De Rio a Munique: O Renascimento de Danna
img img De Rio a Munique: O Renascimento de Danna img Capítulo 4
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Capítulo 4

Danna não disse nada. A crítica dele não era sobre o vestido, era sobre ela não ser a mulher que ele realmente queria. Ela ficou em silêncio o resto do caminho para casa, a resignação pesando em seu coração.

Nas semanas seguintes, Danna se dedicou a aprender alemão. Ela passava horas com fones de ouvido, repetindo frases, preparando-se para sua nova vida. Hugo mal notava. Ele chegava tarde, saía cedo, sua vida girando em torno do trabalho e, ela suspeitava, de Lilith.

Uma noite, Danna e sua equipe de dança foram comemorar o contrato fechado para o desfile. Ela bebeu mais do que deveria, o álcool liberando toda a tensão e a dor acumuladas.

Ela riu, dançou e, no final da noite, estava completamente bêbada, apoiada em sua melhor amiga, Clara.

"Preciso ligar para o Hugo," disse Clara, pegando o celular.

Clara ligou. Hugo atendeu com uma voz irritada. "O que foi?"

"É a Danna, ela bebeu demais. Você pode vir buscá-la?"

Houve uma pausa. "Onde vocês estão? Estou ocupado."

Clara deu o endereço, e Hugo, com relutância, concordou em ir.

Quando ele chegou, seu rosto era uma carranca. Ele olhou para Danna, que mal conseguia ficar de pé, com desaprovação.

"O que aconteceu? Você não deveria estar se comportando assim, é pouco profissional."

Danna, em sua embriaguez, apenas procurou o conforto de seus braços. "Hugo... me leva para casa."

No carro, ela adormeceu em seu ombro. Ele olhou para ela, vestida com uma calça jeans e uma camiseta simples.

"Pelo menos hoje ela está vestida de forma normal," ele pensou, preferindo a imagem dela discreta e apagada à mulher vibrante de vestido vermelho.

Eles chegaram em casa. Ele a ajudou a ir para a cama. A proximidade, a vulnerabilidade dela, acendeu algo nele. Eles fizeram amor, mas desta vez foi diferente, mais desesperado.

No meio da noite, o telefone de Hugo tocou. Era Lilith.

"Hugo, estou com febre, não estou me sentindo bem," ela disse, com a voz fraca.

Ele se levantou da cama imediatamente, sem hesitar. "Estou indo para aí."

Danna, meio acordada, ouviu tudo. Ela o viu se vestir às pressas.

Quando ele estava saindo do quarto, ouviu-o dizer ao telefone, com uma voz cheia de preocupação e algo mais, algo que ele nunca usou com ela:

"Não se preocupe, Lilith... eu ainda te amo. Sempre amei."

A porta do apartamento se fechou, deixando Danna sozinha na escuridão, com o eco daquelas palavras destruindo o que restava de seu coração.

                         

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