Capítulo 9 Marido Nominal

Um mês havia se passado.

Wil e eu éramos dois estranhos, que compartilhavam um sobrenome. Ele mal parava em casa. E quando acontecia nos evitávamos, mutuamente.

Ouvi-se muitas coisas sobre a ausência do meu marido nominal. Sussurros e cochichos corriam a mil, po cantos da casa. A maioria deles, eram nomes de mulheres que, nunca seque ouvira falar. E seguramente, que também eram mais ingressantes para lista crescente de casos de Will. Muitas delas eram mulheres do bordel do qual frequentava, não muito longe da cidade. Lugar onde também passava metade de todas às suas noites.

O que para mim, sinceramente não importava. Will poderia andar, onde bem entendesse com tanto que me deixasse em paz. Mas o verdadeiro incômodo da situação; era ter de aturar os olhares diários de pena e os sorrisos complacentes dos serviçais da casa. Como se eu realmente me encaixa-se no papel da pobre esposa apaixonada traída.

E bem, o que não era o caso.

Eu sentia muitas coisas, mas não era amor ou paixão por Will. E uma delas era ódio, puro e corrosivo. Como me negava acreditar em sua imprudencia em me expor dessa maneira vergonhosa para a sociedade. Não que essas besteiras de posições sociais fossem importante para mim. Mas ser a esposa idiota, não era um título que eu teria orgulho de me apetecer. Os sentimentos mais cruéis nasciam e floresciam, dentro de mim a cada dia que se passava. E ele os fazia questão de regar, em cada pequena oportunidade.

Como houvera uma semana, onde eu por acaso descobrira que Will proibiu meus irmãos de virem me ver, assim como o contrário. Fiquei furiosa é claro. Meus irmãos era a únicas pessoas que eu me importava e sentia falta, e Will tinha total consciência disso. Na hora nem pensei direito, e comecei a atirar tudo que vi no quarto em cima dele. Ele era muito ágil e se esquivava, mas no final conseguir acerta-lo com um vaso no seu braço esquerdo. Will ganhou uma tipoa, e eu dois dias de solitária no meu quarto sem poder falar com ninguém. Nem mesmo sofia.

Ela era da únicas coisas boas nisso tudo. Em meio a toda a nossa rotina de gritos e brigas, Sofia estava lá para me conforta. Não só viramos amigas, como as melhores. Nossas personalidades era distintas, combinavam como o calor e o gelo. E apesar das diferenças, raramente discordavamos sobre algo. Á irmã de Will, também era uma espécie de elo que a contra gosto nos unia. - Ele á adorava de toda o coração que convidou-a para passar o ano conosco. Foi a primeira coisa, que conseguimos concordar.

- Droga, desisto. - Reclamei, e joguei um a agulha que tinha a mão longe. Fazia dias, que Sofia vinha tentando inutilmente me ensinar a bordar. Eu era um fracasso nessas coisas. O que era motivos de risos para ela que divertia-se com a minha falta de jeito.

- Certo. - Ela disse, como esperado dando risada. - Vamos deixar, as agulhas para depois. Que tal você me dizer um pouco da sua mãe ? nunca me falou dela.

- Talvez, porque não tenha muitas histórias para contar. Ela morrreu. - Disse direta, sem mais explicações. O que imediatamente trouxe ao rosto de Sofia um vermelho profundo.

Mordi os lábios, enquando minha mente fora transpotada para essa época. Gustavi pequeno e com o mínimo de percepção da situação, agarrado a mim. Quanto a papai se afundava e bebidas e amargor. Um dois anos onde eu ficara cuidando integralmente da criança, até Nita chegar e aliviar meu cansaço.

- Oh, desculpe. - Sofia mumurrou quase na mesma hora que fechei a boca, em seguida desviou o olhar para o chão. Talvez eu tivesse soado mais rude que pretendia, quase dei um tapinha em minha própria testa.

- Não tem problema. - Disse num tom suave, tentando dissipar seu desconforto. Porque de certa forma, falar de mamãe com o passar do anos me deixava feliz de um jeito estranho; nostálgico. - faz tempo. Ela morreu quando Gustavi, tinha três anos. Sua saudade era muito frágil, que a tuberculose acabou por leva-lá.

- Sinto muito. - Ela lamentou, sinceramente. - Mamãe morreu faz uns dez anos, também. Foi muito difícil para todos nós, até Elisa chegar. Ela se mostrou uma esposa maravilhosa para papai e boa para todos nós.

Balencei a cabeça, e pensei que dentre de tudo que já havíamos conversado, nunca falamos de fato sobre nossas famílias. Muitas mulheres só faltaram se jogar aos pés de papai para um casamento, mas nem uma delas era boa o bastante. Nenhuma delas era mamãe. Nuca houve uma oportunidade de restituição para nossa família, diferente dos Whiters. Uma parte de mim era curiosa sobre a extensão da sua genealogia deles. Até o aparecimento de Will no meu caminho com aquele seu cavalo estúpido, sempre achei que existisse só um herdeiro.

