/0/14967/coverbig.jpg?v=8177a9a2b8b8298263dd4cb2ed12c33c)
- O que é isso? - Adam perguntou confuso, mas, um segundo depois, percebeu as intenções do amigo. - Você está planejando drogá-la? - perguntou ele discretamente, sussurrando, um tanto impressionado.
- O quê? Não..." Gianfranco fingiu estar ofendido. - É claro que não vou drogá-la... Isto é..." Ele apontou para o frasco, enquanto olhava para cima, um tanto pensativo. - Isso é algum tipo de estimulante.
- Como dr0gas..." Adam levantou uma sobrancelha em descrença.
- Não, não é assim...", esclareceu Gianfranco.
- Vamos ver, amigo... Então nos explique o que pretende fazer com isso? - Ryan interveio com curiosidade.
Gianfranco já havia virado o bar e pedido duas taças de champanhe.
- Megan está apenas tentando se fazer de difícil comigo, você sabe como são as mulheres bonitas, elas resistem no início, se fazem de difíceis... - Gianfranco estava explicando, quando o barman já lhe trazia as duas taças de champanhe servidas. - Mas, no final, ela será minha, não importa o quanto ela resista... Só vou acelerar o processo um pouco mais...
Assim que o barman se virou e com cuidado para não ser visto por ninguém além de seus amigos, Gianfranco abriu a pequena garrafa, liberando o líquido em uma das taças de champanhe.
- Como eu lhe disse, isso é apenas um estimulante, uma espécie de afrodisíaco muito forte, que deixará Megan louca, fará com que ela me deseje, se entregará a mim de bom grado, sem restrições... Assim que ela me provar e conhecer os prazeres da intimidade comigo... - Um sorriso malicioso se formou nos lábios de Gianfranco, enquanto ele pegava as duas taças de champanhe. - Ele não conseguirá sair do meu lado.
Os três homens sorriram um para o outro, como se um deles tivesse contado uma piada. Gianfranco deu meia-volta e retornou à sua mesa, ao lado da namorada, com as duas taças nas mãos.
- Amor... eu lhe trouxe outra bebida.
Gianfranco chamou Megan, que estava absorta observando a banda tocar no palco.
A jovem deu um pequeno sobressalto quando se virou e seu namorado lhe estendeu uma nova taça de champanhe, que ela aceitou.
Megan se sentiu mais aliviada, pois parecia que Gianfranco havia se esquecido do encontro que teriam depois da festa.
Ele começou a se comportar com calma, gentilmente, como um cavalheiro, e a irritação que havia demonstrado apenas alguns minutos antes havia desaparecido completamente.
A jovem relaxou, começou a conversar com o namorado sobre assuntos triviais enquanto bebia de seu copo, porém, com o passar dos minutos, Megan começou a sentir uma sensação estranha.
Apesar de haver ar-condicionado, ela sentiu a sala ficar mais quente, como se alguém estivesse aumentando a temperatura gradualmente, fazendo com que ela bebesse o champanhe muito mais rápido do que o normal.
Depois de meia hora, ela sentiu que a temperatura de seu corpo havia aumentado completamente, era um calor estranho que a percorria por dentro.
Seu coração estava acelerado, um formigamento incomum crescia em seu estômago, Megan estava começando a se sentir ansiosa, o que estava acontecendo com ela, será que o champanhe a havia machucado, mas ela não se lembrava de ter bebido tanto.
- Há algo errado, amor? - perguntou Gianfranco de repente, notando como a respiração de Megan estava mais agitada, suas bochechas coradas, era óbvio que o estimulante estava começando a fazer efeito.
- Não... Não... Eu... - gaguejou ela, sentindo uma chama consumindo-a por dentro. - Com licença..." A jovem se levantou da cadeira de repente. - Acho que preciso ir ao banheiro.
- Gostaria que eu a acompanhasse? - perguntou Gianfranco, mostrando uma expressão preocupada.
- Não, estou bem... De verdade... Só preciso me refrescar um pouco. - Ela respondeu, virando-se e cambaleando para trás.
- Oh, não, querida, deixe-me ir com você, parece que o champanhe fez efeito, você bebeu demais? - Ele se levantou, parando ao lado dela para pegar a mão da namorada.
Os dois caminharam em direção aos banheiros, enquanto Megan tentava andar direito, ela se sentia envergonhada, como pôde se permitir ficar bêbada a esse ponto?
Na entrada do corredor que levava aos banheiros, Gianfranco observou a namorada se afastar para entrar no banheiro feminino, enquanto um sorriso se insinuava em sua expressão.
O estimulante que ele havia usado já estava funcionando, com certeza, e em pouco tempo ele levaria Megan embora para continuar com seu plano.
- Cara, o que você está fazendo aqui? - Adam se aproximou dele por trás e parecia um pouco animado.
- O quê? - Gianfranco olhou para ele confuso.
- O novo CEO, Albert Collins, chegou. - Adam anunciou.
- Em que momento?
- Assim que você saiu do bar, ele entrou e ficou conversando com todo mundo...
- Por que não me avisou antes? - Gianfranco bufou de irritação.
- Tentei chamá-lo, mas você estava muito concentrado na sua namorada... - explicou Adam.
- Onde está o Collins? - O homem começou a olhar em volta.
- Não sei, até um pouco atrás, ele estava conversando com alguns gerentes...
- Não importa, vou procurá-lo... - Gianfranco deu alguns passos e parou, Megan ainda estava no banheiro.
