Entre dois mundos
img img Entre dois mundos img Capítulo 4 Episódio 4
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Capítulo 4 Episódio 4

Micaela- Como eu vou passar no teste ?

Senhora- Você é a princesa mesmo você esquecendo na hora você vai lembrar.

Micaela- E se eu não passar? Eu tenho que pensar dos dois lados.

Senhora- Se você não passar nos testes você vai continuar vivendo normal...mas não pense negativo, vai dar tudo certo.

Horas depois voltamos para frente do castelo, eu estava com frio na barriga e sentia o meu corpo tremer, as portas se abrem e O Rei sai, logo em seguida vejo uma linda mulher de cabelos longos escuros vindo na minha direção.

Rainha Edithy- Louise, espero que você se lembre das coisas, eu estou com muita saudades.

A mesma fala em uma voz calma e doce, seu olhar é gentil.

A Rainha volta para perto do rei.

Rei Dário- Aqui está o seu teste, lembre-se tem que acertar 6 de 10, assim poderei saber se você é mesmo a princesa.

Pego as folhas e dou uma pequena olhada, essa leitura é diferente do que eu conheço, eu não consigo ler nada, o Rei me entrega uma caneta de pena...

Passo um bom tempo tentando ler a escrita mas não entendo nada, olho para a Senhora e me viro rapidamente.

Louise- Vamos com calma, se eu sou mesmo a princesa me lembrarei de algo, o que eu preciso fazer é apenas relaxar, para que as lembranças venham, fecho os meus olhos.

____

Assim que abro os meus olhos vejo a enfermeira fazendo algumas anotações.

Me sento e ponho a mão em minha cabeça.

Enfermeira- Que bom que já acordou.

Micaela- Aonde está a minha mãe ?

Enfermeira- Ela já vai voltar, bom você já está liberada para ir embora, se apresentar sintomas venha novamente para cá, você só vai precisar tomar um calmante, vai te fazer bem...

Micaela- Obrigada.

A enfermeira sai da sala e eu me levanto da cama, vou até a janela e fico olhando para o céu.

Novamente eu voltei para aquele lugar misterioso, algo ainda me chama, eu preciso encontrar alguma coisa perdida e eu sinto que eu estou bem próxima dele, a cada dia que se passa a minha vontade de estar perto daquele lugar só aumenta, mas eu não sei o que me espera... se aquele lugar é mesmo real então não quero ir embora, quero permanecer...

__

Guarda- Aqui está o seu almoço.

Joga um pão velho e uma fruta em uma pequena bacia.

***- Cadê os bons modos ?

Guarda- Você não merece isso.

***- Eu mereço muito mais que isso.

Guarda- Pessoas como você merecem morrer.

***- Me senti ofendido agora, mas você deveria ter medo de falar assim comigo vai que eu faço algo para você. ( Fala em um tom sarcástico)

Guarda- Se fizer a sua sentença será a morte e eu terei o enorme prazer de fazer esse trabalho.

***- Você não tem coração ?

O mesmo se levanta e vai para perto da grade, põe as suas mãos nas grades e olha para o guarda e sorri.

***- Quando eu sair daqui você vai me olhar de uma forma diferente... não se deve julgar ninguém antes de conhecer...

Guarda- Quando você sair, você vai direto para forca, e tem razão vou olhar diferente porque um bruxo que nem você não merece o ar que respira, agora se me der licença vou terminar de fazer o meu trabalho, não quero perder mais tempo conversando com alguém como você.

Vejo o guarda se distanciar aos poucos até sumir das minhas vistas.

***- Porque você está demorando tanto ? Me encontre rápido... ( suspira )

Volto ao meu lugar e me sento no chão, olho para a bacia com o pão e a fruta, fecho os meus olhos e coloco meus braços em cima das minhas pernas.

______

Marta- Vamos ? Trouxe essa roupa para você trocar.

Me viro e vejo ela com uma bolsa em seus ombros fechando a porta.

Dou um leve sorriso e vou até a mesma.

Micaela- Obrigada por você estar aqui comigo.

Dou um abraço na mesma e pego a roupa que estava na bolsa.

Tempo depois me arrumo e volto para o quarto.

Micaela- Você vai trabalhar agora ?

Mãe- Sim, primeiro vou deixar você em casa e depois vou para o serviço, por quê?

Micaela- Bem, você pode ir para o serviço, eu vou ir para a biblioteca.

Mãe- Está bem, eu te levo até lá.

Saímos do hospital, eu entro no carro e minha mãe segue caminho.

Na viagem fico pensando sobre aquela escrita.

Como eu pude me apaixonar por aquele lugar, me sinto tão bem, toda vez que vou para lá a minha vida começa é algo difícil de explicar, mas sinto que aquele é o meu lugar que eu deveria ficar ali...mas ao mesmo tempo eu tenho essa minha vida, que mesmo sem cor tenho que ficar.

Olho para minha mãe que dirige o carro sem desviar a atenção, mesmo ela trabalhando tanto e não passando tempo suficiente comigo, ela não merece ser traída como meu pai está fazendo com ela, tento criar coragem para dizer a ela porém não tenho força para isso, ela ficaria arrasada ao saber desta notícia, e se ela não saber... ela também ficaria arrasada, eu não sei o que eu faço as duas maneiras podem machuca-la... estou mesmo sem saída, acho melhor deixar quieto... só não sei por quanto tempo.

O carro para em frente a biblioteca tiro o cinto de segurança.

Mãe- Pegue isso.

Ela tira uma pequena quantia de sua carteira e me entrega.

Mãe- Você ainda não comeu, então se alimente, não volte para casa tarde, vou te ligar quando eu chegar no serviço, se cuide.

Micaela- Está bem, obrigada mãe.

Dou um beijo em sua bochecha e saio do carro, ela liga o carro e vai embora, aceno e vejo o carro sumir das minhas vistas.

Entro na biblioteca e procuro alguns livros sobre a escrita que eu tinha visto.

Micaela- Não deve ser muito difícil... tenho que passar naquele teste

            
            

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