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Fazia uma semana que eu havia voltado de viagem, passei 2 anos no Canadá, fiz uma especialização em direito internacional, queria melhorar meu inglês, e viver novas experiências. Quando me formei em direito, comecei a trabalhar na empresa da minha família, eu amava a área, mas sempre senti que eu precisava de mais, eu queria o mundo. Morar fora me trouxe experiência, conheci novas pessoas, amadureci, mas também perdi Helena.
Nos conhecemos na escola, moramos no mesmo condomínio, mas só nos conhecemos na escola, ela sempre foi uma menina linda, cabelos castanhos,lisos, uma pele morena, o sorriso era maravilhoso, namoramos por 3 anos, mas antes disso, fomos muito amigos e claro, acabamos ficando várias vezes, antes de eu pedir ela em namoro. Eu era apaixonado.
Helena era apaixonada por direito assim como eu, estudamos na mesma universidade, dividimos apartamento diversas vezes, nosso relacionamento era bom, levo, gostoso, mas acabou, não teve briga, não teve drama, apenas uma decisão dos dois lados. Eu queria morar fora, fazer uma especialização, ela queria ficar, trabalhar mais, ganhar mais experiência e percebemos que um namoro a distância não ia dar certo. Quando fui viajar ela me levou ao aeroporto, nos despedimos e foi isso, nos falamos algumas vezes por mensagem e ligação, mas eu não queria que ela ficasse amarrada a mim e ela o mesmo. Então aos poucos as mensagens e ligações foram ficando espaçadas, até nos falar somente em aniversários e natal.
Nessa primeira semana pós viagem, tirei para ver meus pais, alguns amigos e arrumar a minha casa, Helena estava na Espanha a 1 ano e ficaria mais um por lá, então não teria a oportunidade de vê-la. Após organizar que precisava, me matriculei em uma academia, fiz compras para casa, comprei algumas roupas para me preparar para o trabalho, hoje eu voltaria a trabalhar na empresa do meu pai, o senhor Carlos Horta.
Sai de casa às 09h00, confesso que durante o trânsito, percebi que sentia falta de casa, entrei no estacionamento,estacionei o carro em uma vaga reservada, peguei minha bolsa e meu celular, fechei o carro e subi para o escritório. Quando cheguei no escritório, passei pela secretária do meu pai e perguntei sobre ele:
Bom dia Alice, Tudo bem?
Leo, quando voltou?
Já tem uma semana, meu pai está por aí?
Está sim, porém tem alguém na sala dele, deixa só confirmar se você pode entrar.
Aguardei a ligação e logo Alice me confirmou que eu podia entrar.
Obrigada Alice.
Por nada Léo, bom te ver.
Bati na porta e abri.
Bom dia Pai, como está?
Oi filho, que bom que chegou. Não sei se você lembra, mas essa é a Luísa, a filha do Antônio Ferraes.
A moça estava com a cabeça baixa olhando uns papéis, então ela levantou o rosto e por um momento fiquei paralisado, ela era linda, cabelos cacheados, pele morena, os olhos castanhos claro e um sorriso... Fui tirado dos meus pensamentos quando ela parou na minha frente estendendo a mão.
Olá Leonardo, acho que faz muitos anos que não nos víamos.
Oi Luisa, sim, há muito tempo.
Meu pai e Antônio eram amigos desde a faculdade, mas não tive muito contato com Luísa, cidades diferentes, idades diferentes, então acabou que nunca fomos amigos. Mas a partir desse momento, acho que poderíamos ser.