Capítulo 6 As pessoas não pedem ajuda assim

"O que isso quer dizer?" Leland perguntou casualmente.

"Ouvi rumores de que, no ensino médio, um rapaz foi expulso por brigar por causa dela. E quando a família Murphy enfrentou tempos difíceis, ela pressionou Edwin Murphy para um noivado. Ela é mais complicada do que parece, você entende?"

"Apenas uma jovem, no entanto."

"Ela está trabalhando agora, não é apenas uma garota."

Leland não disse nada.

Seus olhares se cruzaram, fazendo o coração de Miranda saltar, mas no instante seguinte, ele desviou o olhar.

"Estou indo para minha suíte."

Com isso, Leland se endireitou e dirigiu-se ao elevador.

Dois homens, parecendo ser guarda-costas ou assistentes, o seguiram.

Miranda percebeu que as oportunidades de se aproximar dele eram raras. Perder essa chance poderia significar uma longa espera por outra. Mordendo o lábio, ela se desculpou com suas amigas e correu para o elevador bem antes de as portas se fecharem.

Leland a olhou com uma expressão fria.

Tentando recuperar o fôlego, Miranda começou, "Senhor Adams..."

"Você não deveria ter se aproximado de mim novamente," Leland disse, sua voz gelada.

Ao lembrar das palavras dele de dias atrás, Miranda sentiu uma onda de frio e medo.

O elevador subiu e parou no 8º andar.

Quando Leland entrou confiantemente em uma suíte luxuosa, Miranda mordeu o lábio inferior, tentando segui-lo. No entanto, foi prontamente parada pelos dois homens. "Senhorita, por favor, pare."

"Deixem-na entrar," Leland ordenou.

Assim que Miranda entrou, a porta se fechou, e Leland tirou suavemente o paletó.

"Eu queria falar sobre o cheque."

"Cheque?"

"Sobre aquela noite..."

Leland se aproximou dela. Seu perfume de sândalo o tornava distante, perigoso e enigmático.

"Por quê? Você acha que não é suficiente?" Sua voz era profunda e rouca, tanto sedutora quanto envolvente.

"Não." Miranda balançou a cabeça.

Era difícil para qualquer mulher resistir ao charme de um homem como Leland.

Vendo o desconforto dela, Leland sorriu, inclinou-se e sussurrou: "Você veio aqui apenas para falar sobre aquela noite?"

O corpo de Miranda ficou tenso, e ela sentiu uma onda de constrangimento.

"Eu..."

"Ouvi dizer que você é médica e muito dedicada ao seu trabalho. Duvido que você tenha vindo apenas para discutir o cheque," Leland comentou, sentando-se confortavelmente no sofá.

Seu olhar estava fixo nela com interesse.

Miranda ainda era jovem, e Leland, com seus anos de experiência no mundo dos negócios, podia avaliar seus pensamentos com um único olhar.

"Eu preciso... da sua ajuda."

"As pessoas normalmente não pedem ajuda assim," Leland observou, fazendo um gesto para que ela se sentasse ao lado dele.

Miranda ficou quieta por um momento antes de se sentar como ele havia sugerido.

Agora, estavam muito próximos um do outro.

"Como homem de negócios, tenho que perguntar, o que você pode me oferecer em troca da minha ajuda?"

Miranda percebeu que não tinha nada a oferecer.

Talvez a única coisa de valor que ela tivesse para oferecer fosse seu próprio corpo.

"Será que me oferecer seria suficiente?" Miranda perguntou, sua voz trêmula.

Leland respondeu com um sorriso irônico, sua mão pousando levemente na cintura dela, acariciando-a.

Sua cintura era fina e atraente.

Era um fato pouco conhecido que ele tinha uma predileção por cinturas delgadas.

Vestida com um tecido leve e fino, Miranda sentia intensamente os dedos dele traçando as áreas sensíveis de sua cintura, fazendo-a tremer incontrolavelmente.

Tudo o que Miranda podia fazer era suportar, rangendo os dentes.

Leland sussurrou em seu ouvido, "Você acha que é tão sedutora que eu ficaria cativado por você após apenas uma noite?"

Naquele instante, Miranda sentiu-se fria por todo o corpo.