Um Bebê Inesperado para o Bilionário
img img Um Bebê Inesperado para o Bilionário img Capítulo 2 UMA AUTÊNTICA VERGONHA
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Capítulo 6 DUAS VEZES NO MESMO DIA img
Capítulo 7 DE VOLTA img
Capítulo 8 SENSAÇÃO DE PAZ img
Capítulo 9 ENFRENTAR img
Capítulo 10 MUDOU TANTO img
Capítulo 11 O GOLPE MAIS ANTIGO DO MUNDO img
Capítulo 12 JÁ ME ARREPENDI img
Capítulo 13 O PLANO img
Capítulo 14 VOLTAR PARA ONDE NÃO QUERO img
Capítulo 15 TODA CHARMOSA img
Capítulo 16 NÃO É JUSTO img
Capítulo 17 MARIDO DESTROÇADO img
Capítulo 18 LONGE DE AUSTIN, TEXAS img
Capítulo 19 COMEÇAR DE NOVO img
Capítulo 20 GOLPE DO BAÚ img
Capítulo 21 TUDO ENCAMINHADO img
Capítulo 22 CUATRO GATO img
Capítulo 23 NADA DE NADA img
Capítulo 24 AS AMEAÇAS img
Capítulo 25 MOVIDOS APENAS POR DINHEIRO img
Capítulo 26 O MEU IRMÃO img
Capítulo 27 A ENTREVISTA DE EMPREGO img
Capítulo 28 A MINHA ENORME SURPRESA img
Capítulo 29 A ENORME PROBABILIDADE img
Capítulo 30 A BOA NOTÍCIA img
Capítulo 31 O MAIOR CULPADO img
Capítulo 32 PLANO A SER EXECUTADO img
Capítulo 33 PAIS NADA SATISFEITOS img
Capítulo 34 JANTAR DE NEGÓCIOS img
Capítulo 35 A SUA COMPANHIA img
Capítulo 36 NEGÓCIOS E LAZER img
Capítulo 37 PENSAMENTOS E RECORDAÇÕES img
Capítulo 38 INCOMODADA COM A SITUAÇÃO img
Capítulo 39 MAIS DO QUE DEVIA img
Capítulo 40 A VISITA DO IRMÃO img
Capítulo 41 O BEIJO img
Capítulo 42 ENCONTRO img
Capítulo 43 UMA HISTÓRIA COMPLICADA img
Capítulo 44 O MEU PASSADO img
Capítulo 45 JÁ NÃO VALE A PENA img
Capítulo 46 PERDE-SE A OPORTUNIDADE img
Capítulo 47 VOLTAR PARA AUSTIN img
Capítulo 48 E AGORA img
Capítulo 49 O EMOTIVO REENCONTRO img
Capítulo 50 A LOUCURA img
Capítulo 51 O FOGO img
Capítulo 52 DECISÃO IMPORTANTE img
Capítulo 53 O INÍCIO DE UMA NOVA VIDA img
Capítulo 54 A RECONCILIAÇÃO img
Capítulo 55 ENORME MULTIDÃO img
Capítulo 56 MAIS UM FANTASMA img
Capítulo 57 AS VOZES img
Capítulo 58 OS PROCEDIMENTOS img
Capítulo 59 UM POUCO DE PAZ img
Capítulo 60 SE NÃO FOSSE TÃO AMBICIOSO img
Capítulo 61 UMA SENSAÇÃO ESTRANHA img
Capítulo 62 A TOTAL DESPREOCUPAÇÃO img
Capítulo 63 ELA ME PAGA img
Capítulo 64 UMA NOTÍCIA AVASSALADORA img
Capítulo 65 COM QUEM EU ESTIVE img
Capítulo 66 QUE NÃO SEJA TARDE DEMAIS img
Capítulo 67 EXPLODIR DE ÓDIO img
Capítulo 68 O SONHO img
Capítulo 69 A PESQUISA img
Capítulo 70 A MINHA ÚLTIMA ESPERANÇA img
Capítulo 71 JUNTAR AS PEÇAS img
Capítulo 72 PSICOPATA img
Capítulo 73 O PEDIDO img
Capítulo 74 A VOLTA img
Capítulo 75 AS DESCOBERTAS img
Capítulo 76 NOVA ESPERANÇA img
Capítulo 77 É A MINHA OBRIGAÇÃO img
Capítulo 78 A CONVERSA COM OS PAIS img
Capítulo 79 PREPARAR PARA A CIRURGIA img
Capítulo 80 UMA CONDIÇÃO img
Capítulo 81 ALERTA ATIVADO img
Capítulo 82 TODOS ESTAMOS EM PERIGO img
Capítulo 83 A REVIRAVOLTA img
Capítulo 84 MAQUIAVÉLICO img
Capítulo 85 HORRORIZADA img
Capítulo 86 SÓ ME FALTAVA MAIS ESTA img
Capítulo 87 NA PRISÃO img
Capítulo 88 A SUBTIL CONFISSÃO img
Capítulo 89 NOITE DA EXECUÇÃO img
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Capítulo 2 UMA AUTÊNTICA VERGONHA

