Alfa Kurt
img img Alfa Kurt img Capítulo 7 Se quiser, pode
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Capítulo 8 Comigo img
Capítulo 9 Beijo img
Capítulo 10 Desrespeitando img
Capítulo 11 Temos que conversar img
Capítulo 12 Vamos img
Capítulo 13 Perfeita! img
Capítulo 14 Certeza img
Capítulo 15 A carta img
Capítulo 16 Entende img
Capítulo 17 Prometo img
Capítulo 18 Tentação img
Capítulo 19 Vou te marcar! img
Capítulo 20 Obrigada img
Capítulo 21 Pra cama img
Capítulo 22 Vai me prender img
Capítulo 23 Quem é aquele img
Capítulo 24 Prazer, Gareth! img
Capítulo 25 Aviso img
Capítulo 26 Quando queria img
Capítulo 27 Dois motivos img
Capítulo 28 Com as malas img
Capítulo 29 Sinto muito! img
Capítulo 30 Mais fácil img
Capítulo 31 Visão desfocada img
Capítulo 32 A cabeça img
Capítulo 33 Como sempre img
Capítulo 34 Odeio você img
Capítulo 35 Veremos! img
Capítulo 36 Uma opção img
Capítulo 37 Duas estranhas img
Capítulo 38 Me solta! img
Capítulo 39 Suba img
Capítulo 40 Vovó img
Capítulo 41 Gatinho img
Capítulo 42 Quando img
Capítulo 43 Pergunte img
Capítulo 44 Velhote img
Capítulo 45 Como img
Capítulo 46 Preto no branco img
Capítulo 47 Inofensivas img
Capítulo 48 Biscoitinho img
Capítulo 49 Provar img
Capítulo 50 Me poupe! img
Capítulo 51 Inútil img
Capítulo 52 Não! img
Capítulo 53 Simples img
Capítulo 54 Bom proveito! img
Capítulo 55 Vai começar! img
Capítulo 56 Descubra por si mesmo! img
Capítulo 57 Deixa img
Capítulo 58 Só lamento img
Capítulo 59 Caiu no chão img
Capítulo 60 Quem disse img
Capítulo 61 Darius... img
Capítulo 62 Pra você img
Capítulo 63 Você quer, não é img
Capítulo 64 Saia daqui img
Capítulo 65 O que houve img
Capítulo 66 Não me testem! img
Capítulo 67 Perdeu a língua img
Capítulo 68 Cego img
Capítulo 69 A noite inteira img
Capítulo 70 Toda minha! img
Capítulo 71 Algo dentro dela img
Capítulo 72 Pede img
Capítulo 73 Verdadeira Luna img
Capítulo 74 Sim, senhor! img
Capítulo 75 Pungente img
Capítulo 76 Duvido img
Capítulo 77 Sei quem são img
Capítulo 78 Estava por ali img
Capítulo 79 Gareth I img
Capítulo 80 Gareth II img
Capítulo 81 O mesmo bando! img
Capítulo 82 Éris img
Capítulo 83 Sinete Real img
Capítulo 84 Derretendo img
Capítulo 85 Um bebê img
Capítulo 86 Fim img
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Capítulo 7 Se quiser, pode

KURT

Mas que inferno... A noite foi uma droga de um inferno!

Eu conseguia sentir o cheiro do perfume dela a todo momento. O perfume que eu tinha escolhido e que tinha casado perfeitamente com ela! Eu ouvia cada farfalhar do lençol quando ela se movia.

"- Eu disse que ela pode ser a nossa segunda chance... E ela está bem ali. Tão pertinho."

Sério, Thorin às vezes me deixava com vontade de matá-lo!

Ela não podia ser a nossa segunda chance. E se fosse, eu a odiaria. Nunca, jamais, eu aceitaria outra fêmea como minha companheira predestinada. Não. Se eu iria ter uma esposa, ela seria uma a quem eu definitivamente não poderia amar. Fêmea nenhuma voltaria a ter controle sobre mim.

O dia ainda não tinha clareado, mas eu precisei me levantar e ir tomar um banho. Eu sei que deveria ser um bem gelado, pra apagar o fogo, mas eu resolvi me deixar levar. Enquanto eu não a tocasse, tudo bem.

Ao sair do quarto, respirei fundo e olhei para a porta dela. Eu a tinha colocado no quarto ao lado do meu. Era uma questão de segurança: ela era visita, não tinha bando... Era bom pra ela e pra mim. Ou deveria ser. Mas acho que o tiro saiu pela culatra, no meu caso.

Ela estava se levantando. Eu queria ver como ela acordava. Se ela se espreguiçava, se ela estava com aqueles cabelos totalmente bagunçados, os cachos das pontas poderiam enrolar nos meus dedos e eu os puxaria, montando nela... Não!

Eu me afastei da porta, passando a mão pelo rosto. Muito perigoso. Muito perigoso. O que eu estava precisando era foder, apenas isso. Achar uma ômega - nenhuma delas nunca negou fogo - e me aliviar. Todos ficariam felizes.

"- Menos eu..."- Thorin comentou. Ele nunca mais foi o mesmo depois de Alexandra. Ora ele estava assim, deprimido, ou então, loucamente assassino.

"- Não podemos transar com ela, Thorin. Eu não posso oferecer nada além de sexo."

Todos me viam como um filho da puta sem escrúpulos, mas eu não era assim tão ruim. Sim, no campo de batalha, eu não tinha piedade. Quem quer que resolvesse arrumar briga comigo, deveria estar mais do que preparado para levar uma surra. Ou algumas mordidas. Pelo menos para isso a puta da Alexandra serviu: a minha sede por sangue e por conquista me tornaram o maior Alfa do país.

