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Bem vindos a Corte de sombras e tormentas, antes de tudo vou dar uns avisos:
Essa história se segue após corte de chamas prateadas.
Há uma playlist que eu criei para escutar durante a leitura, caso queiram podem acessar pelo link que vou deixar.
O Az não aparece logo de cara, tenham paciência que não vai demorar muito, preciso que conheçam primeiro a personagem feminina.
Link:
https://spotify.link/fsOlXz3qhDb
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Eu estava morrendo...
E foi então que percebi que a morte era solitária. O ar entrava em meus pulmões e depois saia lentamente, mas parecia que menos oxigênio entrava quanto mais eu tentava respirar uma outra vez. Um zumbindo se manifestava em meus ouvidos e eu não podia tampar eles com minhas mãos, pois elas estavam imóveis, feridas, vermelhas.
Meu sangue escorria pelos meus ferimentos e fazia uma poça à minha volta, o corpo doía e formigava, mas não se mexia... Ele não conseguia. Não podia.
Morrendo, eu realmente estava morrendo. As pessoas à minha volta me olhavam, mas elas não sabiam quem eu era, o que eu queria ser, os sonhos que tanto me dediquei para realizar. Desejei ter abraçado meus pais, desejei ter dito para minha amiga que acreditava que ela alcançaria seus sonhos e para minha outra irmã do coração que ela devia seguir seu coração. Desejei viver mais, os gritos silenciosos de minha mente berravam e clamavam para que ainda houvesse tempo de sobreviver.
Mas a vida se esvaziava pelas feridas, pelo sangue escorrido, pelo ar fraquejado, pelos órgãos que paravam de funcionar.
A morte me envolvia com um manto frio, comia minhas lembranças e me encarava como um inseto. Eu, uma mortal, finalmente havia caído em seus braços e ela se banqueteou-se com meus últimos pensamentos.
Então, eu morri... E renasci.