Ânsia - O Livro Proibido do Erotismo
img img Ânsia - O Livro Proibido do Erotismo img Capítulo 1 Pode ser Apenas uma Fase
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Capítulo 6 Como Prefere ser Chamado img
Capítulo 7 Você Ainda Transaria com Ele img
Capítulo 8 Assunto Urgente img
Capítulo 9 Uma Proposta para ser Repensada img
Capítulo 10 Ativando o Contrato de Urgência img
Capítulo 11 Termos e Condições img
Capítulo 12 Esse Acordo Vai Funcionar img
Capítulo 13 De Onde Vem Todo Esse Dinheiro img
Capítulo 14 Paguei Para Transar com sua Namorada img
Capítulo 15 Briga entre Irresponsáveis img
Capítulo 16 Não Queria Transar com Você. img
Capítulo 17 Contrato em Andamento img
Capítulo 18 Aproveite o Resto da Noite img
Capítulo 19 Relação Quebrada img
Capítulo 20 Aliviando a Tensão img
Capítulo 21 Um Conselho do Experiente img
Capítulo 22 Quem é Essa Mulher img
Capítulo 23 Uma Promessa que Precisa ser Cumprida img
Capítulo 24 Velhos Costumes img
Capítulo 25 Vem me Buscar img
Capítulo 26 Vamos Apenas Dormir img
Capítulo 27 Você já Participou de um Ménage img
Capítulo 28 Eu topo, Porém há Condições img
Capítulo 29 Prove!!! img
Capítulo 30 Experimentando Algo Novo img
Capítulo 31 O Motoqueiro do Delivery - Parte I img
Capítulo 32 O Motoqueiro do Delivery - Parte II img
Capítulo 33 O Motoqueiro do Delivery - Parte III img
Capítulo 34 A noite na livraria img
Capítulo 35 Sob a luz da tempestade img
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Ânsia - O Livro Proibido do Erotismo

Sayaka Cutrim
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Capítulo 1 Pode ser Apenas uma Fase

Gemidos abafados preenchiam o quarto, enquanto o corpo sobre o meu se movia em um ritmo determinado, buscando o próprio ápice.

Era, sem dúvida, um cliente fácil.

O curioso - ou talvez perturbador - era o fetiche dele: necrofilia. Bastava que eu permanecesse imóvel, respirando de forma quase imperceptível, até que ele terminasse.

- Tão bom... - murmurou contra meu ouvido, a respiração quente e ofegante. - Tão, tão bom...

"Obrigado", pensei, embora sem muita convicção.

Poucos minutos depois, ele chegou ao clímax e deixou o peso do corpo cair inteiro sobre mim.

- Ai... - reclamei, tentando recuperar o fôlego.

- Desculpe - disse, rolando para o lado com um suspiro. - Sempre esqueço que você está aqui.

Sorri, apesar da irritação latejando dentro de mim. Como alguém esquece que está transando com outra pessoa? Mas, no fundo, não era novidade. Mais um lembrete de que, para eles, eu não passava de um serviço contratado.

- Tudo bem - menti. - Quer que eu fique um pouco mais?

Ele assentiu, quase ansioso.

- Sim. Só mais uma hora.

Apoiei a cabeça sobre o peito dele, ouvindo-o falar sobre a filha, que estava prestes a reprovar numa matéria da escola. Eu quis dizer que talvez, se ele passasse menos tempo em quartos de motel com homens e mulheres pagas, poderia entender melhor o que se passava na vida dela. Mas, em vez disso, respondi:

- Vai passar... pode ser apenas uma fase.

Ele acariciou meu braço e mudou de assunto, contando sobre uma discussão com a esposa porque não queria comparecer a um almoço que ela organizava. Problemas de gente rica, pensei.

Quando o relógio anunciou o fim da hora extra, me levantei para pegar minhas roupas. Eu já havia sido pago pelas duas primeiras horas, mas aquele tempo adicional tinha seu preço.

Enquanto me vestia, ouvi o farfalhar das notas sendo contadas. Ele me entregou o dinheiro, roçando o polegar na minha mão de um jeito que me fez estremecer - e não de prazer.

- Até a próxima - disse, com um meio sorriso.

- Até a próxima - devolvi, também sorrindo.

            
            

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