direto para o banheiro.

Sua jaqueta, jogada descuidadamente no cabide, ainda exalava o cheiro sugestivo de FIRE2, o mais recente perfume feminino da marca Vlexoot. Ousado, intenso... tudo o que ela aparentemente não era mais.

Marc saiu minutos depois, pingando após um banho rápido, usando um roupão cinza.

O roupão estava solto, revelando seu peitoral e abdômen. Seu cabelo úmido caía sobre o rosto, e o vapor só o deixava com um ar mais frio e penetrante.

Sendo o herdeiro da poderosa família Walsh, Marc tinha tudo: beleza, status e dinheiro.

Antes, ela se sentia atraída por tudo isso, mas agora só a deixava enjoada.

"Que cara é essa?" Marc perguntou rindo, passando o braço em volta da cintura dela, sua voz baixa e provocadora. "Sentiu minha falta, amor?"

Sua mão deslizou pela lateral do corpo dela, mas o toque dele a fez se arrepiar de repulsa, e ela se afastou rapidamente.

A mão de Marc parou no meio do caminho, e suas sobrancelhas se franziram. "O que está acontecendo? Está brava comigo?"

Stella respirou fundo, tentando se acalmar. Ela não ia desperdiçar energia com mais uma briga.

Reprimindo a dor no seu coração, ela se inclinou, pegou uma caixa trancada na gaveta e a entregou para ele. "Aqui está. Um presente."

Lá dentro? Os papéis do divórcio que ela já havia assinado. Seu último presente. "Você terá que adivinhar a senha para abri-la," ela disse secamente.

Marc lançou um olhar preguiçoso, pensando que era só mais um dos joguinhos estranhos dela, e a jogou sobre a mesa. Então, ele a puxou para perto novamente, apoiando o queixo no ombro dela. "Você é o único presente que quero."

Stella se enrijeceu involuntariamente. Marc percebeu e deu uma risadinha.

"Ainda está emburrada porque perdi nosso aniversário? O trabalho tem sido uma loucura," ele disse enquanto dava um beijo na bochecha dela.

Então, ele a soltou, pegou uma pequena caixa do bolso do casaco e a entregou a ela.

"Gostou?"

Dentro havia um grampo de cabelo, delicado e banhado a ouro, claramente feito sob medida com um cuidado minucioso.

"Mandei fazer isso só para você. Você sempre gostou de coisas assim, não é? Experimente."

Sua voz tinha aquela mistura familiar de controle e afeto.

Esse tom já foi suficiente para derreter a determinação dela.

As pessoas em Choria acreditavam que Marc mimava sua esposa.

Stella também havia acreditado nisso.

Se não fossem as fotos salvas no seu celular, ela poderia ter realmente ficado comovida com o presente.

A garota nas fotos tinha seus vinte e poucos anos, era bonita e confiante, com olhos sedutores e cabelos longos e ondulados presos com o mesmo grampo de cabelo que agora estava diante de Stella. O penteado solto revelava seu pescoço liso, marcado com chupões.

"Só existe um igual a este no mundo. Você gostou, não gostou?" Marc ergueu o cabelo dela suavemente, seus dedos ásperos roçando na sua pele de uma forma familiar e íntima demais.

A paciência de Stella estava se esgotando rapidamente - ela quase enfiou essa maldita coisa direto no peito dele.

Ela olhou para ele, seus olhos mais frios do que o normal. "O único no mundo, é?"

Havia algo estranho nela. Marc sentiu instintivamente. Mas no momento em que ela sorriu, com sua suavidade familiar retornando, a dúvida dele desapareceu.

"Se é realmente único no mundo, então sim, eu adorei." Stella fechou a caixa calmamente. "Tenho trabalho para fazer esta noite. Vá dormir."

Ela saiu dos braços dele, segurando a caixa com força, sem lhe lançar um único olhar.

Uma corrente de ar fria entrou por seu roupão aberto e, por algum motivo, deixou Marc com uma estranha sensação de vazio.

