Na manhã seguinte acordei me sentindo péssima, e em uma cama diferente do qual adormeci.
Não vou mentir em dizer que não sabia, como vim parar aqui. Pois eu sabia muito bem, descrever o momento que Will entrará no outro quarto; e carregou uma Catharina que fingia dormir para o que ele dizia ser "nosso quarto". Ele cheirava á bebida e perfume forte-barato, que e nem me enganei em pensar que ele adiou sua lua de mel. Quanto a mim, só ocupei-me em manter a respiração regular e não espirrar com seu odor enjoativo.
Estava mais que acordada para ficar atenta a todos, e mínimos detalhes. Depois da sua saída, eu não conseguirá dormi pensando em Gustavi, e mim, na minha vida vida de agora em diante. E claro, em: Will, que obviamente não tolerava estar comigo. - Algo que me intrigava muito, em vista de que foi ele quem quis casar-se. - E a inda por cima tinha a casa assutadora, enorme e praticamente vazia que idéia de pregar os olhos me foi impossível. E mesmo muito depois da chegada de Will, demorei horas até pegar nossso.
Meus medos tinham criados novos, que mesmo em sonho me seguiram. Resumidamente, eles envolviam um Will bêbado, tentando me garrar dormindo, (pretensioso, mas era verdade) de dividir a cama com um estranho, de fazer qualquer movimento brusco no sonho e acordar esse estranho. Três itens muito simples: Eu, cama, Will. - Mas para minha mente inquieta, a lista não parava de crescer a cada segundo. Que quando o brilho sol deu seu primeiro sinal de luz, eu lenvantei da cama com a mesma sensação insone.
Meia hora atrás uma senhora simpática bateu a porta, se apresentou como Magda e me trouxe o café. Eu á agradeci, mas disse que da próxima vez fazia questão de buscar meu próprio desjejum. Ela deu um pequeno sorriso e se retirou. Carreguei a bandeja para a varanda. Nela havia uma mesa branca de ferro com talhos artisticamente, esculpidos. O sol a inda ameno batia de frente ao meu rosto, de uma forma agradável. Á mureta de vidro que cercava o lugar, me proporcionava uma visão panorâmica da propriedade: Imensa, á peder-se de vista.
Quando cheguei ontem já estava muito escuro, mas hoje com a claridade do dia, era quase impossível não prestar atenção na beleza do lugar. Tinha muitas árvores, e pelo pouco que eu entendi a maioria pareciam ser mangueiras. Tudo muito verde e vibrante, que se fossem em qualquer outra situação, estaria mais por feliz em passar horas deitada no meio da grama, ou subindo em árvores com Gustavi. O que não era o caso. Além que eu tenhi quase certeza, que papai instruiu meu marido para que não me deixa-se fazer nada sem que fosse viajada de perto.
E bom, aqui eu estava. Alternando olhares para imensidão a minha frente, e um copo de suco de limão intacto a mesa pelo que tive ser a impressão anos. Nostálgica e infeliz, em um tempo mínimo que ainda era menos de um dia. O casarão, a paisagem maravilhosa, até o vento passava uma sensação de calmaria, tudo muito parecido com a idéia de paraíso particular que um dia imaginei. Então, porque me sinto como se estivesse no meu próprio purgatório ?
- Você estar horrível.
A voz de Will me despertou do meu devaneio. Virei abruptamente na cadeira, - ficando de frente para ele e na mesma hora franzi a testa ao o ver de perfil. Sua feição estava cansada e olhos um pouco vermelhos, de quem não havia dormido direito. Não muito diferente de mim, e bem longe de ser um: exemplo de boa aparência. Ou seja, não tinha a mínima ou qualquer propriedade para disparar críticas.
- Deixe-me informar-lo meu caro; você também está péssimo.
Ele descontraidamente soltou um riso com meu tom seco. Sentou-se em uma cadeira oposta a mim. Apanhou um paozinho e o partiu ao meio. Cada movimento de mastigação seu, parecia fazer pouco de mim.