- Papai nunca quis mais ninguém, depois de viúvo. Sempre fomos só eu e os garotos. Mas e você Sofia? Afinal quantos Whiter são ao todo?

- Eu, Will e o Henry o nosso irmão mais Velho. Ele estar se formando na Europa. - Sofie disse, seu um sorriso preenchido de saudade.

- Sim. - Concordei, agora relembrando do nome, e vagamente do garoto. Um loirinho e gordinho, que alguns anos atrás apareceu em nossa casa com o Sr Wither. - Eu já o vi uma vez. Mas nunca, você ou Will. O sequer a menção da existência de vocês.

- Quando, Will foi mandando para Paris ele tinha dezessete anos e eu quinze. Foi meio uma exigência sua me levar consigo. Ele tinha medo de voltar e me encontrar casada, com um velho qualquer. O que nós levou a ficamos sem falarmos com papai por um três anos, pricipalmente Will. Mas por causa de várias outras situações, o que não veem ao caso. Bom, até . ..

O casamento, é claro. Aparentemente ninguém ficava confortável com o assunto, até mesmo Sofia que era tão despachada.

- Então, o que estar esperando? Me conte como é Paris? - Pedi desviando do assunto. Não queria falar do casamento, ou qualquer coisa envolvida.

Desde que verdade sobre como realmente se deu meu matrimônio foi jogada na minha cara, eu preferia fazer de conta que Will a casa e tudo era uma prova de resistência. Férias forçadas, e eu ignora-se com força. Logo conseguiria voltar para os meus irmãos, Nita, Enzo. .. Mas enfim, o importante foi que a mudança de foco surtiu efeito e Sofia deu um grande sorriso entusiasmado, começando com as suas histórias sobre a cidade do amor suas belezas e aventuras.

E eu como curiosa assumida, a interrompia com perguntas a cada dez palavras. Sofia me repreendia, mas estava ocupada de mais rindo de tudo.

(...)

- Você vêem comigo.

Essas foram as primeiras palavras de Will, assim que entrará no quarto de Sofia antes de me puxar para fora pelos cotovelos.

Eu não tive tempo de reagir nem ela, que somente olhou para o irmão o perfurando com olhos. Mas logo reencontrei novamente a minha língua, reclamei e fiz perguntas; que é claro não obtiveram respostas além de suspiros irritados. E nem uma vírgula á mais.

- O que você quer Will? todos nessas casa já sabemos que você é uma porta, então para que toda essa ignorância gratuita? - Perguntei irritada, assim que ele bateu a porta do nosso quarto. Só por segurança dei a volta na cama e sentei-me o mais longe possível dele.

Will sempre tão imprevisível, que eu nunca sabia o que esperar.

- Desculpe esposa, a próxima vez á carrego nos braços. - Ele retrucou com seu sorrinho debochado de sempre, e se escorou na porta com um ar de calma que sabia que me aborrecia. - Agora deixando suas frescuras de lado, quero que fique ciente: Amanhã a costureira vira aqui, e deixará um vestido que escolhi para você. E se necessário fará os ajustes devidos. Tenho um jantar com pessoas influentes na Cidade e infelizmente terei de levá-la. Vou avisar a Sofia também, para ajudá-la a ficar apresentável. - Will fez uma pausa dramática para me dar um olhar de desprezo, que eu retribui igualmente.

Mas ele não pareceu notar ou me ignorou - o que eu acho mais certo -, e continuou a carregar a mesma expressão satisfeita; insuportavelmente arrogante. O que eu poderia a apostar, ser pelo meu rosto corado de ódio. Algo que parecia ser sua meta diária. E hoje onde dia tinha sido agradável, Will como sempre aparecia para estragar tudo. Tratando-me como uma caipirinha selvagem.

- Diga que estou doente. Não vou participar dessa palhaçada, e muito menos ser forçada a passar tempo extra na sua desprezível presença. - E nem vesti roupas desconfortáveis, acrescentei mentalmente. Sabia se o disse em voz alta, certamente reforçaria sua idéia que eu não tinhas modos.

- Não estou de dando escolha Catharina. Isso é um aviso. - Disse dessa vez mais próximo de mim. Não o havia percebido sair da porta. E embora existir-se uma boa distância entre nós, estremeci com o cheiro forte de álcool e perfume barato das meretrizes com quem possivelmente andou.

- Não pode me obrigar!

- Eu arrasto você, se for preciso. - Ele prontamente, ameaçou.