Esta noite, ela parecia mais fria do que o normal.

Ele olhou para a caixa trancada sobre a mesa, e uma calma estranha o invadiu.

Afinal, ninguém entendia os sentimentos de Stella melhor do que ele. Ela o amava profundamente... tão profundamente que, não importava o que ele fizesse, ela nunca iria realmente embora.

Nem agora, nem nunca.

O celular dele vibrou repetidamente dentro do bolso do roupão.

Quando ele finalmente o pegou, mensagens ousadas e sedutoras iluminaram a tela, fazendo sua garganta se apertar.

Ele respondeu brevemente, apagou tudo e jogou o celular de lado descuidadamente antes de se afundar na cama.

O cheiro suave e familiar que permanecia nos lençóis acalmou seus nervos e, em pouco tempo, ele adormeceu profundamente.

Enquanto isso, no escritório, Stella tirou uma foto do grampo de cabelo e a enviou para uma butique de revenda de luxo. "Venda isto. O mais rápido possível."

Ela anexou uma conta bancária. "Envie o dinheiro para cá."

Era a conta oficial do instituto.

Mesmo algo manchado ainda poderia ser bem aproveitado.

...

Na manhã seguinte, quando Marc abriu os olhos, Stella já estava totalmente vestida.

Ele se apoiou nos cotovelos e fez um gesto para que ela se aproximasse.

Sua voz estava rouca e suave pelo sono. "Venha aqui. Me dê um abraço."

Os dedos de Stella pararam nos botões da blusa. Ela respirou fundo, seu olhar claro e composto. "Surgiu algo urgente no instituto. Tenho que ir agora. Não tive tempo de fazer o café da manhã - você terá que se virar hoje."

Ela pegou sua bolsa e saiu, assim como na noite anterior - sem olhar para trás, sem hesitar.

As mãos de Marc congelaram no meio do movimento, e uma sensação de vazio voltou a invadir seu peito. Ele esfregou as sobrancelhas lentamente, tentando se livrar dessa sensação.

Não importava o quão cheia estivesse sua agenda, Stella nunca pulava uma manhã. Ela sempre se certificava de que o café da manhã estivesse pronto na hora certa. Depois, o acordava com carinho, pedia um abraço e lhe dava um beijo de bom dia com seu sorriso doce.

Mas não hoje.

"Stella."

Bem quando ela abriu a porta, ouviu a voz dele atrás dela. Foi como se algo tivesse rasgado seu peito - agudo e profundo.

Ela se virou lentamente, seus olhos firmes. "Sim?"

Marc a olhou por um longo momento. Ela parecia normal. Talvez fosse só coisa da cabeça dele. "Não deixe de comer, mesmo que as coisas fiquem agitadas. E não fique acordada até tarde. O acordo do Horizonte de Marina teve um contratempo, então vou trabalhar até tarde esta semana. Não me espere acordada."

"Tudo bem," Stella sorriu.

Com a luz do sol no seu rosto, aquele sorriso caloroso e seus olhos brilhantes o lembravam da garota que um dia o deixou sem fôlego.

O coração de Marc disparou. Sua voz ficou ainda mais suave. "Quando o trabalho acalmar, vamos para a Ilha de Midstream. Compensar a lua de mel que perdemos."

O coração dela, que já estava doendo, pareceu se partir novamente.

Na época em que estavam planejando o casamento, ela havia listado cuidadosamente os lugares para onde viajariam juntos - um para cada aniversário, como outra lua de mel. Ela acreditava que eles ficariam apaixonados para sempre.

Mas, neste ano, Marc levou outra mulher para aquele mesmo lugar. As fotos deles juntos ainda estavam no celular dela.

Stella abaixou os olhos e respondeu baixinho: "Claro... quando as coisas se acalmarem."

Com isso, ela se virou e saiu.

Não havia um pingo de calor em seus olhos.

E, para o azar dele, essa chance nunca viria.

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