- Mas o meu cansaço, é um cansaço satisfeito. - Will arqueou uma sobrancelha, debochado. - Quanto ao seu é de quem, passou a noite em miséria; chorando.
Ele, nem sequer teve o cuidado, de enconder onde esteve de mim. Rangi os dentes com o tamanho do seu descaramento, mas mantive a compostura. Will realmente adoraria uma cena.
- Talvez, eu tenha tido. - Levantei da mesa, e olhei o seu rosto debochado. Estava completamente certo: a noite tinha sido completamente, miserável. Mas o fato de ele ter razão, não era o que me incomodava. Era pior, eu não suportava era ficar no mesmo lugar que ele, sem tem lembranças e vergonha pelo meu comportamento de ontem. Seu lábios, seu rosto, corpo tão perto de mim era memórias muito frustrantes.
Porém, Will se levantou quase junto comigo com uma irritação palpável no olhar, obviamente a minha atitude foi interpretada como um capricho. Dever achar que eu sou uma mimada, pensei. Mas então lembrei, que também não me importava. Suspirando, caminhei mais rapidamente para longe dele que me deteve pelo cotovelo. Dessa vez, seu olhar para mim era entediado.
- Não me dê as costas. - Avisou friamente. - Sou seu marido, e não vou me sujeitar as suas birras infantis. E muito menos, que me olhe com esse olhar repugnante. Foi escolha sua preferir ficar em casa só chorando, ao dar aquele espetáculo ridículo de freira virgem. - Ele me encarou e o tudo que vi nos seus olhos, eram maldade crua. Que a vontade que tive foi de correr, e pôs a maior distância que conseguir entre nós. - Agora arrume-se, que eu vou te mostrar a propriedade. Afinal, estamos em lua de mel. Já que não quer cumprir suas obrigações de esposa, ao menos temos de ser vistos juntos. É melhor evitar boatos. Aproveito, e eu mesmo conheço o lugar. - Explicou, totalmente apático. - Essa casa, foi o presente de casamento da parte do meu pai.
Puxei meu cotovelo das suas mãos, irritada. Quem ele pensava que era? Meu dono. Dando-me ordens á torto e a direito, faça-me o favor. Nem o cavalo estúpido, ele controlava. Não é a mim, á quem ele aí conseguir por arreios. Além de tudo, o deio esse seu tom como se eu o estivesse forçando a algo.
- Pouco me importava, o presente que seu pai nos deu. Assim como também, não vou a lugar nem um com você. Muito menos, trocar de vestido para isso. - Rebati, curta e grossa.
Will faz um gesto de descaso, como se nem tivesse ouvido o que eu falei.
- Dessa vez, você pode ir com esse. - Disse impaciente. Mas agora olhando-o, percebi que se vestia a caráter para um passeio; botas escuras, calça cinzas, e blusa azul. - O que também me faz lembrar que a costureira aparecerá, essa semana para lhe tirar medidas. Você terá um guarda-roupa completamente novo. - Ele soava como se tivesse me dando um presente. E eu, deve-se o por no altar, e beijar seu pés por isso. - Agora que se casou comigo, não quero mas te ver tão desleixada. Suas roupas são só um pouco melhores que trapos. É degradante, á minha imagem.
Degradante? ele ia ver só ver degradante, se eu tivesse alguma desses preciosos novos vestidos agora na minha frente. Uma sorte, pois eu o mandaria enfiar... Melhor esquecer. Mas, arghh! que raiva. Ele achava mesmo que poderia mudar meu vestuário? Desde de pequena sempre odiei vestidos, e os rebuscados muito mais. Eram horríveis de colocar, e ainda piores de tira; e fazer qualquer coisa além de fazer nada. Nunca os usei, não era agora que iria usar. E outra, eu não era sua nova boneca de pano para ele vesti e manejar como quiser. Quando será, que Will entenderia que eu não era seu novo animalzinho de estimação? o qual abanaria o rabinho, e lamberia sua mão.
- Will... - Disse entre dentes. - Se esses vestidos, chegarem até mim. Eu pagarei todos eles e vou os embolar numa fogueira e dançar em torno dela enquanto virão cinzas.
