Contrato de casamento com viúvo bilhionario
img img Contrato de casamento com viúvo bilhionario img Capítulo 5 Acusada injustamente
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Capítulo 7 Esclarecendo as coisas img
Capítulo 8 Alexander e Liz conversam img
Capítulo 9 A proposta img
Capítulo 10 Se entregando ao desejo img
Capítulo 11 Entregues a paixão img
Capítulo 12 Medo de se apaixonar img
Capítulo 13 Conhecendo a filha de Alexander img
Capítulo 14 Tamara fica enciumada img
Capítulo 15 Liz vai morar com Alexander img
Capítulo 16 O casamento img
Capítulo 17 Alexander se sente culpado img
Capítulo 18 O triunfo de Liz img
Capítulo 19 Com medo de perder img
Capítulo 20 Confrontando Lúcio img
Capítulo 21 Crise de ciúmes img
Capítulo 22 A noite de núpcias img
Capítulo 23 Liz x Tamara img
Capítulo 24 Alexander acredita em mentiras img
Capítulo 25 Liz ameaça ir embora img
Capítulo 26 Discussão termina na cama img
Capítulo 27 Usando o desejo a seu favor img
Capítulo 28 Dominados pelo desejo img
Capítulo 29 Entregues ao prazer img
Capítulo 30 poderosa img
Capítulo 31 Será que ela é inocente img
Capítulo 32 Alexander descobre a verdade img
Capítulo 33 Fazendo as pazes com amor img
Capítulo 34 Liz fica com ciúmes img
Capítulo 35 Carinho depois do amor img
Capítulo 36 Acerto de contas com Tamara img
Capítulo 37 Um Recomeço img
Capítulo 38 Clima quente img
Capítulo 39 Uma suspeita img
Capítulo 40 Uma certeza img
Capítulo 41 Plano cruel img
Capítulo 42 Liz diz que está grávida img
Capítulo 43 Rejeição img
Capítulo 44 Três meses depois ... img
Capítulo 45 Alexander procura Liz novamente img
Capítulo 46 Pedido de desculpas img
Capítulo 47 A chantagem img
Capítulo 48 A fuga img
Capítulo 49 Dois anos depois ... img
Capítulo 50 Tamara apronta novamente img
Capítulo 51 Alexander encontra Liz img
Capítulo 52 Um filho img
Capítulo 53 Discussão acalorada img
Capítulo 54 Pedindo uma segunda chance img
Capítulo 55 Enciumado img
Capítulo 56 Se entregando a paixão img
Capítulo 57 Arrependida img
Capítulo 58 A volta de Liz img
Capítulo 59 Discutindo com Tamara img
Capítulo 60 Um mal entendido img
Capítulo 61 Liz não perdoa Alexander img
Capítulo 62 Expulsa da mansão img
Capítulo 63 Tentando se acertarem img
Capítulo 64 O sequestro img
Capítulo 65 Uma revelação chocante img
Capítulo 66 Horas de desespero img
Capítulo 67 A recuperação img
Capítulo 68 Uma bela surpresa img
Capítulo 69 A comemoração img
Capítulo 70 Conquistando a felicidade img
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Capítulo 5 Acusada injustamente

Liz discou com dedos trêmulos, o coração disparando como se uma parte dela ainda acreditasse. Mas tudo o que ouviu foi uma voz mecânica e fria: "O número que você chamou está desligado ou fora da área de cobertura."

Tentou de novo. Mais três vezes. Nada. O mesmo silêncio doloroso. A mesma ausência. A esperança foi dando lugar à humilhação, ao cansaço de confiar.

- Eu sou mesmo uma idiota - murmurou, devolvendo o celular a Valéria. - Acreditar em homem de novo... eu sou uma burra.

- Ei, não fala assim. Você só é boa demais. E gente boa demais sempre espera o melhor dos outros.

Valéria era uma mulher de quarenta anos, enfermeira há décadas, com um coração enorme e um olhar cheio de compaixão. Quando soube que Liz não tinha pra onde ir, ofereceu sua casa. Um pequeno apartamento onde, de tempos em tempos, seu namorado Afonso dormia algumas noites,o que deixou Liz apreensiva ,achando que ia lhe atrapalhar e então ela lhe falou sobre isso.

- Ele não fica lá direto, só às vezes. Você pode usar o sofá ou meu colchão reserva. Não é muito, mas é limpo e seguro - disse Valéria.

Liz, sem ter outra escolha, aceitou. O que mais podia fazer? Ela não tinha um real no bolso, nem documentos. Sua última esperança havia sumido como poeira.

Juntas, foram até a casa dos pais de Liz. O reencontro foi como uma faca atravessando o peito. A mãe, ao vê-la, fez o sinal da cruz.

- Você voltou pra nos envergonhar mais ainda? - cuspiu as palavras com desprezo.

- Suja. Contaminada pelo pecado. Queimei suas roupas. Não quero nada seu aqui!

Liz, em silêncio, lutou para não desmoronar. Só pediu seus documentos. O pai entregou um envelope murcho, sem olhar em seus olhos.

