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Era uma quarta-feira agitada, o meio de uma semana que parecia ter decidido desafiar todos os limites da paciência. Os problemas vinham como uma avalanche, e eu, como CEO do grupo OG, estava no epicentro dessa tormenta.
Uma das filiais do grupo havia sido invadida, e apesar dos esforços de toda a equipe, a origem da invasão permanecia como um enigma. Era uma batalha que exigia minha atenção total, decisões rápidas e estratégias para conter os danos. O estresse pairava no ar, e a pressão para manter a integridade da empresa aumentava a cada momento.
Enquanto eu mergulhava nos desafios profissionais, as chamadas incessantes da minha avó trouxeram uma camada extra de complexidade ao dia já tumultuado. O tema recorrente era o mesmo: casamento. Ela, determinada como sempre, insistia que eu deveria começar a construir minha própria família.
Ora, quem poderia imaginar que o CEO, inabalável à vista de todos, estaria sofrendo ameaças de uma velhinha, a vovó. Em meio às pressões, eu pensava comigo mesmo: "Se eu não amasse tanto essa velha, já teria desligado esse telefone." A paciência, testada ao limite, mantinha-me conectado às chamadas familiares, apesar da relutância.
Como todas às vezes que o assunto revisitava, eu prometia à vovó que encontraria uma esposa. Era uma promessa feita para acalmar suas preocupações, uma estratégia para ganhar mais tempo. No entanto, ela, como uma senhora muito esperta, já tinha percebido que tudo não passava de uma enrolação.
Enquanto equilibrava as demandas profissionais e as intricadas teias familiares, eu me via no meio de uma tempestade que se intensificava. A dualidade entre o dever filial e os compromissos empresariais criava um cenário complexo, onde eu, o CEO inabalável, me via navegando em águas turbulentas, tentando manter o controle em meio aos vendavais que a vida me impunha.
Por isso, no meio do caos, decidi naquele momento que colocaria um fim nas preocupações de vovó e encontraria uma esposa. Ora, eu teria pelo menos uma diminuição nas ligações diárias.
Pensando nisso, prometi a velhinha que dali a duas semanas eu apresentaria minha noiva, fictícia é claro, a ela.
No fim, parece que a estratégia funcionou, já que ela pulou de alegria em frente ao celular e disse que já estava contando os dias para que o encontro chegasse.