Sedução Irresistível
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Sedução Irresistível

Nalva Martins
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Capítulo 1 1

Ellen

Quase não havia luz dentro do quarto a não ser a uma luz que vinha do lado de fora e iluminava uma pequena parte do cômodo. Eu estava tão assustada e muito nervosa, mas tinha uma tarefa a fazer e não podia fugir do meu dever. Do canto da parede observei a ampla cama vazia e os meus pensamentos se perderam nas assustadoras imagens do que aconteceria bem ali e em poucos minutos. Trêmula, deslizei as minhas mãos um pouco suadas pela pequena camisola de seda que mal cobriam os meus seios e o meu nervosismo aumentou quando escutei o barulho do seu carro estacionando em frente ao casarão.

É agora.

Penso, soltando uma respiração trêmula pela boca.

Agora não tem como voltar atrás. Portanto, me aproximei da garrafa de uísque que deixei em cima de uma mesinha no canto da parede e servi uma dose em um copo quadrado de vidro transparente, enquanto aguardava a sua entrada no cômodo. Não demorou para porta do quarto se abrir e uma sombra alta, e imponente adentrou o cômodo em silêncio, livrando-se do terno escuro em seguida. Silenciosa, o observei estender a peça do vestuário cuidadosamente sobre uma pequena poltrona e por fim, ele percebeu a minha presença.

- Ruby? - Ele disse e eu estremeci. Contudo, me obriguei a sair do meu esconderijo obscuro, revelando parcialmente a minha presença para ele. O homem se aproximou devagar e eu pude perceber alguns traços seus no meio da semiescuridão.

Olhar firme em um rosto quadrado de feições rígidas e sérias.

- Isso... é para você - Ofereci-lhe o copo com a bebida tentando não deixar transparecer o meu nervosismo. Entretanto, ele apenas trincou o maxilar e se afastou, indo para o outro lado do quarto.

Engoli em seco sem saber o que fazer.

- Não estou a fim de beber. - O Senhor Hill rugiu secamente, me dando as costas e continuou a livrar-se das suas roupas de trabalho. - Eu preciso tomar um banho e dormir um pouco. Amanhã terei um dia cheio.

Não! Suplico em meio ao meu silêncio. Eu não posso deixar isso acontecer.

... Você precisa ser mais ousada, querida irmã. Precisa seduzi-lo ou o plano não dará certo.

A voz de Ruby fez um eco dentro dos meus ouvidos.

Mas, o que posso fazer?

Hill livrou-se da sua camisa e à medida que a sua pele branca se revelava para mim, os meus olhos cobiçaram os músculos que se desenhavam nos reflexos da luz e em meio as sombras. Meu coração quase saiu pela boca quando ele se virou de frente para mim outra vez e um par de olhos rígidos me encaram como se tivesse uma fera enjaulada dentro deles.

Seja ousada, Ellen. Digo para mim mesma, tentando me mexer do meu lugar.

- E se a bebida tivesse o meu gosto, querido? - indaguei, me aproximando dele sem pressa, enquanto enchi a minha boca com a bebida de um sabor forte e amargo, e simulei um beijo, levando a minha mão para a sua nuca, a fim de atraí-lo para mim. Os seus lábios tocaram nos meus fazendo uma eletricidade estranha percorrer todo o meu corpo e em segundos, Collin envolveu aminha cintura com os seus braços fortes, prendendo-me ao seu corpo e aprofundo o meu beijo, bebendo o líquido direto da minha boca.

Ofeguei violentamente e ´por Deus, cheguei a desejar que esse beijo não se acabasse, mas ele acabou e o olhar firme de Collin Hill penetrou o meu com uma frieza que era possível sentir nos meus ossos.

- O que deu em você, Ruby? - Ele rosnou ofegante, porém, sem se afastar muito e eu pude sentir o seu hálito quente aquecer sobremaneira a minha pele.

Pensei em fugir do seu aperto, dessa aproximação arrogante, mas precisava manter o meu papel de menina malvada e finalmente levá-lo para a cama. Portanto, abri um sorriso sedutor para ele.

- Por que, você não gostou? - Soltei um tom rouco e sedutor na minha voz e isso fez as suas retinas negras se dilatarem.