- Some daqui. E não volta nunca mais.

De volta ao pequeno apartamento de Valéria, Liz tentava se adaptar. Valéria tinha uma filha da mesma idade que Liz ,que morava com o pai e havia deixado algumas roupas para trás - roupas que agora aqueciam Liz. Ela retribuía limpando a casa, cozinhando, tentando ser útil. Nos dias em que terminava cedo, saía pelas ruas em busca de um emprego. Mas a resposta era sempre a mesma: "Sem experiência? Sem estudos ? Sem chance."

E Alexander? Nunca mais deu sinal. Depois de semanas tentando ligar - sempre caixa postal -, Liz desistiu. Rasgou o papel com o número dele e jogou fora com raiva.

Mas o golpe final ainda estava por vir.

Valéria estava de plantão. Liz já havia jantado, tomado banho, e se trancado no quartinho improvisado. Ouvia música baixinho, tentando distrair a mente.

Foi quando Afonso apareceu.

Ela ouviu a chave na porta e prendeu a respiração. Ele nunca ia lá quando Valéria não estava. Mas naquela noite, entrou sorrateiro, sem dizer palavra. Liz sentiu o cheiro de álcool antes mesmo de vê-lo.

- Tá sozinha, hein? - disse, encostando no batente da porta do quarto.

- A Valéria não vai voltar tão cedo, não é?O que você acha de nós divertimos um pouco enquanto ela não chega ?

Liz gelou. Se encolheu na cama, o lençol agarrado ao corpo. Ele deu um passo para dentro.

- Sai daqui, Afonso.

- Ah, qual é, gata... Não vai fazer doce agora. Eu sei que você fica me olhando....Eu sei que vide me quer.

Ela gritou.

Tentou correr, mas ele a agarrou pelo braço com força. Tentou beijá-la à força. Ela o empurrou, o arranhou, chutou, gritou de novo.

Foi quando a porta se abriu com violência. Valéria. Tinha trocado de plantão com uma colega e chegado mais cedo. O que viu foi Liz no cama com Afonso sobre ela tentando lhe beijar apesar dela lutar contra ele como uma leoa ele acabou conseguindo.

Quando percebeu a presença de Valéria ele pulou de cima de Liz e fez uma cara de vítima.

- Valéria, meu amor ...eu não queria ...ela me provocou! Eu vim buscar um casaco e ela me seduziu me afastando para seu quarto.Tentei sair, ela me agarrou!

Liz chorava, em choque, tentando explicar, mas Valéria estava cega, pela raiva ,com certeza acreditando no namorado.

-Me traindo ,Liz? Depois de tudo que fiz por você? É assim que me paga ?

- Não! Pelo amor de Deus, ele tentou me agarrar! Ele...

- Chega! Eu devia ter te deixado você ir para rua de onde veio e de onde vagabundas como você deve ficar ! Some da minha casa agora!

E assim, como num pesadelo que se repetia, Liz voltou às ruas.

Sem Alexander. Sem Valéria. Sem pai. Sem mãe. Sem ninguém.

Valéria só lhe deu tempo de juntar as roupas que lhe deu seus documentos e sair.

Ela andou até que as pernas não aguentaram mais. Sentou-se no meio-fio de uma rua escura, encolhida, sentindo o gosto salgado das lágrimas e da vergonha.

A madrugada foi cruel. O vento cortava a pele como lâmina fina e invisível. Liz, encolhida entre caixas de papelão em frente a uma loja fechada, não conseguia pregar os olhos. O frio era apenas um dos inimigos. Os verdadeiros perigos estavam à espreita, escondidos nas sombras - homens bêbados, olhares lascivos, ameaças sussurradas nas esquinas.

Ela ficou acordada. Sempre alerta. Sempre com medo.

O céu começou a clarear, tímido, sobre os prédios de São Paulo, e Liz levantou-se com as pernas trêmulas. Os pés doíam, os olhos ardiam, o estômago roncava de fome. Vagueou pelas calçadas como um fantasma, ignorada pelas pessoas apressadas que desviavam o olhar.

Até que, atraída pelo cheiro de pão fresco e café quente, parou em frente a um restaurante elegante. As vitrines exibiam doces cobertos de glacê, croissants dourados, sucos coloridos. Sua barriga estremeceu.

Ela não tinha um centavo.

- Você está bem, querida?

A voz suave a fez se virar. Diante dela, uma senhora impecavelmente vestida, de cabelos loiros presos num coque elegante, usava salto alto e um casaco bege de grife. Seu perfume era doce e caro.

- Venha tomar um café comigo. É por minha conta.

Liz hesitou, desconfiada. Mas a fome falou mais alto.

Sentaram-se à mesa perto da janela. A mulher pediu dois cafés, pães de queijo, bolo e frutas. Liz comeu devagar, com vergonha, tentando manter a dignidade enquanto devorava tudo. A mulher a observava com olhos avaliadores.

- Qual é o seu nome?

- Liz.

- Tem quantos anos?

- Dezenove.

- Mora onde?

- Em lugar nenhum.

            
            

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