CAPÍTULO 2

UMA AUTÊNTICA VERGONHA

Narrado por Vitória

"Não te prendas a ninguém, se te soltarem vais cair"

Acordo com os tímidos raios de sol que teimam em invadir o meu espaço.

Estou deitada numa cama grande e fofinha, mas ao recordar a noite anterior, sinto o meu coração sangrar de dor, sangrar de desilusão.

Depois do pai do Patrick o levar lá para fora, eu não o voltei a ver.

Passado um pouco, o pai dele voltou a entrar no salão, mas nada do Patrick.

O pai dele disse que ele pegou no carro e saiu.

Desgraçado, nem teve a decência de saber como eu estou, depois de o apanhar a comer a minha irmã ali de bunda de fora no jardim.

Vou ter pesadelos para o resto da minha vida.

Ele sabe bem que eu estou de rastos, mas ele não quis saber e foi embora. Mas onde está o meu namorado e noivo atencioso? Aquele que sempre se preocupa comigo?

Foi sugado para outro planeta, só pode.

Acabei por dormir aqui mesmo, na casa dos pais dele, num dos quartos de hóspedes.

A sua carinhosa mãe, não me deixou ir embora no estado em que eu estava.

Eu acabei por aceitar, não tinha forças sequer para me mexer e nem sabia para onde ir.

Voltar para a casa dos meus pais nem pensar, isso estava fora de cogitação. Não conseguiria olhar sequer nas caras de pau deles.

Levanto-me e visto uma roupa que vejo ali em cima de um pequeno sofá, impecavelmente dobrada.

É um vestido azul claro. Decerto é da mãe daquele idiota.

Ao vestir percebo que está um pouco, mas não muito, largo. Mas devido à situação, está até muito bom.

Saio do quarto e desço ao andar de baixo e ao entrar na sala do café da manhã, vejo apenas o pai e a mãe do Patrick, mas nada dele.

A mãe dele levanta-se de imediato e me pede para me sentar à mesa e tomar o pequeno almoço com eles.

- Anda cá, Vitória, come qualquer coisa.

- Eu já fiquei tempo demais, eu preciso ir. - lhe digo.

- Mas minha querida, ninguém pode sair sem comer alguma coisa.

Eu sento-me então no lugar que ela me indica.

Não tenho fome, não consigo comer nada quando estou nervosa.

- Vitória, - o pai do Patrick chama a minha atenção - tu e o Patrick precisam de conversar. O que aconteceu ontem é muito mau para os negócios, saiu em algumas manchetes da manhã. Uma autêntica vergonha.

- O único culpado por toda esta situação são apenas duas pessoas, o seu filho e a minha irmã - falo triste e revoltada.

Eu aqui desolada e ele preocupado com o que saiu na merda das revistas?

- É verdade, tens toda a razão, mas não deixa de ser um problema, um enorme problema. E por isso, estava aqui a pensar se não podias esquecer isso e dizer que não foi bem assim que aconteceu.

Eu olho para ele, não querendo acreditar no que ele me está a pedir.

- Foi o seu filho que lhe pediu para me dizer isso? - pergunto abismada com a tamanha falta de consideração para comigo.

Ele não responde, porque ouvimos barulho na porta e ele entra.

