Nos Braços da Maldição - Casamento Forçado
img img Nos Braços da Maldição - Casamento Forçado img Capítulo 4 O Jogo Começa
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Capítulo 6 A Maldição em Jogo img
Capítulo 7 Entre o Desejo e o Desespero img
Capítulo 8 Sombra do Passado img
Capítulo 9 O Jogo do Poder img
Capítulo 10 Um Toque de Loucura img
Capítulo 11 Corações Partidos e Conquistas img
Capítulo 12 A Química Inquestionável img
Capítulo 13 Jogos de Sedução img
Capítulo 14 Maldita Maldição img
Capítulo 15 O Preço do Controle img
Capítulo 16 Lições de Vulnerabilidade img
Capítulo 17 Expostos img
Capítulo 18 Uma Verdade Inconveniente img
Capítulo 19 Linhas Cruzadas img
Capítulo 20 Entre Dois Mundos img
Capítulo 21 O Peso do Passado img
Capítulo 22 Sombras da Verdade img
Capítulo 23 Refúgio na Bagunça img
Capítulo 24 Jogos de Poder img
Capítulo 25 Entre Linhas e Promessas img
Capítulo 26 Detalhes sobre a Maldição img
Capítulo 27 Verdades Reveladas img
Capítulo 28 O Passado Nunca Morre img
Capítulo 29 Fragmentos de Confiança img
Capítulo 30 Perto Demais do Fogo img
Capítulo 31 Confiança img
Capítulo 32 Noivos ou Inimigos img
Capítulo 33 Segredos e Revelações img
Capítulo 34 Entre Acordos e Promessas img
Capítulo 35 Segredos no Papel img
Capítulo 36 Entre os Lençois e os Segredos img
Capítulo 37 As Regras do Jogo img
Capítulo 38 A Linha Entre Desejo e Controle img
Capítulo 39 Jogos de Poder img
Capítulo 40 Desejo Poderoso img
Capítulo 41 Véus de Segredos img
Capítulo 42 Caminhos Cruzados img
Capítulo 43 Segredos e Respostas img
Capítulo 44 Limites e Decisões img
Capítulo 45 O Retorno a Nova Orleans img
Capítulo 46 Entre Jazz e Segredos img
Capítulo 47 O Jogo das Aparências img
Capítulo 48 Entre Diários e Tentação img
Capítulo 49 Velhos Fantasmas img
Capítulo 50 Propostas Perigosas img
Capítulo 51 Desejo Ardente img
Capítulo 52 Jogo de Confiança img
Capítulo 53 Confiança é Tudo img
Capítulo 54 Sombras do Passado img
Capítulo 55 Entre Promessas e Mentiras img
Capítulo 56 Um Novo Jogo Começa img
Capítulo 57 Segredos Quebrados img
Capítulo 58 O Peso da Maldição img
Capítulo 59 Revelações Silenciosas img
Capítulo 60 Fuga Impossível img
Capítulo 61 A Corda Bamba img
Capítulo 62 Um Laço Que Não Pode Ser Quebrado img
Capítulo 63 Verdades Ocultas img
Capítulo 64 Dançando com o Destino img
Capítulo 65 Entre Promessas e Mentiras img
Capítulo 66 Labirinto de Verdades img
Capítulo 67 O Peso do Silêncio img
Capítulo 68 A Dança dos Manipuladores img
Capítulo 69 Entre Propostas e Provocações img
Capítulo 70 Entre Olhares e Provocações img
Capítulo 71 Verdades Reveladas img
Capítulo 72 O Jogo de Nate img
Capítulo 73 Sob Fogo Cruzado img
Capítulo 74 Linhas Cruzadas img
Capítulo 75 Entre o Amor e a Desconfiança img
Capítulo 76 Jogos Perversos img
Capítulo 77 Xeque-Mate img
Capítulo 78 Jogando com Fogo img
Capítulo 79 Escolhas Difíceis img
Capítulo 80 A Última Cartada img
Capítulo 81 Risco Calculado img
Capítulo 82 A Verdade por Trás das Máscaras img
Capítulo 83 Entre o Passado e o Presente img
Capítulo 84 Redefinindo Lealdades img
Capítulo 85 Jogos de Poder img
Capítulo 86 Aliados e Rivais img
Capítulo 87 O Baile da Máscara img
Capítulo 88 Entre Desejo e Perigo img
Capítulo 89 Fragmentos de Verdade img
Capítulo 90 A Reunião Secreta img
Capítulo 91 O Sacrifício img
Capítulo 92 O Fim e o Começo * img
Capítulo 93 Um Novo Começo img
Capítulo 94 Epílogo : O Último Segredo img
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Capítulo 4 O Jogo Começa

Capítulo 4: "O Jogo Começa"

(Narrado por Alexander Beaumont)

Controle. Sempre foi meu mantra, minha arma, minha fortaleza. Desde que me entendo por gente, tudo na minha vida foi planejado, calculado, ajustado para atender à minha visão do mundo. Meu império, meus relacionamentos, minha imagem, tudo era moldado pelo controle que eu exercia com precisão quase cirúrgica.

Até Isabella Whitmore entrar na minha vida e bagunçar tudo.

Eu deveria odiá-la. Sua desorganização, seu caos, suas respostas afiadas que me deixavam com os nervos à flor da pele. Cada palavra dela parecia um ataque ao meu sistema, como se ela soubesse exatamente quais botões apertar para me desestruturar.

Mas, ao invés de repulsa, eu sentia algo muito mais perturbador.

