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Chegando ao o lugar ele se deparou com um prédio de três andarem, com vestígios de queimado, além de um letreiro escrito "hostal Mara da Gaça" isso pois algumas letras caíram, toda a natureza ao redor do hospital estava morta, uma leve névoa paira sobre o local e o clima estava bem frio, por volta de seus 3C°, possivelmente a noite mais fria do inverno até o momento, Josef e Luna adentraram o hospital, lá dentro a névoa permanecia, mas um pouco mais espessa, mal dando para enxergar mais que dois metros de distância, a entrada é um longo corredor que no final tinha o balcão da recepcionista e uma entrada a direita, as paredes que outrora foram beje, hoje estão manchadas de sangue e descascando, Josef pegou seu celular, pois pelo que ele aprendeu alguns lugares onde a barreira entre o sobrenatural e o natural está fraca o tempo pode acabar ficando distorcido e como o esperado realmente estava, o relógio estava em dois mil e quinze, dia dezessete as vinte horas, sendo assim ele tava cinco anos atrasado.
Indo até o balcão ele encontrou um computador de tubo destruído pelo fogo, então começou a abrir as gavetas, ao abrir a segunda foi possível ver uma ficha de paciente parcialmente destruída e bem empoeirada.
"Nome: Jane Miles
Idade: 8 anos
Doença: não identificada, mas seu exames indicam problemas cardíacos.
Atendida por: Edgar Swan e Mário Almeida"
Após ler a ficha, o investidor guardou-a em seu bolso e seguiu pelo corredor lateral os dois chegam na sala de espera. Uma grande sala com quatro fileiras de cadeiras, por conta da neblina forte não é possivel ver o outro lado da sala, mas a sua volta ele enxergava na parede uma pequena caixa com uma porta de vidro escrita "emergência" e dentro um machado, pouco mais a frente tinha dois corpos jogados no chão, em uma cadeira logo ao lado mais um cadáver, ao se aproximar para investigar Josef tem uma surpresa, o corpo que estava caído na cadeira se jogou para cima dele, atacando com velocidade e conseguindo acertar seu peito o que causou um corte enorme, Luna não conseguia nem mesmo se mexer de medo, apenas chorava, o agente rapidamente apontou sua arma na direção da cabeça monstro e puxou o gatilho, o lugar se iluminou brevemente com o disparo e a criatura caiu morta, com toda a área onde ficaria o olho direito faltando, o outro corpo que estava caído no chão agarra a perna do Josef, mas rapidamente ele atira na mão do aberrante a arrancando, logo em seguida dando mais um tiro acertando o crânio do monstro, neste momento o que estava no chão atrás dele se joga em suas costas, o derrubando e mordendo seu pescoço, ao ver que seu dono estava sendo atacado Luna pulou na criatura, o homem mesmo caído no chão tentou atirar no monstro mas errou seu disparo, dando para ouvir o barulho dos pedaços da parede caindo ao chão, logo em seguida se levantou, assim como o aberrante que deu um salto na direção de Luna e acertou um arranhão em suas costelas, o que deixou Josef em fúria, ele levantou a arma, em seu rosto era visível o semblante de ódio, o ambiente foi iluminado com mais três clarões de luz consecutivos, terminando com as balas do tambor e acertando todos os tiros na cabeça do monstro que, a arrancando por completo deixando apenas do pescoço paa baixo.
Ele correu até a cachorra, mas olhando mais de perto foi apenas um corte superficial, ela estava bem e nem mesmo havia afetado a aparência. Olhando em volta Josef notou que no chão ali próximo tinha uma câmera, ao pegar ela e abrir o visor lateral, um vídeo começou a rodar, mostrando um garoto entrando ali, junto com seus dois amigos, que por sinal eram os únicos a mostrar seu rosto, dois jovens loiros, olho verde e pele branca, eles entraram e a câmera começou a falhar, logo em seguida ela cai no chão e o vídeo acaba com os gritos dos três jovens de fundo. No fundo da sala tinha uma porta que levava para o corredor onde tinha alguns quartos de paciente e de cirurgias, não tendo como ver para dentro de nenhuma.
Josef se aproximou da primeira porta a direita utilizando ela como escudo e segurando a arma na outra mão, ao abrir a porta um aberrante pula de lá de dentro atravessando o corredor e acertando a porta da sala do outro lado, Josef logo mira e atira duas vezes, uma no peito no local onde ficaria o coração caso aquela criatura tivesse um e outra na cabeça para garantir a morte. Ao entrar no local o agente encontra uma sala de cirurgia comum, uma maca, alguns utensílios como bisturís, pinças e nada mais.