Na cozinha, uma linda ômega estava cozinhando. Ela era loira, corpo delgado... Ela sentiu a minha presença e abaixou a cabeça, como todos eles faziam. Eu não exigia esse tipo de comportamento, ele apenas ocorria naturalmente, devido ao que éramos.

- Venha cá - Eu ordenei e ela se aproximou, calmamente - Olhe pra mim.

Ela levantou o rosto e sim, ela era completamente diferente de Rosa. Ótimo.

Acariciei o rosto dela, me aproximando do corpo dela.

- Você quer?

- Sim.

Eu a segurei pela mão e a levei para trás da cozinha, na despensa. Eu adorava ter a fêmea com as costas na parede e as pernas enlaçadas no meu tronco, mas não dessa vez. Eu não conseguiria olhar para aquela fêmea. Na minha mente, outra estava ali, com os cabelos acobreados, ainda que eu não quisesse que fosse assim.

Eu precisei tapar a boca da ômega... Os gemidos dela soavam completamente errados, era insuportável. Já bastava o cheiro ser diferente! Mas quando eu finalmente consegui visualizar apenas Rosa, tudo mudou. Tudo ficou mais delicioso. Imaginei aqueles olhos avermelhados, semicerrados, enquanto eu investia contra ela, uma vez atrás da outra. Caralho!

Quando terminamos, a ômega mal conseguia ficar de pé. Ela era bem menor do que eu e acho que acabei exagerando no final.

- Tire o dia de folga. Se recupere.

Eu sei que foi escroto, mas eu não consegui nem olhar pra ela.

Só pra esclarecer: isso é comum. Sexo entre lobisomens é comum, sem precisar estar num relacionamento. Os rankings mais baixos são atraídos pelos mais altos, é uma questão de poder. Ela sabia como as coisas funcionam comigo. Todas ali sabiam e eu sempre respeitaria uma rejeição.

Aquela fêmea estava no clima, eu pude farejar e, por isso, fizemos o que fizemos.

Depois de comer, eu saí direto pro carro. Eu iria visitar a querida noivinha. Eu teria que falar com o pai dela, mas eu duvidava que ele rejeitaria o meu pedido. Ela parecia uma boa moça, mas sinceramente, eu me sentia indo para a forca.

Aquela era uma questão de cumprir um dever e, claro, uma vez que eu me comprometesse, casasse-me, Rosa estaria fora de questão. Meu peito apertou ao pensar naquilo, mas era o correto a ser feito. Rosa merecia um macho inteiro, e não um como eu.

O caminho até o bando de Giselle não foi muito longo. Não para mim. Eu queria que tivesse demorado muito mais. Eternamente.

Fui recebido muito bem, como o esperado. Alfa Gregório Starling estava mais do que alegre em me ver, com um sorriso de orelha a orelha.

- Alfa Kurt! - Ele disse e estendeu a mão para mim - É uma honra recebê-lo!

Eu não anunciei antes de ir pra lá qual o meu objetivo, no entanto, ele devia imaginar. Todos os pais de fêmeas Alfa sonhavam em casar suas filhas com outro Alfa. Se fosse de um bando forte, melhor ainda. Isso garantiria status ao bando da família da fêmea. E, na eventualidade da morte do Alfa, o outro poderia disputar pelo controle, já que ele teria a preferência, na ausência de um herdeiro do morto.

- A honra é minha, Alfa Gregório, por ser tão bem recebido.

Antes de entrar na packhouse deles, eu vi Giselle pela janela, sentada em um sofá. Ela parecia perdida em pensamentos.

Ela não era feia, longe disso. Pelo contrário. Era muito bonita. Mas ela tinha um olhar triste, mais triste do que eu havia notado da outra vez que nos vimos, já que ela se apresentou como uma mulher forte e determinada. Ela já tinha 20 anos... Não teria ela ainda encontrado o companheiro destinado, mesmo?

Nós entramos na sala e ela levantou o rosto. Eu vi o reconhecimento no olhar dela, ela sabia o motivo de eu estar ali. Eu acenei de leve e vi um sorriso no rosto dela. Não daqueles sorrisos de felicidade, mas de triunfo e aceitação.

- Sente-se, por favor! - O pai dela me ofereceu o lugar bem ao lado dela, que se arredou para o lado. Ela era magra, mas aquele sofá era muito pequeno para nós dois. Eu sou um macho um pouco grande...

- Eu posso me sentar ali - Ela ofereceu, mas o olhar que o pai dela lhe lançou indicou que se ela se atrevesse, ele não deixaria barato.

Ela não era a minha fêmea, ainda. No entanto, eu não poderia simplesmente deixar o pai dela a ameaçar assim, não é mesmo?

- Se você quiser, você pode. Eu não quero ser um incômodo - Eu falei da forma mais gentil possível e ela levantou a sobrancelha, claramente surpresa. Eu olhei para o pai dela - Eu não me importo, desde que ela fique mais confortável. Eu sei que estou ocupando muito espaço nesse sofá.

- Ah... Claro. Faça como quiser, querida - Ele disse para Giselle, que sorriu e se levantou, indo para a poltrona ao lado.

- Eu acredito que o senhor já saiba o motivo da minha visita, não é mesmo? - Eu perguntei a ele, que limpou uma gotícula de suor da testa com um lenço retirado do bolso dele. Eles dois eram muito parecidos, pai e filha. Não tinha como negar que eram ligados por sangue.

- Eu... Eu não me atreveria a imaginar, Alfa Kurt - Ele estava demonstrando respeito e, também, submissão. Ele era mais velho, porém, ele estava se subjugando a mim. Ótimo.

- Eu gostaria de pedir a mão da sua filha, Giselle, em casamento.

                         

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