Roubada no Altar pelo chefe da Máfia
img img Roubada no Altar pelo chefe da Máfia img Capítulo 4 Acordo
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Capítulo 8 Senhora Black img
Capítulo 9 Resposta img
Capítulo 10 Sou sua img
Capítulo 11 Quem é Tamy img
Capítulo 12 Frio img
Capítulo 13 Testamento img
Capítulo 14 Livre dele img
Capítulo 15 Enfrentando img
Capítulo 16 Faça img
Capítulo 17 Esposa img
Capítulo 18 A senhora da casa img
Capítulo 19 A esposa img
Capítulo 20 Matou por ciúmes img
Capítulo 21 Me deixa ter você img
Capítulo 22 A segunda vez img
Capítulo 23 Hímem estrelado img
Capítulo 24 Me enganaram img
Capítulo 25 O café img
Capítulo 26 Um homem img
Capítulo 27 Juntas img
Capítulo 28 De jeito nenhum img
Capítulo 29 Juntas img
Capítulo 30 Tem certeza img
Capítulo 31 Era tarde img
Capítulo 32 Eu resolvo img
Capítulo 33 Lagosta img
Capítulo 34 Diferente img
Capítulo 35 No chuveiro img
Capítulo 36 Sensibilidade img
Capítulo 37 Estranho img
Capítulo 38 Falsa img
Capítulo 39 Teste img
Capítulo 40 Não me provoque img
Capítulo 41 Shopping img
Capítulo 42 Seu lugar img
Capítulo 43 Se toque img
Capítulo 44 Garota tola img
Capítulo 45 Abre os olhos img
Capítulo 46 Pendrive img
Capítulo 47 Resolva img
Capítulo 48 No escritório img
Capítulo 49 Peixe img
Capítulo 50 Salvou a noite img
Capítulo 51 Insônia img
Capítulo 52 Robe img
Capítulo 53 Pesquisa img
Capítulo 54 Tá gostoso img
Capítulo 55 Cheguei img
Capítulo 56 Entrevista img
Capítulo 57 Culpada img
Capítulo 58 O padrasto img
Capítulo 59 O CEO img
Capítulo 60 A verdade img
Capítulo 61 A mãe img
Capítulo 62 Walter img
Capítulo 63 Emma img
Capítulo 64 CEO img
Capítulo 65 Invasão nos Mendez img
Capítulo 66 Uma menininha img
Capítulo 67 Me deixe cuidar img
Capítulo 68 Comigo img
Capítulo 69 Amanhã img
Capítulo 70 Não se iluda img
Capítulo 71 Posso ficar com ela img
Capítulo 72 Marionete img
Capítulo 73 Dívida img
Capítulo 74 No escritório img
Capítulo 75 O que foi img
Capítulo 76 Cirurgia img
Capítulo 77 Tantas mudanças img
Capítulo 78 Na Suiça img
Capítulo 79 Sem dó img
Capítulo 80 Impossível img
Capítulo 81 Grávida img
Capítulo 82 A irmã img
Capítulo 83 Aceita img
Capítulo 84 O Consigliere img
Capítulo 85 Trabalhar pra mim img
Capítulo 86 Mentiu img
Capítulo 87 Liga pra ela img
Capítulo 88 Plano img
Capítulo 89 SOS img
Capítulo 90 Essa mulher img
Capítulo 91 Grávida do... img
Capítulo 92 Não vai contar img
Capítulo 93 Esperança img
Capítulo 94 É assim img
Capítulo 95 Deixa pra depois img
Capítulo 96 Dormiu img
Capítulo 97 Vai me matar img
Capítulo 98 Não é o que parece img
Capítulo 99 Fala demais img
Capítulo 100 Bom trato img
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Capítulo 4 Acordo

Capítulo 4

Riley Collins

Passei o resto do dia trancada no quarto, encarando o teto como se ele pudesse me dar uma resposta. Meus pensamentos giravam em círculos viciosos: Emma, Luca, e o que eu faria agora sendo prisioneira naquela casa absurda.

Pedir não bastaria. Gritar? Menos ainda. Luca era um tipo de homem que só ouvia quando era provocado - ou desafiado.

Se eu quisesse alguma coisa dele, teria que jogar com as cartas dele.

Seduzir Luca Black? Só de pensar nisso, meu coração acelerava. Era como tentar domar uma fera selvagem. Mas... era minha única chance. Se eu ganhasse a atenção dele, talvez conseguisse o que realmente importava: acesso à Emma.

No fim da tarde, bateram à porta. Uma mulher entrou empurrando uma arara de roupas com tanto cuidado que parecia carregar joias.

- O chefe pediu que essas peças fossem entregues à senhora. Estão separadas por dia da semana. - Ela falou baixo, sem me encarar diretamente.

Típico. O "chefe" mandando roupa como se fosse meu dono.

Me aproximei, analisando os vestidos nos cabides dourados, os conjuntos sociais. Eram lindos, caros, elegantes, mas frios. Todos sem decote, sem fenda, sem nenhuma ousadia.

"Claro... ele quer uma esposa de vitrine, não de cama." Sorri, amarga.

Abri uma das gavetas da cômoda e então congelei. No meio dos tecidos organizados estava uma peça de lingerie preta, rendada e minúscula.

- Mas que diabos é isso? - sussurrei, erguendo a peça no ar com as pontas dos dedos.

