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No dia seguinte as 07:00 da manhã despertador toca acordando Rebeca de uma noite bastante turbulenta cheia de sonhos.
Ela então se levanta lentamente se senta na beirada da cama e respira fundo, logo após ela segue em direção ao banheiro, ela lava seu rosto na pia e escova os dentes.
Olhando para os espelhos ela respira fundo novamente e se prepara para enfrentar aquele dia.
De repente sua mãe bate na porta na intenção de acordar a garota, mas acaba se deparando com ela já de pé se arrumando.
-Bom dia filha, já está acordada!
-Oi mãe, bom dia acordei cedo.
-E como foi sua noite meu amor, dormiu bem?
-Mais ou menos, sonhei a noite toda com o papai.
- Eu sei filha, não está sendo fácil para mim também, mas vamos ficar bem.
Elas se abraçam e juntas se preparam psicologicamente para resolver todos os preparativos junto com a funerária sobre o velório de Roberto. Descendo as escadas a campainha toca e era a supervisão da funerária que foram para ajudar Rebeca e Heloisa a preparar o funeral.
- Bom dia dona Heloisa, meu nome é Jade Norman sou supervisora da casa funerária da Serra e vim até aqui juntamente com minha equipe para ajudá-la a organizar a cerimônia do velório e deixar o Sr. Roberto impecável para se despedirem da melhor forma com a melhor qualidade porque ele merece, e antes que eu me esqueça desejo minhas condolências.
-Obrigada, entrem. Bom o que vocês precisam?
-Certo, vamos precisar da declaração de óbito, um terno do Sr. Roberto e fotos.
-Ok vou pegar para você.
-Mamãe, quem é? Gritou Rebeca
-Fica tranquila filha é só a equipe da funerária.
Em um momento como aquele não estava sendo fácil, mas Heloisa estava se mantendo forte para não preocupar Rebeca.
Algum tempo depois Heloisa volta com o os pertences de Roberto para o velório. O telefone então toca era um dos familiares preocupados desejando saber se estavam a caminho, enquanto isso estava quase tudo pronto na funerária e só faltava os pertences e claro Rebeca e Heloisa.
-Vamos filha estamos atrasadas, sua tia já ligou diversas vezes.
-Estou descendo mãe, pode me esperar no carro.
A equipe da funerária já havia saído para organizar rapidamente o que faltava e logo após Rebeca sai de casa trancando a porta e vai até o carro onde sua mãe já estava a lhe esperar. O tempo passa e elas chegam na capela e automaticamente são abraçadas e confortadas com condolências e carinhos de toda a família e amigos. Aquele dia parecia uma eternidade, mas Rebeca apenas elevava seus pensamentos a seu pai e assim lembrando todos os momentos bons que havia tido com ele, houve muitas homenagens e muito carinho até que chegou a hora de Roberto ser enterrado o que fez muitas lagrimas caírem.
Era hora de Rebeca finalmente despedir de seu pai e isso desabou a garota fazendo com que ela se debruçasse em cima do caixão chorando, Heloisa então vai a te Rebeca e a abraça assim deixando os coveiros descerem o caixão, Rebeca chega então perto da cova de seu pai e com muita dor no coração joga uma flor vermelha representando o amor que ela sentia por seu pai e em seguida joga um pouco de terra, ela então vai até sua mãe e inconformada fica em total silêncio.
Ainda não havia caído a ficha da família, mas a imagem que não saía da cabeça da garota era ver o caixão com o corpo do seu pai descendo pra nunca mais voltar. Seu coração estava destruído, despedaçado ao perceber que a pessoa que ela amava tinha ido embora para sempre e que não adiantava fazer mais nada e era o momento de ser forte e seguir em frente.
3 anos depois...
França-Europa,2018
Se passando alguns anos Rebeca ainda sentia muita falta de seu pai, mas com o tempo ela soube lidar com essa falta e seguiu em frente decidida a conquistar todos seus sonhos inclusive o maior de todos que continha uma participação de seu pai, que era montar seu próprio restaurante e isso não iria demorar muito pra acontecer, porque Rebeca estava pronta pra tudo.
Rebeca estava estudando gastronomia na França e faltava pouco menos para ela voltar a Gramados, era um sonho de muitos anos.
As aulas se tornaram essenciais para o crescimento de Rebeca pois tudo o que ela fazia era dedicado a seu pai. A cada aula e a cada curso que ela fazia aprendia mais e mais. Em um dia normal Rebeca se prepara pra sua aula e apressada por ter acordado atrasada seu telefone toca, era sua mãe.
- Oi mamãe. Falou Rebeca eufórica
- Rebeca? Filha? Você está aí?
-Sim mamãe, estou aqui. O que aconteceu?
- Não era nada filha. Eu apenas queria saber como você estava.
-Estou bem mamãe. E a senhora como esta?
-Eu estou bem filha, sinto sua falta.
-Eu também mamãe!
-Quando você volta?
-Em breve mamãe, falta pouco tempo aqui.
- Não devia ter deixado meu bebê ir para longe de mim.
-Relaxa mãe, já, já estarei de volta.
-Está bem!
-Então ok, mas agora eu preciso ir.
-Certo filha, se cuida eu te amo.
-Te amo também mamãe, beijos.
Beijo filha, até mais.
Rebeca então desliga o telefone e sai correndo para a aula pois estava atrasada, ela havia dormido demais depois de ter ido a uma festa com seus colegas do campus. Mas ouvir a voz de sua mãe foi a melhor coisa que lhe aconteceu naquele dia. Mesmo Heloisa dizendo que estava tudo bem Rebeca sentiu algo diferente como uma sensação estranha, mas pensou que poderia ser algo da sua cabeça e resolveu esquecer. Apressada então ela chega em frente à escola e ao colocar seus pés no primeiro degrau seu telefone toca novamente. Totalmente atrapalhada deixando cadernos entre outras coisas cair ela pega seu telefone na bolsa.
- Quem será agora? Tia Lúcia?
-Beca queria.
-Oi tia Lúcia.
-Meu amor é sua mãe.
-O que aconteceu com ela?
-Eu não sei muito bem, mas eu liguei pra ela, mas ela não atendeu, então fui até lá para ver como ela estava e a encontrei desmaiada no chão.