- Muito bom, aí todos veram o marido maravilhoso que é. - Falei com um sorriso doce em desafio. Quando na verdade queria suspirar e fechar os olhos, mas não podia demostrar que ele estava me intimidando. Tinha de ser firme, se eu abaixa-se a cabeça nem quer fosse uma única vez Will faria-me curvar enquanto vivesse.

- Olha não continuaria a me provocar se fosse você. Mas tudo bem, se é um um incentivo que te falta. Acho que posso te dar um. - Will, disse dessa vez muito calmamente. Seu olhar era imperturbável, antes dele remexer o casaco escuro e tira de lá uma carta violada.

Algo que de imediato não me deixou entender sua atitude, o que poderia querer de suas cartas? Mas foi então, que Will começou a ler:

" De Gustavi Andrew James. " Sua voz aumentou o tom propositalmente, ao ler as palavras e o meu coração se cumpriu em felicidade e medo com dos relatos seguintes. Paralisei em pé onde estava. " Adorada, Cath. Eu sinto tanto a sua falta, que desde que você foi embora o dia parece sempre cinza e nublado mas as vezes acredito que talvez isso tudo aconteça dentro de mim." Pensei nas palavras sinceras e doces de uma criança de oito anos, que tiveram o efeito de um sofro de ar fresco no meu espírito. Que eu reprimi, a vontade de chorar. Mas dessa vez, de alegria. Meu pequeno sentia minha falta, tanto quanto eu á sua. "Tobias e Edgar, também sentem sua falta eu vejo isso quando eles sentam inquietos para jogar e não tem ninguém, para eles acusarem de trapaceira. Não diga que eu lhe contei isso, mas eles são péssimos." Dei um pequeno sorriso, mas cubri a boca com as mãos. Não queria que Will visse. " Eles estão tentando ser tão bons, como você é para mim. Mas não adianta. Não existe, ninguém como você; Cath. Mas agora, veja que engraçado. Marcílio finalmente descobriu que a comida de Nita é muito boa. Já que você não estar, mas aqui para por supresa nelas. Mas não se precupe, eu continuei isso para você. Mas acho que eu não fui muito discreto, pois o papai descobriu e agora..."

Mas aí Will, interrompeu com a leitura. Algo que eu já deveria ter imaginado, que não leria até o final. Seu único intuito era me atormentar, com curiosidade e preocupação parando naquele trecho específico da carta. Eu poderia implorar para que prosseguisse, mas acho que era exatamente isso que ele queria.

- Me dê essa carta agora! - Exigi e caminhei na direção de Will, que se desfez em sorrisos ao afastar a carta de mim com facilidade e ergueu-a á cima da cabeça.

Ele claramente se divertia com a minha urgência, eu deveria estar protagonizando uma cena patética.

- Ah! Você quer a carta? - Ele, abaixou o braço bem perto de mim. Despois o ergueu outra vez, quando tentei inutilmente pegá-la.

- Como, você ousa? Essa carta é minha. Não tem esse direito, de abrir a minha correspondência. - Rosnei, cansada de que brinca-se comigo.

- Você é minha esposa. Tenho direito de saber de tudo que se refere a você. - Como se para me provocar ainda mais, ele abanou meu rosto com a carta.

Foi o momento que eu explodir de vez e não sei o que deu em mim pulei nele o acertando um tapa na cara. Deixando-o Motentaneamente ele sem ação.

Will não se mexeu, mas soltou uma série de blasfêmias em voz baixa e se curvou um pouco. Mas o que foi o suficiente para que me dê-se uma chanche de pegar a carta. Infelizmente, ele voltou a sí com aquele brilho de fúria no olhar se e rolou por cima da cama quando ameacei correr. Saltando bem ao meu lado, com a mesma rapidez me levantou com um braço só, e retomou a carta. Por fim largou-m e eu cai sem o menor cuidado no chão. Quando levantei, segundos mais tarde com o resto da minha dignidade e pronta para continuar a briga. Á expressão de raiva que ostentava no rosto me assustou e eu fiquei subitamente muda.

- Nunca mais, se atreva tocar ou querer brigar comigo de igual para igual. - Will, apontou diretamente para o meu rosto. - Por Deus! eu nunca bati em nenhuma mulher. Mas no seu caso, acho que ele não se importaria. Amanhã, assim que o sol se pôr venho buscá-la junto com Sofia. Eu não aceito, encontrar nada menos que uma perfeita dama. Do contrário terei o prazer de atirar essa carta ao fogo, e assistir enquanto ela vira cinzas.

E tão gentil como chegou, Will saiu pela porta fechando-a com um estrondo. Não demorou nada, para Sofia entrasse apressadamente pela mesma, enquanto eu socava o travesseiro e proferia os mais terríveis nomes que conseguia lembrar.Todos exclusivamente, há Will.

            
            

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