Ele pensou por um momento, o estimulante já estava fazendo efeito e Megan estava no banheiro, o que aconteceria se ela saísse e não o encontrasse?
Gianfranco olhou para o relógio em seu pulso, ele ainda tinha tempo antes que o efeito do estimulante se tornasse mais intenso, ele iria e se apresentaria ao herdeiro como deveria, era o que ele estava esperando e ele tinha que começar agora, apresentando-se, porque em pouco tempo, ele se tornaria seu amigo.
Era isso que ele tinha de fazer, concluiu Gianfranco, conversaria por alguns minutos com Collins e depois voltaria para buscar a namorada.
Se ela saísse antes do banheiro, com certeza o esperaria na mesa, não havia com o que se preocupar, afinal, parecia que ele estava com sorte naquela noite, pois tudo estava correndo perfeitamente.
*
Megan estava agarrada à borda do balcão da pia, tinha se refrescado um pouco e tomado água, mas isso não a ajudou em nada.
Ela estava se sentindo cada vez pior, cada vez mais tonta, com a visão embaçada às vezes, com aquela estranha sensação de calor crescendo dentro dela.
Seu corpo gritava com ela, sua pele queimava e, em vez de pensar em ir para casa descansar, em sua mente só passava a ideia de voltar para Gianfranco e sair sozinha, para aquele encontro que ela havia rejeitado.
Algo estranho e novo estava se formando dentro de Megan, algo intenso, uma espécie de desejo.
Ela só conseguia pensar nos lábios do namorado beijando-a, nas mãos dele acariciando sua pele e, com essas imagens em sua mente, sua barriga latejava freneticamente.
"O que está acontecendo comigo?", ela se perguntava enquanto se olhava no espelho, "tenho que me controlar...", ela inalou profundamente, sua mente estava ficando nebulosa, era como se ela não conseguisse pensar com clareza e ser coerente.
Ela estava agarrada com força à parte superior da pia, sem nem mesmo perceber que algumas mulheres passavam por ela, de lado, olhando-a de forma estranha.
Ela já estava no banheiro há muito tempo e só queria fazer uma coisa: voltar para Gianfranco. Então, sentindo-se mais tonta do que antes, a garota saiu do banheiro e voltou pelo corredor, segurando-se na parede e, logo na entrada do corredor, viu-se nos braços do namorado, no qual se jogou sem hesitar.
- Nós deveríamos ir...", Megan murmurou, levantando o rosto para olhar para o namorado, mas sua visão estava embaçada novamente.
- O que foi? - respondeu ele.
- Por favor, eu quero ir embora com você...", ela murmurou suplicante. - Eu quero fazer isso, quero me entregar a você, esta noite... Vamos lá.
*
Albert Collins era o homem que todos esperavam ver, o herdeiro da família Collins/Sinclair, que em um futuro próximo se tornaria o homem mais rico e poderoso do país, havia chegado a uma importante festa organizada em sua homenagem.
Ele havia acabado de voltar do exterior, onde passou os últimos cinco anos fazendo seus estudos universitários, nos quais já havia se formado com louvor.
Por esse motivo, seus pais, Maximo e Isabella, o designaram para assumir o comando de uma das maiores empresas da família, o que lhe daria prática e seria uma boa experiência para sua futura posição como chefe da família.
É claro que isso era apenas um aprendizado, pois Albert tinha muito a aprender, mas ele tinha que começar de algum lugar.
Albert chegou ao enorme salão, que havia sido finamente decorado, e somente pessoas da mais alta sociedade estavam presentes para receber o novo CEO da empresa.
Assim que o homem entrou, um turbilhão de pessoas começou a se aproximar dele, todos queriam se apresentar, todos queriam apertar sua mão, todos queriam ser seus amigos sem nem mesmo conhecê-lo. Era uma situação constrangedora, pois Albert estava em uma situação de risco.
Era uma situação constrangedora, carregar o peso do sobrenome de sua família não era fácil.
A maioria das pessoas sorria hipocritamente para ele, as mulheres o abordavam com interesse e todos sempre queriam obter algo dele.
É por isso que Albert detestava esse tipo de evento, para o qual ele vinha apenas como um compromisso e onde não pretendia ficar por muito tempo.
Por decência e pelas boas maneiras que havia aprendido, Albert estendia a mão a todos que podia, sempre mantendo-se sério e formal.
Todos que o conheciam à primeira vista acabavam pensando que ele era um homem mal-humorado e arrogante, assim como seu pai, mas para sua família e amigos mais próximos, Albert era exatamente o oposto, era um homem amoroso, gentil, sociável e muito bem educado.
Depois de um longo tempo de saudação e de uma conversa com alguns gerentes sobre as principais questões da empresa, nas quais ele estava interessado, Albert decidiu que era hora de ir embora.
O homem se desculpou e foi para os banheiros, usando isso como desculpa para ir embora.
Quando ele chegou à entrada do corredor, uma mulher praticamente se jogou em seus braços.
- Devemos ir...", murmurou a mulher, erguendo o rosto e fazendo com que o coração de Albert pulasse uma batida.
A beleza daquela jovem lhe causou um grande impacto, pela primeira vez em sua vida, Albert se sentiu nervoso na presença de uma mulher, seu corpo reagiu à proximidade daquela visão de mulher, apesar de ela ser uma completa estranha.
- O que foi? - respondeu ele, atônito, sentindo seu pulso acelerar.
- Por favor, eu quero ir embora com você...", ela sussurrou suplicante. - Eu quero fazer isso, quero me entregar a você, esta noite... Vamos.