Por isso ela pediu que ele a deixasse trabalhar, mas se ele descobrisse que ela estava procurando outro emprego certamente ficaria muito zangado com ela. Mas era preciso fazer, queria ajudar em casa de qualquer forma possível.
Infelizmente, a manhã não deu em nada e ele não conseguiu encontrar um emprego melhor e bem remunerado. A falta de experiência dela era o problema de tudo, Liana suspira e senta em um banquinho esperando o ônibus.
Ele perdeu um dia de trabalho por nada, mas não ia desistir. Algo tinha que sair...
-Posso saber o que você está fazendo aí sentado? -Liana dá um pulo ao ouvir aquela voz que arrepia os cabelos. Ela olha para cima e vê um carro esporte impressionante na sua frente. Você está esperando o ônibus?
Giovanni observa Liana de forma petulante, enquanto se dirigia para a empresa a visualizou sentada na calçada, por isso não hesitou em parar o carro para conversar com ela. Foi uma grata surpresa encontrá-la, tanto que seu pau já estava duro.
Eu não entendia por que, se ela era uma garota comum, ela não possuía nada fora das qualidades comuns. Ela era simples, simples e seu corpo era bastante normal. Fora isso, ele era bem jovem, era isso que o entusiasmava tanto?
-O que você está fazendo aqui? -Ela pergunta, olhando para os dois lados, a maldita rua estava toda deserta.
-Onde você está indo? Posso te levar onde você quiser...
-Não, obrigado", ele cruza os braços e desvia o olhar.
-Porque? Você tem medo que ele te beije de novo e que você goste.
Essa menção a deixou tensa no local, todo o seu corpo paralisado. Lembrar-se de quando ele a beijou naquela escada sem o consentimento dela a chocou, então ela olhou para baixo e pensou que aquele era seu primeiro beijo.
Aquele infeliz roubou seu primeiro beijo...
-Se você chama isso de beijo..." ele responde com arrogância, o que fez Giovanni franzir a testa.
-Então te pareceu insignificante... Imagino que você tenha uma longa lista de todos os bons que te beijaram, certo?
-É assim que é. Muito bom, melhor que você.
Giovanni aperta a mandíbula com o comentário desagradável dela. Aquela garotinha gostava de brincar com a paciência dele.
-Oh sim?
-A verdade é que sim.
O CEO olha para frente enquanto aperta o volante com a mão, depois levanta a janela do carro e dá a partida.
Liana, vendo que ele não fala mais nada, olha para ele pelo canto do olho, observando-o se assustar. Nesse momento ele solta o fôlego e se curva um pouco. Eu estava muito tenso conversando com aquele cara.
-Então eu sou ruim em beijar? -Ele pula de novo, mas desta vez se levanta.
-O que você está fazendo? -Franze a testa.
-Para confirmar o quanto sou ruim em beijar.
-O que diz? Ele ficou louco?
Giovanni havia estacionado o carro a poucos metros da parada e não hesitou em sair e confrontar aquela garota. Nunca lhe disseram que ele era ruim em beijar e isso feriu profundamente seu ego.
Ele dá um passo em direção à jovem sabendo que ela tinha aquele brilho malicioso nos olhos, ele podia ver nela o medo que sentia por tê-lo tão perto. Ele pretendia mostrar a ela que ninguém melhor do que ele poderia beijá-la, e a faria esquecer todos aqueles idiotas que uma vez a beijaram.
Liana dá um passo para trás ao ver que esse cara dá alguns passos em sua direção, ela engole saliva e sente como as gotas de suor escorrem por suas costas. E quando ela pensa em fugir, é pega pelos braços do chefe de seu pai.
-O que você está fazendo?
Mas o CEO não lhe deu outra chance de dizer mais uma palavra enquanto abraçava os lábios dela em um beijo feroz no meio da rua.
A surpresa a levou a arregalar o olhar ao sentir como os lábios daquele homem se apossaram dos seus de uma forma tão avassaladora que ela não tinha ideia do que deveria fazer.
Simplesmente observo os olhos fechados daquele homem, aqueles traços fortes e sua língua quente chegando até sua maldita garganta. Ele apertou a cintura dela com força, conseguindo sentir algo muito duro tocar sua barriga.
