Capítulo 3 O que acontece quando vivemos com os familiares após a lua de mel

Eu me casei aos meus 25 anos em junho de 2015. Só para você ter uma ideia, depois da minha lua de mel, eu não fui diretamente para minha casa, tive que viver durante 8 meses na família do meu esposo, coisa que nem estava nos nossos planos. Nós tínhamos tudo para irmos em nossa casa, mas de repente meu esposo ao sairmos do hotel da lua de mel, disse que não iriamos para nossa casa, mas sim para casa dos seus familiares porque a nossa casa estava com algumas obras ( a falta de agua e cama para dormir), que não daria ainda para entrar.

Fiquei sem palavras, tentei questionar, mas vi que aquele momento não era apropriado porque tinha outras pessoas no carro.

Sem perceber esta situação já estava abrir portas para que a nossa relação tivesse vários problemas.

Imagina uma pessoa que se casa, para além de conviver com os hábitos do seu esposo é obrigada a conviver com os hábitos dos seus familiares.

O que aconteceu neste perídio?

Durante esta fase, tive que me adaptar com os hábitos do meu esposo e com o hábito de seus familiares, confesso que foi a coisa mas difícil da minha vida. Sempre fui independente, comecei a viver sozinha muito cedo, batalhei muito para conseguir as coisas, quando vou para casa dos familiares do meu esposo, comecei a ser dependente deles, porque estava sobre o teto deles, não fazia o que queria, não comia o que queria, não tomava banho a hora que queria, tudo tive que depender e me enquadrar na realidade de vida deles, porque para além de nós viviam outras pessoas, crianças e muito mas. Naquele momento eu me perguntei: Meus Deus porque esta provação? Mas logo de imediato disse: em tudo devemos dar graças a Deus.

Imagina nesta fase tudo que eu tive que enfrentar. As vezes evitava opinar certas situações por causa do nosso testemunho, houve momentos em que eu me sentia mal em saber que a irmã do meu esposo teve que ceder o quarto em que ela dormia para passar a dormir no sofá da sala. Doeu-me mais ainda, quando uma das crianças chegou para mim e disse : tia estas no nosso quarto. Chorei muitas vezes, mas eles não percebiam, mas em tudo sempre dizia eu vou vencer esta situação. na verdade a minha vida naquela casa foi uma lição vida e uma bênção.

Acontece que o tempo foi passando, e o meu esposo não se mexia, visto que em casa ele estava acomodado. Sempre que acordava eu olhava para o meu esposo e sentia que ele não estava revoltado com esta situação, porque em casa de seus familiares ele não precisava se preocupar bastante com as necessidades diárias da casa (agua, luz, alimentação.), tinha quase tudo, mas sem ele perceber que a cada dia eu me sentia oprimida, sem espaço, sem privacidade, sem lugar, até que um dia, eu numa quarta-feira de dezembro de 2015, levantei-me bem revoltada e orei a Deus e disse: as vezes Deus, para que as pessoas despertem , precisamos tomar atitudes que podem não ser boa para muitos, mas que será a solução do problema. Peguei na minha mala, arrumei a minha roupa, suas irmãs ficaram a observar-me e eu disse a elas: vou para nossa casa nos coqueiros, entrarei nela mesmo sem ter cama.

Tomei esta atitude, lembro que neste dia o meu esposo foi trabalhar e quando ele chegou em casa ele perguntou: onde esta a minha mulher?

As irmãs responderam: ele não te despediu?

Ele respondeu: Não.

Então meu marido seguiu-me ate a nossa casa, e só assim vencemos esta situação. Porque alguém teve que tomar uma atitude, caso não, ficaríamos por longos anos.

Lembro que quando ele chegou em casa a primeira coisa que ele disse foi: Você tinha razão de virmos para nossa casa, sinto-me mas leve, mas à-vontade. Lembro-me que neste dia, Deus abriu as portas e a nossa casa ficou pronta em um mês, fomos comprando as coisas ate que quando demos por conta já tínhamos tudo. naquele momento as coisas so estavam paradas porque nós estávamos parados, quando eu disse Deus eu não aceito mas esta humilhação, então Deus começou agir.

            
            

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