Após fazer isso em nove das dez portas e achar exatamente a mesma coisa em todas, ele chegou a décima porta, uma porta fechada com uma barra de metal, a névoa ali já estava mais densa não dando para ver a um metro de distância sequer. Ao retirar a barra de ferro a porta foi arremessada com força o atingindo e deixando em estado quase inconsciente, sua visão turva, uma das poucas coisa que ele escutou foi o som de sua cadela dando um grito de dor, por impulso ele gritou o nome de Luna, a criatura ouviu e deu mais um tapa o lançando corredor a fora de volta para a sala de espera, logo veio correndo, Josef em sua última bala, lá caído no chão, ficou mirando em direção ao corredor, a área a qual ele voltou é mais livre de névoa dando para ver de novo um pouco mais longe, quando a criatura de quatro metros, seu crânio exposto, costelas para fora e carne bem visível, sem nem um centímetro de pele aparente, Josef que já estava mirando atirou e acertou no peito do monstro que agiu como se nada tivesse acontecido, pegando o agente pelo pescoço e erguendo do chão, o homem em desespero tentou atirar novamente, mas escutou apenas o "Clic" de sua arma indicando estar sem munição, o agente acertou com a coronha na testa do monstro diversas vezes e quando estava quase sem ar foi solto. Em uma situação de extrema debilidade correu mancando, sua visão dupla não ajudava em nada, mas chegou até a caixa com o Machado, quebrando o vidro da frente com um soco, mas neste momento sentiu suas costelas serem agarradas, logo em seguida sendo arremessado contra uma pilastra no meio da sala, ainda atordoado ouve o Aberrante chegando perto, então tentou se levantar, mas novamente é agarrado, dessa vez pela cabeça, Josef sentiu seu crânio ser precisando, quase explodindo, então desferiu uma machadada na perna direita do monstro, logo em seguida retirando o Machado e infringindo outro ataque em suas costelas do mesmo lado, o monstro ao ser atingido soltou o agente e cambaleou, agora olhando para a criatura com um olhar de ódio terminou de cortar sua perna direita fora, o fazendo cair, então finalizou o combate acertando uma machadada no crânio do monstro, o separando em dois.
Ele andou em direção ao local onde viu sua cadela pela última vez, apoiando todo seu peso no machado que servia como muleta, enquanto gritava o nome de sua companheira que soltou alguns grunhidos de dor, ao encontrá-la Josef soltou o Machado no chão, pegou o animal ferido em seu colo e saiu cambaleando em direção a saída do hospital onde seu carro estava, ao sair do Hospital o agente colocou sua cadela no banco traseiro do veículo e prendeu sua coleira ao cinto, logo embarcando no banco do motorista, acelerando tudo que pode até a clínica veterinária onde sempre levava sua cadela, chegando ao local ele parou o Mustang em frente a um prédio de dois andares, que pela frente era possível ver duas grandes janelas que ocupam a parede inteira e deixavam exposto o interior do lugar, Josef pegou luna e caminhou com dificuldade para dentro.
-Alguém me ajuda, por favor!
Ao ver o Homem entrando com o animal ferido a recepcionista saiu correndo para o corredor que ficava na lateral de seu balcão, logo em seguida voltando com uma maca, Josef a colocou em cima da maca e ficou observando sua companheira ser levada para aquele mesmo corredor, enquanto segurava suas costelas, pois agora que parou a adrenalina a dor começou a aparecer, alguns minutos se passaram e a enfermeira apareceu na porta.
-Senhor Josef, né? O senhor possui cadastro na clínica, por ser um cliente fiel, que vem ao menos quatro vezes no mês, vai receber um desconto na cirurgia, vai baixar de três mil, para dois.
-Ótimo, posso pagar agora já?
-Claro.
A atendente falou enquanto se dirigia até o caixa, colocando o preço na máquina de cartão e virando para Josef, após pagar a mulher dá a volta no balcão se aproximando de Josef e o pegando por baixo do braço.
-Senhor notei que você também está muito mal, por favor me acompanhe, vou te colocar ali na cadeira, também liguei para o contato de emergência que o senhor pos no cadastro.
Josef apenas sorriu enquanto ia até a cadeira, vinte minutos depois Josef viu Eva entrando pela porta, que logo veio até ele dando um forte abraço com um ar de preocupação.
-Tá tudo bem? fiquei sabendo do que aconteceu e vim o mais rápido possível.
-Ai ai, por favor não abraça forte, acho que to com algumas costelas quebradas, tirando isso eu tô bem, a Luna tá em cirurgia, provavelmente daqui a pouco vou receber a resposta se ela vai ficar bem.
-Não só as costelas, tua cara tá horrível.
Ela fala olhando para o rosto de Josef que tem diversos hematomas e cortes.
-Eu sei, fui pego de surpresa.
Neste momento um homem já grisalho, estatura média, pele clara, usando um jaleco branco e óculos de grau redondo, sai pela porta do corredor e vai até Josef.
-Senhor, eu vim informá-lo ... Que sua cachorra ficou bem.
Quando o veterinário fala isso, Josef esboça um sorriso enorme, enquanto solta algumas lágrimas.
-Obrigado, doutor quando posso pegar ela?
-De apenas alguns dias para ela se recuperar bem, acredito que em uns três dias ela vai estar bem.
-Ok, agora tenho que ir.
Josef fala enquanto sai com o apoio de Eva que o levava por baixo do braço, eles entram no carro do agente, mas dessa vez não era ele a dirigir, pois já não tinha mais forças, ele sentou-se moribundo no banco do passageiro enquanto sua namorada o levou para o hospital, no meio do caminho, em meio a piscadas lentas, desmaiou.