- Isso é um meio interessante de usar os vestidos. - Ele disse olhando para mim, coçando o maxilar. Poderia ter sido um comentário engraçado, mas ele não ri. - A maioria das mulheres, só agradeceria. Mas você, os usará sim, porque eu vou jogar fora todos esses trapos que usa. É isso, ou andará nua. - Sua risada grave, acompanha suas palavras. - Realmente, não me incomodaria. - Mumurrou, me olhando brevemente. - Agora vamos. Sabe, você falar de mais. Quando será que vai entender, que não tem querer. Ou melhor, que eu não dou a mínima. - Pegou a minha mão, e arrastou-me porta a fora .
- Estúpido! - comecei a xinga-lo de todos os nomes que lembrava, ao mesmo que empacava sempre que conseguia no caminho. - Idiota. - Agora eu me agarrava no batente da porta. - bastado, imbeci...
Will tampou a minha boca com a mão, que cobria quase todo meu rosto. De duas a uma: ou ela era enorme, ou meu rosto era muito pequeno. Tentei morder-lo algumas vezes, e assim ele descobriu a minha boca com o rosto fervilhando de raiva.
- Olha aqui Catharina. Escute bem o que eu vou te dizer: Ou me obedece, ou á trancarei nesse quarto por tempo indeterminado. Uma vez, que parece gosta tanto daqui.
Parei quieta, percebendo que ele estava falando altamente sério agora. E não, eu não queria ficar trancada em lugar nenhum. Larguei o batente vencida, imaginei que adorava o meu marido e segurei sua mão entre a minha pequena.
Will sorriu vitorioso.
- Boa garota, Cath. - Falou pela primeira vez meu apelido, mas não tinha emoção alguma na voz.
Descemos as escadas em silêncio. Ao atravessamos o hall de entrada, começo a ver um montante de rostos desconhecidos ausentes, na noite anterior. Olharam-me com curiosidade, mas não param com seus afazeres - andando de lado para o outro. Dentre os estranhos, reconheci o de Magda: cabelos brancos, olhos bondosos, que me retribuiu um sorriso gentil cheio de rugas. Já no lado de fora, Will pediu para que espera-se na frente da casa da casa, enquanto seguia para os fundos dizendo que iria selar seu cavalo.
Fiquei perambulando pelo gramado alguns minutos, até que descubrir um mine Jardim do lado esquerdo da casa. Sentei perto das flores, onde fazia uma boa sombra. Parei esperando-o no lugar, o que me deu um tempinho para estudar as flores. Haviam Rosas, brancas e vermelhas, margaridas, e dentes-de-leão. Era um jardim pequeno, mas diversificado. Seja quem fosse que tomava conta do lugar, o fazia muito bem.
Eu passava os dedos nas pétalas macias das rosas, quando Will apareceu em toda sua empáfia no cavalo negro de duas semanas atrás. Um brutamontes muito parecido com Marcílio, da casa de papai me ajudou a montar no animal com ele. Will põem os braços a minha volta de mim sentada de lado a sua frente, e dispara a toda velocidade quase me fazendo soltar um grito, rumo ao desconhecido.
Passamos por um campo aberto, e um rio que do qual ele explicou rapidamente. No caminho, não encontramos ninguém. Nem um coelho sequer como ser vivo. Quando paramos, sei que estamos no monte de Vênus, que Will animadamente contou ser chamado assim, por causa de nele há muito tempo atrás ter vivido uma prostituta numa cabana lá no topo dele. Homens atravessam o rios, vendiam seus pertences só por uma única noite com ela e apesar das muitas propostas, a mulher nunca quis se casar.
E mesmo eu não tendo demonstrado interesse algum na história, Wil não calou a boca. Coisa que só fez ao descer do cavalo, e depois me descer. Ele virou de costa para amarrar o cavalo eu aproveitei e tirei os sapatos.
Motivo pelo qual começamos a brigar:
- Não acredito que você já tirou os sapatos! - Disse, quando viu um lado deles jogados em meio a grama.