- Ah, eu gostei! - Ele sussurrou contra a pele do meu pescoço e iniciou uma trilha escaldante lá. - Eu gostei muito! - Um rugido gelado passou pela sua garganta, fazendo um arrepio descomunal se alastrar pelo corpo inteiro.

Audaciosa, levei o resquício do líquido para a minha boca e o beijei outra vez.

- Ah! - Collin rugiu feito um animal no cio, apalpando a minha bunda com força, enquanto a outra me mantinha colada ao seu corpo e inesperadamente fui tirada do chão direto para os seus braços. - Você está diferente essa noite, Ruby, o que aconteceu? - perguntou arrastando a sua boca ardente para perto do meu ouvido e uma sensação diferente tomou conta de mim. - O que andou fazendo enquanto eu estava longe de casa, hã? - Joguei a minha cabeça para trás, fechando os meus olhos e lhe dei permissão para explorar o meu colo com a sua boca e língua, e ele fez.

- Eu... só estava com saudades de você! - sussurrei, perdida em sensações inexplicáveis.

- Ah, Ruby! - Ele rosnou enquanto caminhava para cama comigo e o meu pobre coração acelerou como um louco prestes a rasgar o meu peito. - Me diga, como você quer que eu faça com você? - Não lhe respondi simplesmente porque eu não sabia o que dizer.

Contudo, acariciei os cabelos da sua nuca e o induzi a me beijar vorazmente, e ele fez. Collin se sentou na beirada da cama, mantendo-me no seu colo e a sua mão me incitou a me mexer em cima dele, permitindo-me sentir a sua dureza debaixo de mim. Um gemido descabido escapou da minha boca e o meu corpo ferveu com esse ato no mesmo instante.

- Você não me respondeu, querida. - Ele cobrou áspero e envolvente. - Você quer que faça forte e bruto, ou com muito carinho?

Céus, estou ardendo de dentro para fora! Pensei perdendo toda a minha coerência e após beijá-lo, sentindo a sua língua invadir a minha boca, sussurrei arrastadamente.

- Eu quero que faça o que você quiser, Collin - sibilei trêmula e desejosa, e tudo virou um caos incandescente bem diante dos meus olhos.

Em uma fração de segundos estava deitada no colchão e a minha camisola literalmente foi arrancada do meu corpo. A sua boca libidinosa se arrastou por minha pele fazendo uma trilha de beijos que me queimava de dentro para fora, fazendo-me contorcer debaixo dele. Suas mãos seguravam os meus seios com posse, apertando-os com destreza e a sua boca os sugava com gula, levando-me ao delírio. Não segurei os gemidos e os sons sussurrantes que escaparam da minha garganta e logo me vi perdidas nas sensações que ele conseguia me causar. Logo a sua trilha de beijos alcançou a meu abdômen e a sua língua serpenteou pelo meu umbigo, causando-me um frisson, fazendo-me desejar mais e mais do seu prazer, até ele chegar mais embaixo e como um animal feroz, rasgou a minha calcinha para alimentar-se da minha intimidade.

- Ah! - Um gemido alto escapou da minha boca e os meus delírios se tornaram insanos. Seus dentes raspavam lá sem piedade alguma, fazendo-me gemer cada vez mais alto e deliberadamente segurei nos seus cabelos com força, mantendo-o ali até finalmente explodir em um orgasmo que fez os meus ouvidos zunirem.

Ofegante, cansada e saciada.

Agora eu só precisava fechar os meus olhos e dormir um pouco, mas os seus planos estavam bem além do meu simples desejo. Collin saiu da cama e bem diante dos meus olhos livrou-se da sua calça e cueca, e não pude evitar de degustar o seu corpo malhado, e cada gominho do seu abdômen, até parar no seu membro rígido que inexplicavelmente fez o meu corpo ferver outra vez. Seus olhos varreram todo o meu corpo, enquanto ele subia no colchão e quando se encaixou no meio das minhas pernas, hesitei.

- Você está bem, se quiser eu posso parar?

- Não! - disse em um rompante. - Quer dizer, eu estou bem.

Por Deus, acabe logo com isso! Roguei mentalmente.

            
            

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