Os Bebês do Médico Mafioso
img img Os Bebês do Médico Mafioso img Capítulo 1 (Do-hee)
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Capítulo 6 Shin-yu img
Capítulo 7 Shin-yu img
Capítulo 8 Shin-yu img
Capítulo 9 Do-hee img
Capítulo 10 Shin-yu img
Capítulo 11 Shin-yu img
Capítulo 12 Enquanto isso... img
Capítulo 13 Do-hee img
Capítulo 14 Do-hee img
Capítulo 15 Enquanto isso... img
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Capítulo 33 Shin-yu img
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Capítulo 39 Enquanto isso... img
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Os Bebês do Médico Mafioso

M. M. Lopes
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Capítulo 1 (Do-hee)

Eu corri. Corri com todas as forças, os pés mal tocando o chão, mas ele estava mais perto a cada segundo. O som de seus passos ecoava na ruela estreita, e o medo apertava meu peito como um laço se fechando. Então, ele me alcançou. Um puxão violento me jogou no chão sujo, e antes que eu pudesse reagir, senti o peso de seu corpo sobre o meu, pesado, opressor, como uma fera faminta.

O hálito dele, cheirando a uísque barato, invadiu minhas narinas quando ele me virou bruscamente, seus olhos brilhando com um desejo doentio.

- Eu esperei muito por esse momento - sussurrou, os dentes cerrados em um sorriso perverso enquanto suas mãos sujas percorriam meu corpo com pressa, famintas. Ele levantou minha roupa, rasgando-a como se fosse papel. O som do zíper de sua calça ecoou na ruela escura, e meu coração disparou. Eu sabia o que estava por vir, mas não podia aceitar. Eu me debatia, mas suas mãos eram fortes, seus dedos se enterravam na minha carne.

- Por favor, não! - minha voz saiu desesperada, rouca de pânico.

- Sempre quis provar essa bocetinha virgem - ele rosnou, sua voz grossa e carregada de ódio, como se eu fosse nada mais que um brinquedo em suas mãos. - Desde que você apareceu na nossa casa, eu soube que ia ser minha.

Eu lutei, meus braços se moviam desesperadamente, mas era como se eu estivesse lutando contra uma parede. Ele era forte demais, pesado demais, e o terror me sufocava. Minhas mãos tateavam o chão sujo, procurando algo, qualquer coisa que pudesse me salvar.

Foi quando senti o tecido da minha calcinha ser rasgado, brutalmente puxado. Eu estava à mercê dele, e um grito de pavor explodiu da minha garganta. Meus dedos roçaram o chão de novo, e dessa vez encontrei algo. Uma caneta. Fraca. Insignificante. Mas era tudo o que eu tinha.

Sem pensar, levei a mão para cima e a enfiei com força no pescoço dele, o único lugar que minha mente em pânico me indicou. O metal perfurou sua carne, e eu vi seus olhos se arregalarem, a incredulidade tomando conta do rosto dele. Ele tossiu, uma tosse engasgada, o som misturando-se ao gorgolejo de sangue.

Ele cambaleou, o sangue escorrendo do pescoço, e de repente o peso dele não estava mais sobre mim. Eu o empurrei, os músculos tensos de pavor, e me arrastei para longe, ainda sem acreditar no que tinha acabado de fazer. O chão ao redor de mim parecia girar, e meu corpo tremia incontrolavelmente. Não havia som além do batimento frenético do meu coração.

Ele estava morrendo. O sangue fluía, e seus olhos estavam fixos em mim, a vida esvaindo-se lentamente de seu corpo. Eu o tinha matado. Eu o matei.

Minha mente gritou essas palavras, mas minha boca estava muda. Meus lábios tremiam, meus olhos fixos na cena diante de mim.

Então, quando pensei que tudo havia acabado, uma mão fria e sangrenta agarrou meu tornozelo com uma força inacreditável. O terror me inundou novamente, e antes que eu pudesse reagir, ele puxou meu corpo de volta para o chão. Seu rosto estava a centímetros do meu, o sangue ainda jorrando de seu pescoço, mas seus olhos... aqueles olhos estavam cheios de uma loucura inabalável, um brilho assassino.

Ele estava rindo. Rindo.

- Você acha que pode se livrar de mim tão fácil, hein? - sua voz era baixa, grotesca, abafada pelo sangue que subia pela garganta.

Eu me debatia, mas suas mãos sangrentas me seguraram com uma força que eu nunca pensei que alguém à beira da morte pudesse ter. O mundo ao meu redor ficou escuro, o ar ficando rarefeito enquanto eu tentava me soltar. Meu coração batia tão rápido que parecia que iria explodir a qualquer momento. O rosto dele estava distorcido pela dor e pelo ódio, como uma sombra do que já foi humano.

Foi então que tudo ficou preto. Minha mente desligou, meu corpo desistiu de lutar.

            
            

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