Olhei para os meus sapatos também. Logo depois; bufei. Avancei um pouco, subindo o chão inclinando, - o que me deixou mais alta que Will. Agora, eu poderia o olhar de igual para igual.
- E o que que têm? Eu gosto de sentir a grama nos pés, ela é macia. É como andar em tufos de algodão. - Pulei de um pé para o outro, em demonstração.
- Parece uma selvagem! - Ele rebateu irritado. O que fez me irritou também, era algo totalmente banal. verdade seja dita: tudo que eu fazia era errado para ele, e totalmente ilógico, céus! Ele que insistiu em me arrastar consigo.
- E você um ridículo! que só sabe criticar com todo esse ar de arrogância. Não sabe apreciar nada, eu vi o caminho todo em que olhava ao redor como se nada fosse digno da sua grandiosa presença. - Explodi.
Will soltou uma risada baixa e irônica, dando uma volta entorno de si mesmo como se não acredita-se nas minhas palavras.
- Há! Muito engraçado,justamente você falando de arrogância. Essa criaturinha de narizinho empinado, que apesar de viver correndo pelo chão parece nunca ter o costume de olhar para ele.
Balancei a cabeça incrédula. Eu não era uma esnobe. Nunca fui. No entanto Will sim, ele tinha aquele olhar medidor que fazia as pessoas se sentirem lixo
- Talvez, por isso não nós suportamos. Somos iguaizinhos e duas peças iguais, não se encaixam. - Falei sem pensar, na mesma hora quis me chutar por isso.
- Tem razão. - Will disse com um meio sorriso, que me deixou na mesma hora em estado de alerta. - Por isso um de nós dois vai trabalhar a humildade que nós falta; você.
E antes que eu entende-se suas palavras, ele montou no cavalo e sumiu muito rápido, de vista. E a única coisa que pude fazer foi olhar perplexa, em pé no meio monte altíssimo com nem um ser vivo á quilômetros, e sem muitas lembranças, do caminho de volta. A beleza e exotismo do lugar, se anularam em um pase de mágica.
Morrendo de raiva, deixei os sapatos para trás e comecei a fazer o caminho de volta antes que eu o esquece-se. Se antes eu tinha antipatia, e indiferença por Will. Agora eu tinha um ódio, esgueirando-se; louco para se firmar. A cada passo novo, e incerteza da minhas lembranças ele parecia se consolidava um pouquinho mais.
Eu não tinha idéia do que eu faria quando encontra-se Will na minha frente, mas com toda certeza, não ia ser uma cena gentil nem legal de se ver. Os minutos se passavam, e eu não tinha noção de por onde andava. Ou quando via algo que achava que reconhia, me convenci que estava andando em círculos. No final ofegava e suava, com a única consciência das minhas pernas em frangalhos. Estava quase caindo exausta, quando tive meu primeiro indício de familiaridade. Era o barulho lento e chiado, era um som água, de rio. Verdade, eu recordava-me de ver um pelo caminho. No entanto, a vida nunca era suave com ninguém, Lembrei das palavras de papai no dia do meu casamento. E exatamente, quando pensava que poderia respirar aliviada um raio assustador cortou o céu acima da minha cabeça. Em seguida, gotas fortes de chuva começam a cair como pedregulhos das nuvens á cima de mim.
Em um piscar de olhos estava ensopada, congelando até os ossos. O vento forte vocifera furioso, nos meus ouvidos. Ao mesmo que pedir, as contas de quantas vezes tirei os cabelos dos olhos, ou tropecei. De repente já não sabia por onde estava indo, só consiguia tremer e sentir uma pressão horrível no crânio. Depois do que pareceu ser um grande período, nem sei mais onde queria chegar.
Lama seca, mato e terra parecem ser uma nova composição de mim. Fechei os olhos pronta para ceder o cansaço, quando alguém me segurou pelos ombros. Nessa hora, minhas pernas não conseguiram me sustentar mais tão firmente. elas falharam e eu me sentir cair
- Ah, droga! - Foi tudo que escutei, antes de apagar de vez.