Patrick claramente acaba de chegar a casa, sabe-se lá de onde, porque ele ainda tem o fato de casamento vestido.

- O meu pai tem toda a razão, podíamos dizer que tu tiveste um surto psicótico por causa de todo o trabalho que dá organizar um casamento, mas que não viste nada do que gritaste aos sete ventos que viste.

Ele fala aquilo despreocupadamente e senta-se ao meu lado na mesa.

Eu levanto-me de imediato me afastando, não quero sequer estar perto dele.

- Mas afinal quem és tu? Onde está o Patrick que eu sempre conheci?

- Sempre não, namoramos dois anos.

Eu sinto todo o meu sangue ferver e começo a andar para a porta.

- Patrick!! - a mãe dele o chama visivelmente desagradada com a sua atitude, mas ele nem parece a ter ouvido.

- Temos que falar o mais rápido possível com os convidados, para desmentir o que tu viste. - ele fala aquilo como se fosse o pedido mais normal do mundo.

Eu paro na porta e me viro para trás.

- Pois fica sabendo, seu idiota, que eu não vou desmentir nada, tu me traíste na nossa própria festa de casamento, com a minha irmã e agora vocês os dois, - olho para ele e para o seu pai - têm o descaramento de me pedir uma coisa dessas?? E já agora, onde tu tiveste toda a noite que nem tiveste a decência de saber como eu estava, depois do que tu fizeste? Foste a correr para os braços da minha irmã, ou para os braços de outra?

Ele não responde.

- Tu és um ordinário nojento.

E saio dali sem sequer olhar para trás.

UMA ÓTIMA IDEIA

Narrado por Vitória

"A ponte mais difícil de atravessar é aquela que separa as palavras dos atos"

Saio dali sem rumo, mas por muito que eu não queira tenho que ir à minha casa. Não tenho nada comigo, nem o que trago vestido é meu.

Apanho um táxi e depressa chego na minha casa.

Peço para ele esperar um pouco que vou buscar o dinheiro para lhe pagar.

Entro em casa e não vejo nem ouço ninguém.

Melhor assim.

Pego o dinheiro e vou pagar ao taxista.

Volto para dentro e vou para o meu quarto.

Olho para a minha mala de viagem, ali pronta num canto.

Hoje íamos de lua de mel para Miami, eu amo o sol, embora aqui seja um bom clima, mas gostava de conhecer Miami.

Desabo a chorar, deito para fora todas as frustrações. Fico ali nem sei quanto tempo, apenas a chorar, a lamentar a minha má sorte.

A minha irmã sempre foi uma cobra, nunca fomos umas irmãs chegadas, é estranho, mas ela sempre me deu patadas e eu sempre tentei me aproximar dela, mas ela dizia sempre que eu não era digna de me dar com ninguém. Que era um lixo.

Nunca entendi o porquê disso.

O porquê de todos eles me tratarem tão mal.

Nunca me senti nem amada, nem acarinhada por ninguém aqui nesta casa. Sempre foram rudes, grossos e antipáticos comigo.

Olho para cima da cómoda e vejo as passagens de avião ali.

Fui eu que as fui buscar na véspera do casamento.

Olho alternadamente para as duas passagens e para a minha mala feita e pronta para viajar, e de repente tenho uma ideia, aliás, uma ótima ideia.

Levanto-me, seco as minhas lágrimas e vou trocar de roupa.

Depois de estar pronta, pego nas duas passagens e as guardo na minha bolsa, chamo um carro de aplicativo, pego na minha mala de viagem e saio do meu quarto.

Ao passar na sala vejo ali a minha mãe.

- Que fazes aqui? Nem sabia que aqui estavas - ela diz indiferente.

- Não te preocupes mãe, já estou de saída - a informo.

- E o teu marido? Onde ele está?

Eu paro perto da porta da rua e viro apenas o meu rosto para ela.

- Pergunta à tua querida filha, ela deve saber melhor do que eu onde ele está - respondo seca.

Abro a porta batendo a mesma com força.

Entro no carro de aplicativo que já ali está à minha espera e que me leva ao meu destino, Aeroporto Internacional de Austin-Bergstrom.

            
            

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