Rejeitada Pelo Meu Alfa, Reivindicada Pela Minha Coroa
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Capítulo 2

Ponto de Vista de Elena:

Virei-me da porta, meu coração um peso de chumbo no peito, e caminhei pelo corredor longo e ecoante. Eu precisava sair, respirar um ar que não estivesse denso com o cheiro dele e suas mentiras.

E então eu a vi.

Lira vinha em minha direção, um sorriso presunçoso e triunfante no rosto. Ela deve ter escapado da celebração.

"Elena," disse ela, sua voz escorrendo falsa surpresa. "O que você está fazendo, se esgueirando pelos corredores? Veio estragar a noite especial do meu filho?"

Uma risada sem humor escapou dos meus lábios. "A noite especial do seu filho? Eu não sabia que renegados realizavam tais cerimônias."

Seus olhos se estreitaram. A máscara de doçura caiu, revelando o veneno por baixo. "Damião o ama. Ele me ama. Ele até me deixou mudar para a casa do Alfa. Ele diz que meu cheiro o acalma." Ela deu um passo mais perto, sua voz baixando para um sussurro conspiratório. "Na verdade, ele vai oficializar tudo."

Meu estômago se revirou. "Do que você está falando?"

"Ele vai dar ao meu filho um nome apropriado, um lugar nesta alcateia. E para fazer isso," ela saboreou as palavras, "ele vai rejeitar você formalmente. Então ele realizará o ritual de acasalamento comigo. Eu serei sua Luna."

As palavras foram um golpe físico. O elo, a ligação sagrada entre Damião e eu, parecia estar sendo esticado até o ponto de ruptura. A dor era tão intensa que eu cambaleei, agarrando-me à parede para me apoiar. Rejeitar uma companheira destinada era cuspir na cara da Deusa da Lua.

Nesse exato momento, vi Damião virando o corredor no final do corredor.

Lira também o viu. Toda a sua postura mudou em um instante. Seu rosto se contorceu em uma máscara de terror.

"Aah!" ela gritou, um som agudo e teatral. Ela tropeçou para trás, arranhando o próprio braço com as unhas, fazendo sangue escorrer. "Por favor, Elena, não!", ela chorou, desabando em um monte no chão.

Ela olhou para mim, lágrimas escorrendo pelo rosto. "Me desculpe! Me desculpe por ter feito Damião feliz! Por favor, não me machuque!"

Damião estava lá em um piscar de olhos, sua velocidade de Alfa um borrão. Ele nem sequer olhou para mim. Foi direto para Lira, pegando-a em seus braços.

"O que você fez?", ele rosnou, seus olhos dourados ardendo de fúria, seu olhar fixo em mim.

Ele não precisou dizer as palavras em voz alta. Eu senti aquilo me atingir, uma onda de poder puro e irresistível. O Comando do Alfa.

"Vá para casa. Pare de se envergonhar aqui."

O comando era absoluto. Ele contornou meus pensamentos, minha vontade, e tomou o controle do meu corpo. Cada músculo gritava em protesto, cada terminação nervosa queimava com o esforço para resistir, mas meus pés já estavam se virando, forçando-me a obedecer. Isso era uma perversão da autoridade do Alfa, uma ferramenta destinada à defesa da alcateia agora usada para controlar sua própria companheira. A dor era imensa, como se meus próprios ossos estivessem em guerra com minha pele.

"Ele é seu companheiro," minha loba interior choramingou, confusa e magoada.

Consegui cerrar os dentes, forçando as palavras a saírem através do peso esmagador de seu comando. "Você se esqueceu, Damião? Eu sou sua Companheira."

"Não seja irracional, Elena," disse ele, sua voz fria enquanto embalava Lira protetoramente. "Apenas vá para casa."

Meu coração se partiu em um milhão de pedaços minúsculos. Olhei para ele, para o homem que eu pensava ser meu destino, e uma calma fria me invadiu.

"Eu te dei uma chance, Damião," sussurrei, as palavras perdidas no salão cavernoso.

Então, virei as costas para ele. A força de seu comando ainda pulsava através de mim, tornando cada passo para longe dele um novo tipo de agonia.

            
            

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