Fiquei ali tentando entender onde aquela tira começava ou terminava. E foi quando a porta rangeu atrás de mim.

- Já tentando me seduzir? - A voz grave e debochada dele cortou o ar.

Travei. Meu corpo inteiro ficou tenso, os ombros enrijeceram e eu ainda segurava aquela maldita lingerie no ar.

- Pensei que seria mais astuta - ele continuou, com desprezo. - Isso não te ajuda em nada. Odeio esse tipo de mulher.

Tive que pensar rápido. Joguei a peça em cima da cama e me virei, fingindo tédio.

- E do que você gosta, então, "chefe"? - rebati, sem recuar. - Porque, pelo que li na sua lista de regras, você não gosta de absolutamente nada. Ah, e a lingerie... nem é minha. Alguém deve ter deixado aqui. Aliás, eu também odeio. Coisa vulgar.

Ele se aproximou com aqueles passos calmos e ameaçadores. Os olhos frios se fixaram nos meus. A mandíbula dele parecia de concreto.

- É de uma amante antiga - disse, seco.

- Parabéns pra ela - respondi, virando de costas e guardando a peça como quem devolve lixo. - Usar isso deveria valer um troféu.

- O que você pretende, Riley?

Me virei devagar.

- Eu só preciso ver minha irmã. Mais nada... por enquanto.

Ele ficou em silêncio, me estudando. A tensão entre nós era quase palpável. Podia ouvir minha própria respiração, mais acelerada do que eu gostaria.

- Sei que não tenho nada pra te oferecer além do que você já comprou nesse casamento absurdo - continuei, engolindo o orgulho. - Mas se tiver um pingo de humanidade aí dentro, me deixa vê-la. Só uma visita.

Ele deu um passo pra trás, deu de ombros com descaso.

- Não tenho tempo pra isso. Reuniões, contratos, as vezes estou matando homens, ou tentando não morrer... - murmurou com indiferença. - Mas quem sabe... se você implorar, eu mude de ideia.

Meus punhos se fecharam. A raiva subiu como fogo, mas a imagem de Emma entubada me forçou a engolir tudo.

- Eu faço qualquer coisa.

Os olhos dele brilharam. Era o que ele queria. Ver até onde eu iria.

- Qualquer coisa, é? Então ótimo. Quero que catalogue, limpe e reorganize todo o arquivo da casa. Cinco salas. Décadas de papelada. Ninguém ousa mexer lá desde meu pai. Resolva isso até amanhã à noite.

Dei um passo pra trás, chocada.

- Isso é impossível!

- Pensei que estávamos testando "qualquer coisa", não? - Ele sorriu de lado, já se afastando. - Surpreenda-me.

Respirei fundo, como se pudesse puxar coragem pelo ar.

- Combinado. Mas não volte atrás com a sua palavra...

Ele se virou de volta, se aproximou devagar. Segurou meu queixo entre os dedos, me forçando a encará-lo. Eu odiava esse gesto.

- Aqui quem manda sou eu, docinho. Eu decido até se você levanta da cama ou se fica deitada. Se abre as pernas ou fecha. Mas... pra sua sorte, sou um homem de palavra. Faça o que mandei e ganha um pedido. Só um.

Ele inclinou o rosto, querendo me beijar. Mas virei a cabeça. E ele odiava rejeição.

Sem dizer mais nada, virou as costas e saiu. Eu não sabia o que isso iria me custar.

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Horas depois, eu ainda estava na biblioteca central, coberta de poeira até os joelhos. Separava pilhas, abria fichários mofados e rabiscava uma lousa improvisada com marcador vermelho.

Organizei por cor, data e urgência. Encontrei contratos irregulares, registros duplicados, até uma assinatura falsificada do pai dele.

Eu estava focada, tentando não pensar nele, porque não tinha até amanhã, queria ver Emma bem cedo. Foi quando ouvi passos firmes e me virei devagar.

Luca estava parado na porta.

- Encontrei um sistema de arquivamento que nem os seus seguranças conheciam - falei, sem desviar os olhos dos papéis. - Achei documentos estranhos. Inclusive um contrato assinado falsamente com o nome do seu pai.

Ele não respondeu de imediato.

- Você leu tudo isso?

- Ainda não. Mas já sei onde encontrar o que ninguém quer que seja visto. Me traga um notebook. Vou digitalizar tudo. Mas o que você me pediu... está feito.

Ele coçou a mandíbula. Ficou ali parado, me encarando com um olhar que oscilava entre dúvida e respeito.

- Vá ver sua irmã. Sete da manhã. Um carro vai te levar. Não tenho tempo pra isso.

Parei tudo. Me virei, encarei ele.

- Obrigada...

- Não me agradeça. Ainda não confio em você.

- Não precisa confiar. Só... mantenha Emma viva.

Ele hesitou. Me olhou por mais um segundo. Depois virou as costas e saiu.

Eu fiquei ali. Suada, exausta... mas vitoriosa. Pela primeira vez desde que entrei nessa casa, eu sorri. Não pra ele, porque estava proibida. Pra mim.

Porque eu tinha vencido a primeira rodada.

Mas, quando voltei pro quarto, meu sorriso morreu.

Luca estava lá, de costas, afrouxando a gravata e tirando os sapatos como se aquilo fosse normal.

Ah, não. O que ele pensa que vai fazer agora?

            
            

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