Enquanto ajustava o relógio no meu pulso, no escritório do meu apartamento, lembrei do beijo. Não deveria ter acontecido. Foi um erro, uma falha no meu autocontrole. E, no entanto, tudo que eu conseguia pensar era na intensidade daquele momento, no gosto dela, no som da respiração acelerada entre nossas provocações.

Eu balancei a cabeça, tentando me livrar da memória. Não poderia permitir que ela tivesse esse poder sobre mim. Eu tinha mais com o que me preocupar. A maldição. O casamento. A pressão de manter a honra da minha família.

Mas Isabella estava ali, como um furacão prestes a destruir tudo.

Suspirei, olhando pela janela do meu apartamento em Manhattan. O brilho da cidade refletia no vidro, mas minha mente estava presa em outro lugar. Como eu tinha deixado que ela invadisse minha cabeça assim?

O som de meu celular vibrando na mesa interrompeu meus pensamentos. Era uma mensagem de minha mãe, lembrando do jantar de família naquela noite. Um evento para discutir "planos para o futuro" e, inevitavelmente, para fingirmos que essa união forçada era uma escolha racional.

Meu maxilar endureceu. Se Isabella aparecesse com seu sarcasmo, seria um teste de paciência que eu talvez não conseguisse passar.

Cheguei ao salão de jantar dos Beaumont com um nó no estômago, algo que raramente acontecia. Minha mãe estava impecável, como sempre, organizando tudo com uma eficiência fria que me lembrava constantemente de onde eu tinha herdado minha necessidade de perfeição.

- Alexander, querido - ela disse, aproximando-se para ajustar a gola do meu paletó. - Lembre-se de ser... gentil.

Eu ri, seco.

- Gentileza é a minha marca registrada.

Ela suspirou, me lançando um olhar severo.

- Isabella é... peculiar, mas precisamos encontrar um meio-termo.

"Se por 'peculiar' você quer dizer insuportável, concordo", pensei, mas mantive o comentário para mim.

Quando Isabella entrou, atrasada como sempre, todos os olhos se voltaram para ela. O vestido preto era elegante, mas tinha um corte ousado que mostrava mais pele do que minha mãe provavelmente considerava apropriado. O cabelo estava solto, caindo em ondas que pareciam bagunçadas de propósito. E aquele sorriso desafiador...

Eu me odiei por notar.

- Lamento o atraso - ela disse, sem parecer nem um pouco arrependida.

Minha mãe a cumprimentou com um sorriso forçado, e eu observei enquanto Isabella se sentava à mesa, como se fosse dona do lugar.

Durante o jantar, ela manteve a postura de sempre, insolente, espirituosa e irritantemente cativante. Quando nosso olhar se encontrou por acaso, algo dentro de mim se agitou.

- Então, Alexander - ela começou, um tom provocador na voz. - Como está sendo a experiência de trabalhar na empresa do meu pai?

Eu sorri, inclinei-me ligeiramente para frente.

- Surpreendente. Descobri que o caos tem suas vantagens.

Ela arqueou uma sobrancelha, mas antes que pudesse responder, minha mãe interveio, mudando o assunto para os planos de casamento.

- Precisamos começar a pensar na lista de convidados - ela disse, sua voz neutra. - E na data.

Isabella revirou os olhos, murmurando algo como "mal posso esperar".

Eu apertei o garfo com força. Por que ela fazia isso? Por que cada palavra dela parecia uma tentativa de me testar?

Depois do jantar, eu a encontrei no jardim. Era inevitável. Sempre havia algo que nos puxava um para o outro, mesmo que fosse apenas para brigar.

Ela estava encostada em uma das colunas de mármore, olhando para as luzes da cidade. Quando ouviu meus passos, virou-se, e o olhar em seus olhos foi o suficiente para me fazer esquecer como respirar por um segundo.

- Veio me seguir? - ela perguntou, o tom carregado de sarcasmo.

- Só queria aproveitar a vista. Não sabia que você estaria aqui.

Ela riu, cruzando os braços.

- Claro. Porque você não é do tipo que persegue, não é?

- E você não é do tipo que provoca, imagino.

O silêncio que se seguiu foi mais carregado do que qualquer discussão que já tivéssemos tido. O ar parecia eletrificado, e eu me peguei lutando contra a vontade de tocá-la.

- Você me odeia tanto assim? - perguntei, quebrando o silêncio.

Ela hesitou, mas depois sorriu.

- Você é insuportável.

- Fascinante, você quer dizer.

O brilho em seus olhos me desafiava a chegar mais perto. E eu sabia que, se o fizesse, tudo sairia do controle novamente.

Mas talvez fosse exatamente isso que eu queria.

De repente, estávamos muito próximos. Perto o suficiente para que eu sentisse o perfume dela, algo suave e irresistível. Isabella era linda demais, os seus olhos verdes pareciam duas esmeraldas enquanto me fitavam. Eu deveria me afastar, mas ela parecia ter um raio de um íman.

- Você vai se arrepender de tudo isso, Alexander - ela sussurrou, mas havia algo em sua voz, algo que me dizia que ela estava tão perdida quanto eu.

Antes que eu pudesse responder, ela deu um passo para trás, cortando a tensão.

- Boa sorte lidando com o caos - ela disse, virando-se e caminhando de volta para dentro.

Fiquei ali, sozinho no jardim, com um turbilhão de emoções que eu não sabia como processar.

Talvez fosse a maldição. Talvez fosse o destino.

Mas, mais do que qualquer coisa, era ela.

E eu não sabia se estava pronto para enfrentá-la.

"Mas enfrentá-la", pensei, "era a única opção que eu tinha."

            
            

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