Isso a assustou e ela tentou fugir dele, mas ele a impediu. Quando Giovanni se separou dela por vontade própria, um fino fio de saliva ainda os mantinha unidos, e o CEO acabou lambendo os lábios para limpar os resíduos da boca.
-Sua boca é tão doce! Você já me deixou com muito tesão, e estamos no meio da avenida.
Liana pisca várias vezes, aquele homem estava excitado por ela? A loira engole em seco, ela não sabia o que dizer.
-Eu quero comer sua buceta, Liana. Quero te foder rico e fazer você esquecer todos aqueles que você fodeu. Depois de me experimentar, garanto que você não vai querer parar.
-Que? -ela pergunta atordoada.
-Você quer foder comigo? -ele questiona, depois morde o lábio inferior-. Você quer que eu faça você gemer de prazer.
Ela estava em transe, não tinha muita certeza do que estava ouvindo, mas aquele homem estava propondo fazer sexo. E ainda por cima, pensei que ela estava fodendo com metade do mundo.
Só então ele ouve o barulho do ônibus e fica alerta. Era agora ou nunca, como pode, ele solta o aperto dela e se vira muito rápido, corre até o ônibus que se aproximava e entra nele sem olhar para trás.
Giovanni a vê fugindo e dá um passo em sua direção, depois vê como o veículo avança, deixando-o para trás.
-Merda...
O CEO caminha furioso até o carro e quando ele entra e ajeita o pau, estava tão duro que suas bolas doíam. Aquela mulher o deixou todo quente e excitado, e agora como o inferno ela iria conseguir aquela maldita ereção.
Ele liga o carro pensando naquela loira, ele ia pagar ela, disso não havia dúvidas.
Ao chegar no escritório, ele olha de soslaio para a morena da outra noite. Ela olha para ele disfarçadamente e ele faz o mesmo, talvez ela pudesse aliviar suas mágoas. Mas não, não era ela que ele queria, mas sim aquela loira indescritível.
[...]
-Como foi o trabalho?
-Bem, estava tudo normal", ele mente, seu pai não precisava saber o que havia acontecido com seu chefe, ou bem, ex-chefe.
-Bom, hoje não consegui resolver muita coisa com o banco, amanhã veremos como vai.
Ela sabia que isso não daria em nada de bom, ela não era estúpida...
Ao chegar em casa, pai e filha caminham até a residência e é quando veem um aviso afixado na porta. James pega e franze a testa.
-O que é isso, pai?
-Não é nada, está tudo bem", diz ele, escondendo o papel.
-Pai, o que é isso?
-Liana, entre em casa...
Mas ela foi mais rápida e pegou o papel dele, e quando ele leu o bilhete ficou petrificado.
-Vão nos tirar de casa e isso será daqui a dois dias. Mas por que? Se tivéssemos uma semana.
-Filha, não se preocupe, temos dois dias para resolver isso.
-Daqui a dois dias não vamos conseguir esse dinheiro, padre, vão nos jogar na rua.
James baixa o olhar, ele era o homem da casa e nem que pudesse fazer bem. Agora ela estava na rua com a filha e elas não tinham para onde ir e nem dinheiro no bolso.
-Eu, bem, eu vou...
-Não conte mais mentiras, pai. Eu sei o que está acontecendo e sei que não temos dinheiro. Perderemos a casa e ficaremos na rua.
-Amanhã irei novamente ao banco e pedirei um pouco mais de tempo, sei que me darão.
Liana nega internamente que não, isso não seria possível. O banco não deu mais tempo ao pai, foi a última coisa que lhe disseram quando lhe enviaram um ultimato.
Naquele momento de desespero, Liana pensa em algo muito maluco, mas que talvez pudesse dar certo. Ele olha para cima e vê a tristeza refletida no rosto do pai, ele não ia permitir que ficassem na rua.
Eu tive que pelo menos testar se o que eu estava pesando poderia funcionar. No dia seguinte ela pretendia tentar, precisava fazer alguma coisa e acreditava que só ela poderia tirar sua família da ruína.
-Tudo vai ficar bem, pai. Você verá, tudo ficará bem.
-Eu sei, filha. Vamos avançar, você verá que vou nos tirar desse problema. Não teremos que sair, eu prometo.
-Sim, pai.